Teimar. O "irmão mais novo" do Cortesia aposta no peixe, mas tem a carne mais tenra de Campo de Our
O bairro de Campo de Ourique não é apenas um chamariz para os lisboetas que aqui procuram casa. Também Anna Arany, uma das sócias fundadoras do Cortesia, um dos restaurantes mais populares da zona, tem um especial afeto pela zona, o que explica que a expansão do grupo de restauração de que faz parte tenha continuado por estas ruas, que abrigam agora o Teimar, o novo projeto de Anna e dos dois sócios, Manuel e Inês Cabral, e que marca também uma mudança para o campo do peixe.
💥️"Tínhamos duas ideias em mente: ou abríamos mais um Cortesia num bairro diferente ou ficávamos por Campo de Ourique, mas tínhamos de ter um conceito diferente", recorda Anna Arany à MAGG. "Gostamos muito do bairro, tem muita afluência e o destino acabou por decidir por nós. O espaço que hoje é o Teimar era de uma pastelaria que até já conhecíamos, fomos ver, gostámos do local e decidimos avançar."
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Ver artigoComo explica a sócia do Teimar, o conceito de ter algo relacionado com peixe, já que o Cortesia domina a carne, já tinha sido pensado. "Meio que já tínhamos pensado e tentado um conceito de peixe, mas não tínhamos tudo ainda bem definido. Não sabíamos o formato que queríamos, se seria algo mais virado para o peixe grelhado. E depois surgiu a ideia da cervejaria."
O balcão do Teimar💥️Para chegarem a esta ideia e a concretizarem na perfeição, Anna Arany explica que, juntamente com os outros sócios, viajou por Portugal inteiro a visitar as cervejas mais emblemáticas do País durante vários meses. E foi justamente a esses locais que foram buscar inspiração para construir a carta que servem atualmente no novo Teimar.
"É um local muito virado para os frutos do mar, para as amêijoas, para as gambas, mas claro que também queríamos ter carne, quase como ter um pezinho naquilo que fazemos bem. Afinal, sempre se disse que a sobremesa das cervejarias é o prego", diz Anna Arany, que salienta que foi este o caminho para a cozinha do Teimar, liderada pelo chef Luís Calisto, que já passou pelo Tágide. "Partiu da nossa ideia inicial, mas incluiu novos pratos."
O prato mais pedido? O arroz de carabineiro, disparado
A carta do novo Teimar não é muito extensa, mas tem todo o sabor que podíamos pedir. Ainda antes das entradas, troque a típica manteiga do couvert pelo patê de sapateira (3€), e aí sim pode seguir para sugestões como taquitos de corvina (10€), amêijoas à Bulhão Pato (19,50€) ou gambinhas ao alho (12€), sem esquecer os croquetes de camarão (3,90€).
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Ver artigoNo que diz respeito aos pratos principais, a ementa recai mais sobre o peixe, onde o lugar de destaque é dado ao arroz meloso de carabineiro (45€ para duas pessoas). 💥️"É o prato que mais vende. Há outros que também saem imenso, como os tacos e o tártaro de atum, mas o arroz é, disparado, o mais pedido", diz Anna Arany. Da lista fazem então também parte o tártaro de atum especial (18€), que ganhou o nosso coração pela frescura, o polvo no josper (23€) e o bitoque de atum rabilho (18€), entre outras propostas.
Na carne, claro que o prego do lombo no pão (12€) tinha de marcar presença — e vale bem a pena pela suavidade da carne e gulodice do molho —, bem como o tornedó à Teimar (21€) e a trinchadinha do lombo (29€).
Nas sobremesas, a nossa medalha de ouro vai para a tarte basca de chocolate e gelado de nata artesanal (6€), e damos a menção de inovação ao kinder joy (10€ para duas pessoas).
Também há comida de conforto — e um prato exclusivo do almoço
No Teimar, não há pratos do dia nem menus de almoço, mas há sim uma proposta bem aconchegante que só vai poder provar se visitar o restaurante durante o dia: falamos dos filetes de pescada com arroz caldoso de tomate (17€), uma pequena maravilha do chef. "De resto, todos os pratos da carta estão disponíveis ao almoço e jantar, mas este, devido à logística, só mesmo na hora do almoço", realça Anna Arany.
O espaço conta com sala e pátio interiorE para o futuro, há mais Cortesia ou Teimar no horizonte? "Acho que o próximo passo é abrir mais um Cortesia num bairro diferente, talvez em Alvalade ou nas Avenidas Novas. É um conceito que corre muito bem", conclui a sócia.
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