Fomos testar o novo restaurante que quer "mostrar que o veganismo não é só comer salad
A MAGG visitou o restaurante A Minha Avó, que abriu a 16 de julho, mas cujo percurso começou em março de 2022. Este espaço dedicado à comida tradicional portuguesa vegan veio reinventar os clássicos, sem qualquer produto animal ou derivado. Será que resulta?
Pedro Mourarias e Gustavo Grilo são quem está por detrás deste projeto. Amigos desde os 14 anos, seguiram cursos diferentes que nada tinham que ver com comida. Pensaram que queriam fazer algo em conjunto e decidiram: "vamos abrir um restaurante" (apesar de não terem qualquer contacto com o ramo).
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Ver artigoAdotaram uma dieta vegana "mais ou menos ao mesmo tempo" e, em março de 2022, abriram um espaço que apenas funcionava em delivery, de modo a poderem testar a marca. "Vermos se as pessoas gostam de nós", explicou-nos Gustavo. "No primeiro dia, tínhamos muitas doses preparadas, mas recebemos zero encomendas", recorda.
Ainda assim, acabaram por alcançar o ritmo desejado, que permitiu a abertura de um restaurante com 44 lugares no interior e um deck com duas mesas no exterior. Este espaço pet friendly, junto ao Parque Eduardo VII, em Lisboa, serve almoços e jantares. "Sempre tivemos bom feedback", asseguram-nos.
💥️"O propósito do projeto passa por desmistificar e mostrar que o veganismo não é só comer salada. Para gostares de comida tradicional portuguesa vegan só tens de gostar de comida boa, não é preciso seres vegano ou vegetariano", reforçam os responsáveis.
Com A Minha Avó, quiseram trazer o aconchego típico dos pratos das avós, tentando aquecer o coração dos consumidores com alternativas aos produtos de origem animal, sempre tentando deixar claro que não sairiam a perder. A MAGG experimentou alguns pratos.
Começámos pelo couvert, que traz pão artesanal em massa mãe de trigo e de tomate seco com azeitonas e que vem acompanhado por patê caseiro de azeitona, pasta de atum e manteiga de alho confitado (3,60€). Juntámos o húmus de tomate seco com pão artesanal torrado (3,50€) à festa e, de acordo com os responsáveis, "os croquetes não dá para passar".
💥️Estes croquetes de "carne" levam maionese picante, soja e tofu (5,50€) e são muito bons. Não tivemos saudades da carne sem aspas. Para os pratos principais, ficámos a saber que os clientes adoram o bacalhau com natas, o rolo de carne e a espetada, mas o bitoque é o mais vendido.
Provámos, então, um bitoque com "ovo", seitan caseiro, molho de bitoque, batata frita e arroz branco (13,50€), cujo aspeto nos deixou na dúvida de se era mesmo um prato vegano (e era). O truque está, em parte, na cozinha molecular que levam a cabo no restaurante.
💥️Não resistimos a pedir a francesinha, principalmente depois de nos informarem que "pessoas do Porto disseram que foi das melhores que já provaram". Lá veio ela com pão, bife de seitan, tofu fumado e chouriço vegetal, envoltos num molho caseiro com "ovo" estrelado por cima (13,90€). O chouriço fez toda a diferença — e ficou aprovada.
Terminámos com o bolo de bolacha com creme de "manteiga" e leite condensado caseiro (3,90€), que podia estar um pouco mais húmido, e com o pastel de nata da avó em massa filo com bola de gelado caseiro (4,90€), que é imperdível para quem gosta de canela.
Para beber, pedimos a limonada de morango e gengibre (2,50€), o sumo do dia (2,90€), a kombucha de frutos vermelhos (4€), o lassi de hibisco (4,50€) e o iced tea do dia (1,80€). 💥️De segunda a sexta-feira das 12 às 15 horas está disponível um menu de almoço com sopa do dia, prato do dia, ice tea ou limonada por 11,90€.
A partir desta terça-feira, 21 de novembro, já pode provar os novos pratos, que surgem com o objetivo de "inovar" constantemente: os peixinhos da horta (4,20€), a mousse de chocolate (4,90€) e o arroz de "polvo" cozinhado num caldo do mar com algas, cogumelos, pimentos e conetros (13,50€).
"Está acima das expetativas, tanto em termos de adesão como de feedback", afirma Pedro Mourarias, em entrevista à MAGG, sobre como o projeto tem corrido. A dupla não esconde o desejo de expandir, no futuro.
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