Consumo deve puxar recuperação da economia brasileira, afirma Moody’s
As vendas no varejo vêm melhorando gradualmente à medida que a confiança do consumidor se recupera (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil)
💥️Por Arena do Pavini
Crescimento do emprego, inflação baixa, melhora nas vendas ao varejo e ambiente de juros mais baixos sustentam a recuperação gradual da economia do Brasil, afirma a agência de classificação de risco Moody’s Investors Service. Segundo a agência, como na maioria das principais economias do mundo, os consumidores contribuem com a maior parcela da atividade econômica total no Brasil e direcionam o Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas pelo país).
“No Brasil, o crescimento do emprego é fundamental para sustentar o crescimento do consumo”, afirma o vice-presidente sênior da Moody’s Gersan Zurita. “O emprego tem melhorado de forma gradual desde o fim da recessão econômica, com uma participação crescente da população retornando lentamente à força de trabalho”, diz. Além disso, o aumento real dos salários combinado com inflação baixa e expectativas inflacionárias bem ancoradas aumentam o poder de compra do consumidor.
As vendas no varejo vêm melhorando gradualmente à medida que a confiança do consumidor se recupera. Vendas mais amplas do varejo, que incluem as de materiais de construção e veículos, crescem gradualmente desde o fim da recessão, mas permanecem abaixo do pico alcançado em 2013.
Esta recuperação lenta das vendas de veículos, contudo, permanece decepcionante, uma vez que os níveis de vendas seguem abaixo daqueles que antecedem o período recessivo, destaca a Moody’s. Já a perspectiva para o segmento imobiliário parece mais promissora, com uma recuperação mais visível tanto em unidades vendidas e em valores que no caso dos bens de consumo.
Crédito segue em crescimento
Apesar da lenta recuperação do consumo, a demanda por crédito ao consumidor continua crescendo tanto em termos nominais como em participação do PIB. A Moody´s espera que a demanda por crédito ao consumo continue crescendo moderadamente nos próximos dois anos, especialmente se as reformas, como a da Previdência e fiscal, forem bem-sucedidas no Congresso, o que permitirá que as taxas de juros sejam mais baixas.
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