EUA lançam investigação sobre veículos chineses por riscos de segurança
Que o ocidente tem receio dos elétricos chineses já sabíamos. Porém, a desconfiança dos Estados Unidos da América (EUA), relativamente aos carros da China, vê-se reforçada por uma nova investigação lançada, agora, pela Casa Branca.
Enquanto potência, os EUA são muito territoriais no que aos seus produtos diz respeito. Vendo a China a ganhar força, o país está empenhado em reforçar a sua superioridade. De facto, conforme temos acompanhado, a ofensiva das fabricantes de automóveis chinesas representa novos desafios para os EUA e, também, para a Europa.
Assim sendo, por considerar que as fabricantes chinesas desafiam a segurança nacional, os EUA estão a lançar uma investigação sobre os carros fabricados na China. A investigação abrange, igualmente, os automóveis produzidos em países que, apesar de não especificados, suscitam preocupações.
EUA investigam carros chineses alegando risco para a segurança nacional
De acordo com a Casa Branca, num comunicado de imprensa oficial, os veículos modernos recolhem dados extensivos sobre condutores e passageiros, comunicam com vários dispositivos, incluindo telefones e outros automóveis, e interagem com as infraestruturas americanas e as suas fabricantes.
Para a Casa Branca, as amplas capacidades de recolha de dados dos veículos conectados, que permitem a compilação de informações sensíveis sobre os condutores e os passageiros, bem como o registo de atividade contínuo, por via de câmaras e sensores, são elementos de risco para a segurança nacional.
O comunicado suscitou preocupações quanto à capacidade de controlar ou desativar remotamente os veículos conectados. Isto, porque existe um risco potencial para a segurança nacional.
Destaque para a possibilidade de governos estrangeiros acederem aos dados recolhidos, explorando informações e comprometendo os interesses da segurança nacional.
A investigação será liderada pelo Departamento do Comércio, cuja secretária, Gina Raimondo, sublinhou a necessidade de compreender as capacidades tecnológicas incorporadas nos veículos. Afinal, estes podem recolher dados extensivos ou exercer controlo remoto.
O Presidente dos EUA Joe Biden sublinhou que é ambição da China controlar o futuro da indústria automóvel, por via de meios injustos, e manifestou a sua preocupação com a potencial inundação do mercado dos EUA com veículos chineses. Sob a sua administração, Biden afirmou que não o permitirá.
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