Festival em Évora mostra novo azeite alentejano com conferência, provas e vendas
O azeite alentejano, que representa mais de 85% da produção nacional, vai estar em destaque num festival que se realiza em Évora, na sexta-feira e no sábado, e cujo programa inclui uma conferência, provas e vendas.
“Nos últimos anos, o país conquistou quantidade e isso está à vista de todos, mas temos conquistado, sobretudo, qualidade”, afirmou hoje à agência Lusa Gonçalo Morais Tristão, presidente do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL).
Organizado pelo CEPAAL, com o apoio da Câmara de Évora, o 2.º Festival do Azeite Novo vai decorrer, nestes dois dias, no Palácio de D. Manuel e no Mercado Municipal, constituindo-se como “ponto de encontro de profissionais, visitantes e habitantes da cidade”.
O certame realiza-se no âmbito do projeto “Da Oliveira à Mesa”, cofinanciado por fundos comunitários e nacionais e que pretende “aumentar a literacia sobre o azeite do Alentejo desde a sua origem no campo até chegar às mesas de refeição”.
Gonçalo Morais Tristão referiu que o azeite português tem “cada vez mais qualidade”, graças aos “novos olivais, aos antigos e aos novos lagares”, fazendo com que possa “ombrear, a nível internacional, com os espanhóis, italianos e gregos.
“O setor teve uma grande evolução nos últimos 10 a 15 anos, sobretudo, muito apoiada pelo incremento da produção no Alentejo, em função da possibilidade de os olivais terem acesso à água do Alqueva”, sublinhou.
Segundo o presidente do CEPAAL, os azeites produzidos na região alentejana representam “mais de 85% da produção nacional” e “todos os anos muda” esta proporção, com “a percentagem de azeite alentejano na produção nacional a ser cada vez maior”.
“Continuam novas plantações e os olivais com dois, três ou quatro anos continuam a aumentar a produção e, como esse tipo de investimento não é acompanhado, pelo menos na mesma escala, é evidente que o Alentejo vai crescendo mais do que outras regiões”, explicou.
A par do aumento da produção, as instalações onde é produzido também são cada vez melhores: “Temos, em particular no Alentejo, oito dos 10 melhores lagares do mundo e não sou eu que o digo, estou apenas a repetir o que já ouvi espanhóis dizerem”, vincou.
Sobre o preço, Gonçalo Morais Tristão disse ter observado, já este ano, “uma queda grande”, depois do aumento do custo provocado pela fraca produção, nomeadamente de Espanha, que representa quase 50% da produção mundial.
“O preço do azeite desceu porque já se preveem colheitas maiores, não tão grandes como as que se esperavam no início da campanha, mas, por haver mais produção do que houve nos anos anteriores, haverá um aumento de oferta e, portanto, uma diminuição do preço”, frisou.
Quanto ao festival, o dirigente deste centro de estudos realçou que, com a iniciativa, pretende-se “mostrar ao consumidor os novos azeites”, numa altura em que se aproxima o final da campanha deste ano.
“Vamos ter ‘workshops’ e provas de forma a ensinar o consumidor como se prova, quais as diferenças dos azeites e dos atributos e tentarmos perceber o gosto de cada um”, acrescentou.
Além de ‘workshops’ e provas, o programa abarca ainda a conferência “As características das variedades portuguesas de azeitona”, expositores, venda, visitas de campo, ‘showcookings’ e pratos dedicados ao azeite nos restaurantes da cidade.
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