IFI sugere que estados e municípios devem entrar na reforma da Previdência
Josué Pellegrini entende que os estudos da IFI têm tido importante repercussão entre senadores e deputados (Imagem: Pedro França/Agência Senado)
O novo diretor da Instituição Fiscal Independente (IFI), Josué Pellegrini, avalia que, de acordo com os estudos feitos pelo órgão do Senado sobre a Previdência nos estados, seria ideal incluir estados e municípios na reforma do setor, que está em discussão no Congresso.
— Realmente o deficit da Previdência estadual é bastante elevado na grande maioria dos estados e tende a crescer, pressionando e dificultando o cumprimento das outras atribuições dos estados, como saúde, educação e segurança — afirmou o diretor, em entrevista à Rádio Senado.
Em relação aos destaques que ainda estão em análise na Câmara dos Deputados, Pellegrini afirmou que a IFI concluiu uma avaliação sobre o impacto no regime próprio dos servidores da União. Além disso, pretende fazer uma análise específica das mudanças nas regras dos policiais federais, e, se possível, também em relação ao impacto fiscal da aplicação para estados e municípios.
Josué Pellegrini entende que os estudos da IFI têm tido importante repercussão entre senadores e deputados. Ele acredita que os trabalhos da instituição estão sendo úteis para ajudar os parlamentares em suas decisões.
— O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) possivelmente será o relator da matéria aqui e vem acompanhando o assunto. Inclusive nós já até conversamos algumas vezes com ele essa questão da inclusão ou não dos estados na reforma previdenciária — declarou Pellegrini, que também é consultor do Senado Federal.
Tasso é relator da Comissão Especial de Acompanhamento da Reforma da Previdência (PEC 6/2019), que foi instalada em abril passado e tem o senador Otto Alencar (PSD-BA) como presidente.
A IFI é composta por três diretores e foi criada em 2016 para elaborar análises e projeções sobre as contas públicas, além de embasar o trabalho dos senadores com estudos sobre o impacto de medidas que estão nas mãos do Parlamento. Josué Pellegrini, que já trabalhava como analista na IFI, preencheu a vaga aberta em decorrência da saída de Gabriel Leal de Barros do órgão.
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