Energia solar: placas podem contaminar solo, mas este projeto tem a solução
💥️Na comunidade rural Poço da Cruz, no município de Ibimirim, no semiárido de Pernambuco, um projeto-piloto está promovendo a produção de energia solar de forma mais ecológica e sustentável pelo chamado sistema agrofotovoltaico.
Diferentemente do sistema tradicional, no qual as placas de captação de energia solar são colocadas próximas ao solo - o que inviabiliza o local para o plantio e ainda o contamina, uma vez que é necessário fazer uso de herbicida para impedir que a vegetação cresça sobre as placas - esse sistema promove o uso inteligente e sustentável de todo o solo onde as placas são instaladas.
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O sistema fixa as placas a 3 metros do chão, deixando o solo livre para ser trabalhado sem a aplicação de herbicidas. A colocação das placas mais altas permite o aproveitamento do solo para o cultivo de alimentos, a criação animal e outras experiências sustentáveis.
O projeto de Poço da Cruz quer demonstrar que se essa técnica pudesse ser aplicada em parques de grande porte, com centenas de hectares, ela evitaria o despejo de litros de herbicida no solo e ainda possibilitaria a combinação de produção de energia solar com o cultivo de alimentos.
💥️O sistema agrotofovoltaico vem contribuindo com a segurança alimentar de estudantes e profissionais da Escola Técnica em Agroecologia. Em uma área de 24 m³, há dez placas instaladas a três metros do chão, que produzem energia solar. A mesma área tem também criação de peixes, cultivo de hortaliças orgânicas, criação de galinhas e produção de compostagem.
O miniparque agrofotovoltaico pode ser um importante aliado no combate à insegurança alimentarCom as verduras e hortaliças ocorre o mesmo, e as famílias calculam a média de alimentos que será preciso consumir para calcular a quantidade de sementeiras necessárias para repor os alimentos. "Nós apresentamos uma lista do que pode ser cultivado, as famílias escolhem e informam a sua necessidade de consumo.", diz o professor.
Com um consumo planejado e variedade de nutrientes, as famílias passam por um processo de reeducação alimentar e de cultura de consumo, afirma Sebastião Alves. Elas têm o peixe, uma fonte de proteína, as fibras, vitaminas e minerais provenientes das verduras e legumes. O professor assegura que esse sistema pode ser replicado em áreas urbanas e mais populosas, afetadas pela insegurança alimentar.
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