Prêmio Inspiradoras: Karine Vieira é uma das finalistas
de Universa, em São Paulo
Criado por ela em 2017, o projeto já atendeu mais de 1.800 pessoas e conseguiu emprego para cerca de mil ex-detentos. Mais recentemente, ela criou um programa voltado exclusivamente para mulheres egressas do sistema prisional. Trata-se de um curso para trancistas, que ensina a fazer tranças e outros penteados afros. Desde fevereiro, 100 mulheres passaram pelo curso.
✅As pessoas saem do sistema prisional com baixa escolaridade, falta de informação profissional e ainda têm que encarar o preconceito. A maioria das empresas não abre as portas para esse público. 💥️Karine
💥️Sem emprego e, muitas vezes, excluídas da família e dos círculos sociais, frequentemente voltam para a criminalidade.
Com a população feminina, o drama é maior. "A mulher que vai para o cárcere sofre mais. É mais julgada pela família e pela comunidade —e enfrenta o mesmo dentro das unidades prisionais", afirma. Karine menciona a cena clássica das longas filas de mulheres esperando para visitar prisioneiros homens, algo que não costuma ocorrer em penitenciárias femininas.
Prêmio Inspiradoras | Categoria: Empoderamento Econômico
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Total de 172 votos 33,14% 21,51% 45,35% Votar Ver resultado parcial Votar de novo172 votosJornada de capacitação
No Responsa, os egressos do sistema prisional aprendem a elaborar um currículo e vestir-se para uma entrevista de emprego. A jornada de capacitação inclui ainda aulas sobre empreendedorismo e cursos práticos voltados para o mercado de trabalho, como o de confeitaria.
💥️O foco pode ser a busca por um emprego formal ou a preparação para empreender em alguma área. "Pensando especificamente nas mulheres, buscamos, há algum tempo, diversas ações para empoderá-las. Muitas vezes, elas não conseguem vagas nas empresas. Como alternativa, passamos a desenvolver o empreendedorismo", explica Karine.
Prêmio Inspiradoras: Karine Vieira é finalista na categoria 'Empoderamento Econômico'
"Se ela conseguiu sair do crime, por que eu não conseguiria?
Andressa Augusto Ruiz, 46, mora em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo. Atualmente, trabalha como auxiliar de logística. Depois de ser presa duas vezes por tráfico de drogas, conseguiu prisão domiciliar, em 2017, quando faltava um mês para o nascimento do sexto filho.
💥️O plano era voltar a trabalhar em dezembro daquele ano. Soube do projeto do Responsa e se inscreveu na jornada de capacitação. Conseguiu emprego em uma confecção e, grávida do sétimo filho, já estava trabalhando quando voltou a ser presa.
"Eu era considerada foragida, mas não sabia. Para mim, não estava fazendo nada de errado, estava trabalhando", afirma. Na ocasião, contou com a ajuda de Karine para sair da cadeia. "Ela foi até o presídio, explicou a minha situação e consegui um advogado."
💥️Graças ao apoio, Andressa, que já estava no oitavo mês de gravidez, foi autorizada a cumprir prisão domiciliar, com o direito de sair para trabalhar. Para não perder o benefício, ela precisa, periodicamente, apresentar a carteira de trabalho assinada para a Justiça.
"Karine é meu espelho. Se ela conseguiu sair do crime, por que eu não conseguiria? Tenho orgulho da mulher que me tornei e sei que meus filhos também", diz Andressa.
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