De pênis na axila a curtir bicho de pelúcia: estes fetiches podem chocar
De Universa, em São Paulo
É claro que algumas parafilias são consideradas criminosas do ponto de vista legal e moral, como a pedofilia e necrofilia, e exigem medidas e tratamentos cabíveis, mas aqui estamos falando de práticas em que os preceitos da sigla SSC (são, seguro e consensual) são seguidos à risca.
Feederismo: consiste em alimentar alguém para que a pessoa ganhe peso ou em ser alimentado com o mesmo objetivo -ou as duas coisas ao mesmo tempo. Envolve não só o prazer sexual, como também o oral e as relações de dominador e dominado.
Fornifilia: fingir que é um móvel enquanto tem relações, ou até mesmo se incorporar à mobília durante a transa. O parceiro permanece imóvel como uma peça de mobiliário. Em alguns casos, envolve a dobradinha dor x prazer.
Agalmatofilia: sentir atração sexual por estátuas ou manequins e também por alguns objetos inanimados.
Trampling: prática sexual em que um parceiro pisa o outro, como se fosse um tapete. Comum nas cenas sadomasoquistas, em que muitas vezes a dominatrix usa sapatos de salto-agulha para pisar no submisso.
Plushofilia: interesse sexual por bichos de pelúcia. Relaciona-se com a Autoplushofilia, que consiste em imaginar a si mesmo na forma de um animal de pelúcia.
CBT e "ballbusting": CBT significa "Cock Ball Torture" (tortura do pênis e dos testículos, em tradução livre), enquanto "ballbusting" é, literalmente, golpear os testículos". A prática de receber chutes, tapas e apertões nas partes íntimas é bem excitante para alguns homens adeptos de BDSM.
Clismafilia: é o uso erótico de enemas, ou seja, aplicação de líquidos e óleos perfumados ou não, geralmente aquecidos, no ânus ou vagina.
Hematolagnia: ingerir ou observar o sangue do parceiro. O líquido pode ser fake ou não; se for real, os praticantes costumam fazer exames periódicos para evitar IST (infecções sexualmente transmissíveis). Tem a ver ainda com a parafilia Vampirismo, em que os adeptos se vestem a caráter ou replicam comportamentos de vampiro, como evitar a luz do sol.
Dacryfilia: atração por choro. Embora sejam atraídos por lágrimas e angústia, os dacrífilos também gostam de proporcionar conforto a quem está chorando.
Axilismo: prazer ao esfregar o pênis nas axilas, simulando a penetração. O termo em inglês "bagpipe" (gaita escocesa de foles) é usado para significar descrever a excitação e até mesmo a ejaculação nas axilas por associação ao movimento que os foles da gaita têm sob o braço de quem a toca.
Misofilia: excitação advinda de roupas sujas - em especial, calcinhas, cuecas e meias - ou de odores fétidos de ambientes imundos. Inclui também o prazer em cheirar absorventes íntimos usados.
Mumificação: prática em que se enrola o parceiro com bandagens ou plástico (papel filme) para impedir os movimentos. Uma variação é a japonesa kokigami, que trata-se de colocar uma fantasia de papel ao redor do pênis. Tem a ver com bondage e imobilização e, por isso, exige consensualidade e regras, como o tempo em que a pessoa pode ficar nesse estados sem que haja risco à saúde.
Simforofilia: tipo de parafilia em que a atração sexual ocorre ao observar uma tragédia ou desastre, tanto da natureza como do cotidiano. Exemplos: acidentes de carro, incêndios, furacões. A pessoa também pode se sentir estimulada a fazer sexo em meio às destruições.
✅Fontes consultadas: Marcos Santos, psicólogo especialista em sexualidade humana da plataforma Sexo sem Dúvida, e Oswaldo Martins Rodrigues Jr., terapeuta sexual, diretor do Inpasex (Instituto Paulista de Sexualidade) e autor do livro "Parafilias - Das Perversões às Variações Sexuais" (Zagodoni Editora).
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