Teletrabalho em declínio na Europa: reflete apenas 5% das ofertas de emprego no LinkedIn

Embora muitos especialistas previssem que 2024 iria ser marcado uma estabilização no regresso aos escritórios, após um 2023 dominado pela rejeição do teletrabalho por parte de muitos gestores, o regresso presencial às empresas continua a crescer este ano. E esta tendência é bem visível na Europa.

LinkedIn

Apenas 4,7% das ofertas no Linkedin, em outubro, eram para teletrabalho

De acordo com um estudo recente, na Europa, Oriente Médio e África (EMEA), apenas 4,7% das ofertas de emprego publicadas no LinkedIn em outubro de 2024 eram para posições totalmente remotas, 💥️representando uma queda de 21% em relação ao mesmo período do ano passado.

Por outro lado, as ofertas para trabalhos híbridos constituíram menos de um terço (31,6%) das publicações, uma diminuição de 6% face a 2023. Esta redução reflete o recuo de muitas empresas europeias nas promessas de trabalho remoto feitas durante a pandemia de COVID-19.

Apesar da queda nas ofertas de teletrabalho, este modelo continua a ser um fator decisivo para atrair os melhores profissionais. Vários estudos indicam que muitas empresas 💥️perderam os seus trabalhadores mais talentosos quando os obrigaram a regressar ao escritório.

Embora apenas uma em cada 20 vagas no LinkedIn em outubro fosse para posições remotas, 💥️estas representaram 13,1% das candidaturas totais.

É evidente que as empresas que oferecem flexibilidade são as que conseguem atrair os melhores talentos.

Afirmou Josh Graff, diretor executivo do LinkedIn para EMEA e América Latina (LATAM).

Trabalhadores estão a perder poder de escolha

Durante a pandemia, assistimos ao aparecimento de fenómenos como a Grande Demissão e a chamada "demissão silenciosa", onde os trabalhadores priorizavam a flexibilidade e o bem-estar em detrimento de condições de trabalho mais tradicionais. Contudo, 💥️estas tendências começaram a dissipar-se quando as empresas retomaram despedimentos em larga escala.

Os especialistas alertam agora que os trabalhadores que mantêm os seus postos de trabalho estão a perceber que as liberdades conquistadas durante a pandemia estão a desaparecer.

Muitos líderes empresariais sustentam que a inovação é prejudicada pelo teletrabalho. Emmanuel Frenehard, diretor digital da Sanofi - uma das primeiras grandes empresas a exigir a presença dos trabalhadores no escritório pelo menos três vezes por semana -, declarou recentemente que a "serendipidade" é essencial para a inovação:

Quando se trabalha a partir de casa, cada momento do dia está programado, porque é assim que funciona o meu calendário. Não há aqueles momentos de 'Olha, já pensaste nisto?' Quantas grandes invenções foram planeadas? Quantos momentos marcantes de inovação foram agendados?

Existe uma consciencialização crescente de que empregadores e trabalhadores necessitam de encontrar um ponto de equilíbrio entre flexibilidade e colaboração presencial.

Continuamos a viver num mundo em que as expectativas dos empregadores e dos profissionais estão desalinhadas. Contudo, muitas organizações mantêm um certo nível de flexibilidade.

Afirmou Daniel Shapero, diretor de operações do LinkedIn.

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