O que é racismo ambiental e por que você deveria saber que ele existe

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Quase cair em valões em dias de enchentes, ter ratos com frequência entrando em casa, sofrer periodicamente com falta de água, ter problemas respiratórios por conta da poluição gerada por indústrias e automóveis que passam por vias expressas do entorno. Esses são só alguns exemplos do que jovens e famílias moradoras de favelas passam em todo o Brasil, assim como Inahra Cabral, uma das autoras deste texto, criada em uma das favelas que compõem o Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Vivemos uma crise, que precede um colapso, e o racismo ambiental, conceito que se refere a ações que geram impacto ambiental negativo em locais de moradia da população negra e comunidades tradicionais, alerta para o fato de que quem mais sofre com esse agravamento das condições climáticas é quem menos contribui para ela - favelas, periferias, comunidades tradicionais e rurais.

Desde que a Maré se consolidou como lugar de moradia, a comunidade clama por saneamento básico. Uma das primeiras lutas que mobilizou o povo mareense foi pelo acesso à água potável canalizada em suas residências. Sem água encanada em casa, os primeiros moradores construíram "rola-rolas", tecnologia que facilitou o transporte da água das torneiras públicas (chamadas popularmente de bicões) até os barracos e palafitas. A partir da pressão da Chapa Rosa, primeira chapa eleita para a Associação de Moradores do território que pautou os problemas de saneamento, as primeiras medidas públicas foram tomadas.

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