SoftBank vê oportunidade na América Latina maior do que esperava

Expansão de grupo japonês cria onda de investimentos na região; 200 empresas brasileiras beneficiadas (Imagem: Kiyoshi Ota/Bloomberg)

A incursão do grupo japonês 💥️SoftBank na 💥️América Latina — que criou uma nova leva de “💥️unicórnios” na região com transações bilionárias — está apenas começando.

O gigante de 💥️tecnologia japonês tem ainda cerca de US$ 4 bilhões no fundo de US$ 5 bilhões que lançou em março para financiar empresas de tecnologia na região e já mapeou 300 empresas como alvos em potencial, segundo Andre Maciel, sócio-gestor do SoftBank Group International. Cerca de 200 delas estão no 💥️Brasil, disse ele.

“A gente já está achando a oportunidade na região maior do que tinha achado originalmente”, disse Maciel, em entrevista nos escritórios da empresa em💥️ São Paulo. “Tem muita coisa fora do Brasil para explorarmos também.”

Como próximos alvos, Maciel disse que está olhando para empresas dos setores de saúde e imobiliário, além de aumentar apostas em empresas financeiras e de mobilidade.

Os investimentos do SoftBank constituem uma grande fatia da atividade de fundos de venture capital na América Latina. No ano passado, os investidores desses fundos aportaram US$ 2,4 bilhões em startups na região, mais que o dobro do total de 2017, segundo dados do PitchBook. Em 2023 até agora, as transações somaram US$ 2,1 bilhões, em grande parte graças ao SoftBank.

O SoftBank não é o único venture capital global a vir em busca das startups latinas. O Nubank anunciou uma rodada de financiamento de US$ 400 milhões liderada pelo fundo TCV — um dos primeiros investidores da Netflix e do Spotify — em seu primeiro grande investimento na América Latina. A Tencent Holdings Ltd. e a Sequoia Capital, dois investidores do Nubank, também entraram no aporte.

Além de aportar dinheiro em empresas latino-americanas — em alguns casos mais do que triplicando a avaliação de preço das companhias — o SoftBank também está injetando recursos em fundos de venture capital locais. Em junho, o SoftBank anunciou uma parceria com a Valor Capital Group, um fundo com cerca de US$ 300 milhões investidos em 37 startups brasileiras e empresas americanas que querem expandir no Brasil.

“Em alguns casos, a gente mais que dobrou a capacidade de investimento disponível desses fundos”, disse Maciel. “Não temos estrutura ou a capilaridade para olhar as transações menores. E esses fundos podem irrigar o sistema para empreendedores.”

Maciel, um veterano de 17 anos do JPMorgan, é um dos três executivos-chave de Marcelo Claure na região, o único baseado em São Paulo. Os outros dois são Shu Nyatta, que fica entre os escritórios de Miami e do Vale do Silício, e Paulo Passoni, que trabalhou na Third Point LLC por sete anos e é baseado em Miami. O trio reporta a Claure, o CEO do SoftBank Group International, que supervisiona a expansão da América Latina.

Outra parte do mandato do grupo é ajudar o portfólio global do SoftBank de mais de 100 empresas a se estabelecer na América Latina. Maciel diz que há planos para trazer cerca de 40 delas para a região, seja através de parcerias seja via escritórios locais. Alguns dos empreendimentos de maior sucesso do SoftBank, o Uber, a WeWork e a Didi Chuxing, já possuem operações locais consideráveis.

O SoftBank tem 10 funcionários em sua equipe local e planeja atingir até 30 nos próximos meses. Também está procurando um novo prédio para abrigar seus escritórios em São Paulo, disse Maciel. A dificuldade, porém, é se manter discreto em meio ao frisson causado pelo SoftBank entre as startups locais.

A solução de Maciel? “Comecei a fazer algumas das reuniões mais delicadas na sala da minha casa mesmo”.

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