Educação positiva é desafio para os pais e sucesso nas redes
Rafaela Polo
de Universa, em São Paulo
"Os pais têm que pensar nesse desenvolvimento. Uma criança de oito anos, por exemplo, tem a compreensão dos combinados que faz com os pais. Uma menor precisa de regras diretivas. Você que é pai e mãe sabe o que é melhorar para a criança. Isso deve ser feito com afeto e gentileza, mas com direcionamento", ensina.
As especialistas afirmam que as consequências de uma educação sem limites e muito permissiva já pode ser percebida na adolescência. "Se eles não lidam com negativas na infância, se tornam adolescentes com dificuldade de lidar com a frustração. E a vida vai dizer 'não'. Seja em uma vaga de estágio que não deu certo, no vestibular ou até mesmo um coração partido", diz Ariádny
As consequências dessa permissividade são sérias e podem resultar em problemas psicológicos e até mesmo a automutilação.
"Limites têm que ser criados pensando no bem-estar da criança, nunca no humor dos pais naquele dia. Educação é como um quadro: tem a moldura dura, mas dentro posso pintar como eu quiser. É uma liberdade assistida", diz Nathalia. Ela reforça que tudo isso tem que ser feito com muito amor e acolhimento.
Quebrar ciclo de traumas
A pedagoga e educadora parental Maya Eigenmann lançou ontem (7) o livro "Pais feridos. Filhos Sobreviventes: e como quebrar esse ciclo" (Astral Cultural), que fala sobre romper traumas e o pouco acolhimento emocional que tínhamos na nossa infância. Ele está em primeiro lugar em vendas na Amazon na categoria "Participação dos pais na educação".
Comprar livro"O amor transforma e podemos escrever essa história de uma forma diferente", disse para 💥️Universa. Maya se considera uma filha sobrevivente, tal qual seus pais também foram, e entende a educação positiva como uma forma de prevenir esses traumas.
"Não dá mais para sustentar essa educação. Precisamos olhar o que nos faltou na infância e começar a nos rematernar a partir dessa compreensão", diz ela.
E dá um exemplo. "Posso ser uma pessoa que não consegue chorar. Quando vejo meus filhos chorando tento reprimir essa emoção e desviar a atenção. Porque tenho a concepção de que chorar é algo ruim", explica. Segundo ela, nenhum bebê nasce com vergonha de chorar. Isso é algo que nos foi ensinado.
"Entro em contato com a educação positiva para entender porque me desespero ao ver a criança chorar e descubro que na infância não tive esse espaço para entrar em contato com meus sentimentos", diz. E esse comportamento respinga na educação que ela dá aos filhos - o tal ciclo que tem que ser quebrado.
"O rematernar nos dá uma possibilidade de fazer diferente e conseguir dar pros nossos filhos, não tudo o que precisam, mas para fazer uma reparação de danos", completa.
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✅Quando: às terças e sextas-feiras, às 14h.
✅Onde assistir: no YouTube de Universa, no Facebook de Universa e no Canal.
Veja a íntegra do programa:
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