Perda de ereção: até onde vale a pena investir em relação com esse problema
Perda de ereção: até onde vale a pena investir em relação com esse problema
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Ana Canosa
Contrariando a maioria das amigas que, de pronto, sugeriram que ela partisse para outro, eu lhe perguntei se o rapaz era interessante e lhe agradava. Ela respondeu que sim, que as saídas tinham sido muito gostosas, que eles tinham interesses em comum, valores parecidos, humor, química sexual e boa conversa. Mas que lhe preocupava a questão sexual, no que eu concordei.
Mas afirmei que, para problemas de malemolência, temos ao menos uma dúzia de medicamentos. A questão é como a colega lidaria com o fato de não ter um pênis espontaneamente hiperultrapower ereto a reafirmar a gostosura dela. Sim, pode não ter nada a ver com ela, seu corpo, seu erotismo, mas sabemos que é difícil não ser assombrada por isso.
Expliquei que muitos homens têm medo de mau desempenho e, por isso mesmo, acabam tendo problemas de ereção, principalmente quando não têm intimidade com as parcerias. Embora seja menos comum nessa idade, é preciso verificar se o moço não tem algum problema físico, de ordem hormonal, cardiovascular e se ele não é usuário frequente de alguma droga psicoativa ou álcool. Se ele perde a ereção em outras situações, se é ávido consumidor de pornografia, se está se sentindo impotente emocionalmente em outras esferas da vida.
Talvez ele só esteja impactado pela presença dela, pois ela é uma delícia de pessoa, um raio de sol. Já atendi muitos homens que apresentam queixas sexuais justamente ao estarem interessados em alguém. Então, o sintoma pode revelar uma sensibilidade que, aplicada ao sexo, impõe esse tipo de desafio mas, por outro, lado pode ser extremamente positiva —na capacidade de empatia, na valorização das emoções, na percepção de prazer da parceria.
Sugeri que ela não desistisse, afinal o que duas relações sexuais com uma nova parceria contam definitivamente sobre nós? E os medos? As vergonhas? As ansiedades? Não estaria ela reproduzindo um modo falocêntrico de pensar o sexo, algo que as mulheres criticam tanto nos homens em relações heterossexuais? Coloquei-a para pensar.
E se acontecer novamente, que converse diretamente com ele sobre o assunto, já que ela é dessas e não precisa esconder esse traço da sua personalidade. Ela questionou se não seria algo intimidador, e eu disse: 'Claro que sim, mas veja, o fantasma já está instalado". É óbvio que ele sabe quantificar a sua rigidez peniana e imagina que ela também perceba. Então, a expectativa diante da ereção gera um constrangimento profético. A chance de dar ruim é enorme. Já presenciei muitas pessoas tirarem um peso dos ombros quando o assunto é colocado em pauta de maneira assertiva e acolhedora.
Que seja uma conversa carinhosa e coloque os dois para avaliarem como conseguem ou não lidar com os inevitáveis desafios de uma relação a dois. No final das contas, isso diz muito mais sobre as possibilidades desse casal do que sobre a pouca ereção de um pênis.
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