Falta de lubrificação no sexo: Como mulheres podem ter mais prazer
Colaboração para Universa
"Fiz meus exames de rotina e a ginecologista disse que era por conta da amamentação", afirma Priscila. A saída foi aumentar o tempo das preliminares para que a vagina fique mais molhada e o sexo seja prazeroso para o casal.
✅O início é bem difícil, mas depois de muito sexo oral e masturbação a transa rola numa boa. Também faço uso de lubrificantes à base de água comprados na farmácia.
💥️Priscila*, 34 anos
Casada há 48 anos, a aposentada Maria Aparecida*, 73 anos, conta que há cinco anos passou a sentir um ressecamento na vagina. Na hora do sexo, ela relata uma sensação de 'areia' no canal vaginal, o que a deixava com medo de sentir dor.
"Era horrível e nenhum lubrificante dava jeito", afirma. Ao procurar a ginecologista, Maria Aparecida passou a fazer uso de testosterona três vezes na semana (a aplicação ocorre na pele, em locais com pouco pelo); e também estrogênio nos outros dias, que é introduzido dentro da vagina.
Depois de um tempo de uso, a aposentada relata que o sexo melhorou muito e que a sensação de areia foi embora.
Ter dificuldade em ficar molhada antes ou durante a relação sexual é comum. Nem sempre a pouca lubrificação ou a falta dela significam ausência de desejo.
Às vezes, o tesão está lá, mas a lubrificação não ocorre de forma adequada para que o sexo seja confortável e prazeroso. Antes de sair em busca de lubrificantes vaginais, que nem todas as mulheres gostam, é preciso investigar as causas do problema, que podem ser físicas ou emocionais.
O ressecamento vaginal pode aparecer em qualquer idade. Apesar de mais comum no período da menopausa, acontece no pós-parto e durante a amamentação devido às alterações hormonais, principalmente relacionadas à queda de estrogênio e testosterona. O uso de anticoncepcionais e antidepressivos também podem prejudicar a lubrificação feminina.
💥️Causas físicas e emocionais
Para saber se o problema é hormonal, será preciso realizar exames que vão verificar o funcionamento da tireoide; analisar índices de testosterona total e livre; cortisol (hormônio do estresse); além do estrogênio e prolactina, que podem interferir diretamente na vida sexual.
O estrogênio e a testosterona, por exemplo, estão relacionados à musculatura, ao revestimento de colágeno da mucosa genital e aos microrganismos que ali habitam. A falta deles diminui a lubrificação.
Excesso de ansiedade, medo de sentir dor na relação sexual, relacionamento em crise e falta de conhecimento do corpo também podem afetar a saúde sexual. Nesses casos, a terapia ajuda na retomada e na manutenção da lubrificação.
💥️O que pode ajudar
💥️Tratamentos com laser ou radiofrequência: promovem ótimos resultados. Na primeira sessão são indicadas três aplicações e, após esse período, basta uma vez ao ano. Eles são indicados para as mulheres que param de usar os cremes vaginais à base de estrogênio ou testosterona devido ao desconforto, pois alguns escorrem.
💥️Técnicas de exercícios vaginais (fisioterapeuta pélvica e uroginecológica ou o pompoarismo): são indicados para diminuir o ressecamento. Estar em contato com o corpo e conhecer as sensações de prazer tendem a aumentar o desejo e a excitação, melhorando a lubrificação.
💥️Manter a higiene adequada da região vaginal: com água e sabão e evitar sabonetes que alteram o pH da região.
✅*Os nomes foram trocados para manter o anonimato das entrevistadas
✅Fontes: 💥️Carolina Freitas, especialista em sexualidade do Sexo sem Dúvida e mestre em psicologia; 💥️Patrícia Romeiro Bretz, ginecologista e especialista em reposição hormonal e endometriose.
O que você está lendo é [Falta de lubrificação no sexo: Como mulheres podem ter mais prazer].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.
Wonderful comments