50 anos de exploração de petróleo não tiraram o Equador da pobreza

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"A consulta popular é um feito histórico e uma vitória dos movimentos sociais, ambientalistas e da luta por uma vida digna e pela justiça climática", diz Antonella Calle, ativista e porta-voz do Yasunidos, organização social que surgiu para defender o território e a floresta na região, em entrevista a Ecoa.

Essa é a primeira vez no mundo que o povo vai exercer seu direito cidadão de parar a atividade petroleira em uma área.

💥️Antonella Calle

Luta de uma década

Em 2007, quando Rafael Correa assumiu a Presidência do Equador, atendeu aos clamores da sociedade civil de não expandir a exploração do petróleo presente no subsolo do parque. Correa apresentou a Iniciativa Yasuní-ITT (Ishpingo, Tambococha, Tiputini) na Assembleia Geral das Nações Unidas.

💥️A iniciativa firmou o compromisso ambiental de não extrair o óleo com objetivo de tomar a decisão sem impacto para o planeta. Em contrapartida, a comunidade internacional deveria apoiar o país financeiramente como uma forma de recompensa por assumir essa missão.

Seis anos mais tarde, Correa afirmou que não estava recebendo o apoio prometido, decretou o fim do projeto e abriu o Yasuní para exploração de petróleo. É nesse momento que surgiu o Yasunidos.

Equador - Reprodução Yasunidos - Reprodução Yasunidos

Já são 50 anos de exploração e já são alguns anos no Yasuní e isso não fez com que o país saísse da pobreza. As áreas amazônicas são historicamente onde mais se extraiu petróleo e são as mais empobrecidas.

💥️Antonella Calle

Equador - Ministerio do Ambiente do Equador - Ministerio do Ambiente do Equador

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