Hackers da Coreia do Norte responsáveis por mais de 60% do roubo de criptomoedas em 2024
A Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, está por detrás de mais de 60% dos roubos de criptomoedas que ocorreram em 2024. Os hackers norte-coreanos atuam de forma concertada e com recurso a vários estratagemas. A aposta na segurança é cada vez mais uma necessidade.
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Um relatório revelou que hackers da Coreia do Norte foram responsáveis por mais de 60% de todas as criptomoedas roubadas globalmente em 2024, consolidando o país como uma das maiores ameaças no mundo da cibersegurança e da economia digital. Estima-se que os ataques tenham rendido mais de 1,2 mil milhões de dólares, reforçando os cofres do regime norte-coreano e financiando os seus programas nucleares e militares.
A Coreia do Norte tem sido consistentemente apontada como um dos principais países envolvidos em cibercrimes, utilizando equipas de hackers sofisticadas para roubar ativos digitais e contornar sanções internacionais.
Grupos como o Lazarus Group, conhecidos pela sua ligação ao governo norte-coreano, lideraram ataques a plataformas de criptomoedas, exchanges e empresas de blockchain, explorando vulnerabilidades técnicas e falhas de segurança.
De acordo com o relatório, os hackers norte-coreanos roubaram mais de 2 mil milhões de dólares em criptomoedas em 2024, um aumento significativo face a anos anteriores. Este valor representa uma fatia esmagadora do roubo global de criptomoedas, estimado em cerca de 3,5 mil milhões de dólares durante o mesmo período.
Como operam os hackers da Coreia do Norte?
Os grupos de hackers norte-coreanos utilizam várias táticas sofisticadas para comprometer sistemas e roubar ativos digitais, incluindo ataques de phishing, exploração de vulnerabilidades em smart contracts, ataques de engenharia social ou roubo de chaves privadas.
O dinheiro roubado através de criptomoedas desempenha um papel crucial para a Coreia do Norte. Com severas sanções internacionais, o regime liderado por Kim Jong-un utiliza os fundos obtidos para financiar o seu programa nuclear, manter as operações do governo e sustentar a economia.
A dificuldade em rastrear criptomoedas e o seu caráter descentralizado tornam-nas um alvo ideal. Após o roubo, os hackers utilizam misturadores (mixers) e exchanges descentralizadas para lavar os fundos, tornando quase impossível identificar a sua origem.
Aposta na segurança das criptomoedas
O aumento dos ataques cibernéticos, especialmente por parte da Coreia do Norte, destaca ainda a necessidade urgente de regulamentações mais rigorosas no setor das criptomoedas.
Medidas como maior transparência em transações, auditorias obrigatórias e colaborações entre governos e empresas privadas serão essenciais para combater este fenómeno.
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