19 de abril: Como indígena foi queimado vivo e virou símbolo de resistência

Galdino não conseguiu entrar na pensão onde estava hospedado e se abrigou em uma parada da avenida W3 Sul, na região central, para descansar. Após o ataque, os agressores fugiram. O líder indígena sofreu queimaduras graves e morreu.

Galdino era a 17ª liderança Pataxó assassinada desde 1982. Diferente de outros, o crime ganhou repercussão nacional e acabou dando visibilidade aos conflitos de terra vividos pelos Pataxó.

Galdino e a luta dos pataxó na Bahia

Nascido em 1952, Galdino testemunhou desde cedo a brutalidade do processo de expulsão dos pataxó de seus territórios tradicionais por fazendeiros de cacau e gado.

Território pataxó, a reserva indígena Caramuru-Paraguassu foi reconhecida em 1926 pelo Serviço de Proteção ao Índio e demarcada nos anos 1930. Até a década de 1970, porém, fazendeiros promoveram invasões, expulsando 95% da população original.

Entre 1976 e 1982, o governo do estado da Bahia extinguiu a reserva e passou a emitir títulos de posse para os invasores. A partir dos anos 1980, no entanto, os pataxó também começaram a retomar parte dessas terras.

Cartaz com foto e nome de Galdino dizendo 'A luta continua' - Dubdem/Flickr - Dubdem/Flickr Escultura relembra assassinato de Galdino na Praça do Compromisso, em Brasília - Luis Dantas/Creative Commons - Luis Dantas/Creative Commons mostrou que até 2022 os assassinos estavam na elite do funcionalismo público, recebendo mais de R$ 15 mil.

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