Porque tantas vezes preferimos estar em serviços mínimos? As explicações de duas psi
Sermos capazes de dar o melhor de nós no nosso dia a dia, nem sempre é tarefa fácil, ficamos demasiadas vezes presos a várias coisas que nos vão condicionando e que vão fazendo com a nossa garra se vá esmorecendo e com que, gradualmente, nos vamos demitindo da nossa melhor versão - quer com a nossa família, quer com os nossos amigos ou com o nosso trabalho.
Mas, porque será que, em certas fases da nossa vida, entramos em serviços mínimos?
Quando entramos em serviços mínimos, reduzimos toda a nossa performance e qualidade. Regra geral esta morosidade, tolhida de uma certa desmotivação, pouca ação para a vida e para o dia a dia, surge associada a três grandes motivos:
1. Tonalidade depressiva
Quando estamos envolvidos por um lado mais deprimido, naturalmente, queremos agir menos, queremos ficar mais fechados sobre nós próprios e optamos por cumprir as exigências do dia a dia apenas à mínima, como forma de garantir o equilíbrio de base. Sendo a emergência de lados depressivos um dos grandes responsáveis de nos desligarmos da vida e por deixarmos de nos envolver nas exigências do dia a dia.
2. Desgaste físico e emocional excessivo
Se durante muito tempo nos obrigarmos a cumprir tudo aquilo a que nos propomos de forma exímia, sem nos darmos espaço e tempo para descansar e para reequilibrar, é muito provável chegarmos a um desgaste físico ou emocional fora do vulgar que nos obrigue a reduzir a nossa performance e que nos leve a, aos poucos, começarmos a entrar em serviços mínimos para todas as áreas da nossa vida.
3. Falta de sentido de vida
Saber para onde queremos ir, saber quais os nossos objetivos e o nosso propósito de vida, faz-nos mover com vontade e com garra. É no momento em que nos apercebemos que estamos apenas em ‘piloto automático’ e sem um propósito definido e claro para a nossa vida, que deixamos de querer mobilizar-nos e que nos permitimos a parar, a abandonar o registo que anteriormente tínhamos e a ficar apenas em modo sobrevivência.
Perante tudo isto, se sente que se está a desligar das suas relações, dos desafios do seu dia a dia e que está apenas a funcionar em serviços mínimos, é urgente parar, retirar tempo para si e para cuidar do seu interior, começando por fazer o exercício de tentar perceber quais os motivos que estão a ditar essa postura mais desligada e distante da vida, para que, depois, possa agir no sentido de inverter essa tendência e de voltar a ser a sua melhor versão.
Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.
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