Alimentação no verão: regras essenciais segundo uma nutricionista - Peso e Nutriç&am
💥️Por que motivo existe a ideia de que temos de comer melhor e de forma mais saudável durante o verão e não ao longo do ano?
O verão está associado a calor, praia, roupas curtas e corpos mais expostos, pelo que a componente física assume um papel de enorme relevo. Deste modo é no verão, ou próximo dele, que surge uma maior preocupação com a alimentação. É também no verão que o nosso metabolismo é inferior, isto é, não é necessário o nosso organismo fazer um esforço tão grande para a manutenção da temperatura corporal, logo o aumento de peso é mais fácil se não tivermos uma alimentação cuidada. É, também, o aumento da temperatura que surge no verão que favorece a ocorrência de doenças de origem alimentar.
Evite infeções e não coma estes 10 alimentos crus
Ver artigo💥️As doenças de origem alimentar aumentam durante esta estação do ano?
As doenças de origem alimentar são doenças de natureza infecciosa ou tóxica causadas pelo consumo de alimentos ou água contaminados. As doenças de origem alimentar são mais frequentes no verão devido às temperaturas mais elevadas que se verificam nesta época do ano.
O aumento da temperatura e da humidade criam condições favoráveis à multiplicação dos microrganismos (ex: bactérias) nos alimentos. Neste sentido, a probabilidade de ocorrência de doenças de origem alimentar durante estes meses é superior. É também nesta época, e sobretudo nas férias, que aumenta o consumo de alimentos fora de casa, cujas condições de conservação e confeção não controlamos.
💥️Quais as doenças de origem alimentar mais comuns durante o verão?
As doenças de origem alimentar podem ocorrer sob a forma clínica de doença infeciosa, geralmente causada por bactérias ou intoxicação que pode ter origem bacteriana, química ou por contaminação através de toxinas existentes nos próprios alimentos.
A intoxicação alimentar é mais regularmente uma reação a um alimento ou água contaminados por uma bactéria. Nos meses de verão, com o calor, os alimentos tendem a alterar-se com mais facilidade e o risco de intoxicação alimentar aumenta, sobretudo em crianças. As bactérias, causadoras de doenças de origem alimentar são difíceis de serem detetadas através da aparência, cheiro ou gosto dos alimentos.
💥️Quais os sintomas indicadores de doença de origem alimentar?
Os sintomas mais comuns destas doenças são: náuseas, vómitos, diarreia, dores abdominais, febre, dores de cabeça, calafrios e dores musculares. Estes podem ser desencadeados de forma rápida, logo após a ingestão do alimento ou demorar dias ou semanas a surgir. Na generalidade, a sintomatologia surge 24 a 72 horas após a ingestão do alimento.
💥️Que cuidados devemos ter com o armazenamento dos alimentos durante o verão?
A disposição dos alimentos, seja nas prateleiras seja no próprio frigorífico, deve ser pensada tendo em conta a validade dos alimentos, colocando-se os alimentos com prazo de validade menor em zona de melhor visibilidade para que o seu consumo seja prioritário face aos que têm um prazo de validade mais alongado, evitando-se assim o desperdício e o consumo não intencional de produtos cujo consumo não é recomendado.
Não coloque no frigorífico alimentos quentes, tais como uma sopa acabada de fazer, pois estará a aumentar a temperatura do ambiente que envolve os restantes alimentos, colocando em causa a conservação eficaz e segura dos mesmos. Procure antes arrefecer os alimentos rapidamente, de forma a preservar a qualidade de todos os ingredientes envolvidos na confeção da sua refeição.
Não deixe alimentos cozinhados, mais de 2 horas, à temperatura ambiente.
Refrigere rapidamente os alimentos cozinhados e/ou perecíveis (preferencialmente abaixo de 5ºC).
Mantenha os alimentos cozinhados quentes (acima de 60ºC) até ao momento de serem servidos.
Não armazene alimentos durante muito tempo (mais de 3 dias), mesmo que seja no frigorífico.
Não descongele os alimentos à temperatura ambiente.
O congelador deve estar a uma temperatura mínima de -18ºC e o frigorífico a uma temperatura entre os 0-5ºC.
Evite a colocação de lancheiras/malas térmicas ou sacos de plástico vindos do exterior, no frigorífico.
Os alimentos mais perecíveis devem ser colocados nas prateleiras superiores (mais frio – iogurtes, fiambre, carne/peixe) e os menos perecíveis devem ficar na parte inferior (fruta, legumes)
Os alimentos devem ser armazenados fora das embalagens originais depois de serem abertos, pelo que poderá recorrer a recipientes (recomenda-se a utilização dos de vidro aos de plástico) e a película aderente, por exemplo. É importante que exista esta proteção prevendo situações como o apodrecimento de alimentos no frigorífico que irá promover a transmissão de odores e de bactérias.
💥️E no supermercado, a que aspetos devemos estar atentos?
Verifique os prazos de validade dos alimentos
Leia atentamente os rótulos dos produtos alimentares. No caso dos lacticínios opte sempre por produtos pasteurizados;
Verifique se os produtos estão a ser conservados a temperaturas adequadas para os mesmos;
No momento da arrumação dos alimentos nos sacos de plástico, evite o contacto dos sucos das carnes/peixes com outros alimentos e separe-os, para evitar a contaminação cruzada;
Deixe para o final das compras alimentos como carne, peixe, fiambre e os congelados. Se possível transporte-os num saco térmico;
Após a compra, os alimentos refrigerados e congelados devem ser armazenados em condições adequadas o rapidamente possível.
💥️O que comer e o que evitar durante o verão? E quais as bebidas em que devemos apostar?
Opte por alimentos sempre bem cozinhados/passados, sobretudo carne, peixe e ovos.
Guarde os alimentos em embalagens ou recipientes fechados, para que não haja contacto entre alimentos crus e alimentos cozinhados.
As sopas e guisados/estufados devem ser cozinhados a temperaturas acima dos 70ºC. Um truque: No caso das carnes, assegure-se que os seus exsudados são claros e não avermelhados.
Se reaquecer alimentos já cozinhados assegure-se que o processo é o adequado e uniforme. No caso do micro-ondas, vá homogeneizando alimento.
Tenha atenção aos alimentos feitos com leite e ovos na sua preparação, assegurando-se que estão adequadamente refrigerados.
As saladas ou outros alimentos crus devem ser evitados se tiver dúvidas quanto à sua lavagem.
Selecione locais da sua confiança para consumir marisco e pescado, sobretudo quando o consumo destes é em cru. Não consuma alimentos se tiver dúvidas quanto à sua conservação.
Como forma de hidratação prefira água, chás de ervas ou sumos de frutos naturais. Evite os refrigerantes e os sumos com elevada adição de açúcar, porque não saciam a sede, aumentam-na.
💥️Com o verão, o desejo por petiscos aumenta. Que petiscos são permitidos?
💥️Quais são as melhores sugestões de refeições/alimentos?
- A levar na marmita, para o trabalho: Fruta fresca ou desidratada, Polpa de fruta, Sumos de frutos; Mini sandes c/ queijo/fiambre incluindo vegetais como cenoura, pepino, alface ou tomate; Saladas; Pacotes individuais de bolachas; Barritas de cereais; Palitos de cenoura; Mini-queijinhos;
- A levar para a praia/a levar para um piquenique: Fruta fresca, Sandes de queijo; Saladas; Sumos de frutos; Pacotes individuais de bolachas.
💥️Que outras recomendações faria este verão?
💥️Que cuidados devemos ter com as crianças?
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