FGV expõe trabalho da 2ª Bienalsur na sede do Rio de Janeiro
31 bandeiras se encontram sede carioca da FGV (Imagem: Mercosur)
Até o dia 31 de outubro, o Centro Cultural da Fundação Getulio Vargas (FGV), expõe a instalação Draw me a flag, integrante da 2ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul (Bienalsur), aberta em maio, na Terra do Fogo, Argentina. A instalação pertence à coleção da Fundação Cartier para a Arte Contemporânea, e chegou ao Brasil por intermédio da Embaixada da França e do Institut Français d’Argentine. A instalação poderá ser vista, diariamente, das 9h às 19h.
A manifestação artística Draw me a flag (Desenha-me uma bandeira) foi idealizada pelo artista francês Christian Boltanski e reúne bandeiras desenhadas de forma livre por artistas, cientistas, filósofos e parceiros da entidade francesa.
O projeto, lançado pela Fundação Cartier, tem 80 bandeiras desenhadas, sendo que 31 estão na exposição no Rio de Janeiro. “É interessante porque surgem os temas da diversidade, do meio ambiente, que estão em voga na agenda mundial”, disse à Agência Brasil o vice-diretor internacional da FGV, Marlos Lima.
As bandeiras expostas na FGV foram desenhadas por artistas de dez países.
É a segunda vez que a FGV representa o Brasil na Bienalsur, que ocorre simultaneamente em 45 cidades de 21 países, com obras de mais de 400 artistas. A primeira vez que a FGV participou da Bienal foi em 2017, com a obra Natatorio, da argentina Marcolina Dipierro, adaptada ao espaço desenhado por Oscar Niemeyer. “Ela aproveitou o lago da nossa esplanada como se fosse uma piscina. Foi interessante, porque ela pegou carona na obra do nosso grande Oscar Niemeyer”, disse Lima.
De acordo com o vice-diretor internacional da instituição, a ideia da instalação é aproximar os povos pela arte “e apaziguar o efeito das fronteiras”. Marlos Lima define a Bienalsur como uma mostra democrática. “Na verdade, é uma convocatória mundial”.
Este ano, a Bienalsur recebeu 5,1 mil projetos de artistas de 82 países. “Ela é muito democrática. Qualquer artista pode participar. É um modelo diferente das demais exposições de nível internacional”.
Segundo Lima, receber uma exposição como a instalação da Fundação Cartier atende a missão da FGV de contribuir para o Brasil. “E uma das formas de contribuir para o país. É ser um portal entre o Brasil e o mundo e vice-versa. É uma oportunidade única. Por isso, fazemos questão de participar”.
No estado do Rio de Janeiro, a FGV é a única instituição que participa da cartografia internacional da Bienalsur.
Nova cartografia
A Bienalsur é organizada pela Universidade Nacional de Três de Fevereiro (Untref), da Argentina.
Para o diretor-geral da Bienalsur, Anibal Jozami, a nova cartografia traçada pelo evento busca expandir a cena artística global para outros âmbitos. “Buscamos romper com a ideia instalada de que a luz está no Norte. Essa decisão profundamente simbólica permite avançar no traçado de novos percursos”, destacou Jozami, também reitor da Untref.
A segunda edição da Bienal Internacional de Arte Contemporânea da América do Sul será realizada até novembro deste ano. A primeira edição aconteceu em 2017, simultaneamente em mais de 30 cidades, de 15 diferentes países.
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