Humanos estão em evolução no Tibete e se adaptam à falta de oxigênio

Mulher TibeteSegundo novo estudo, o ser humano ainda está em processo de evolução e as populações do Tibete podem ter a chave do nosso futuro com as mudanças climáticas

Mulher TibeteSegundo novo estudo, o ser humano ainda está em processo de evolução e as populações do Tibete podem ter a chave do nosso futuro com as mudanças climáticas Imagem: Matteo Colombo/Getty Images

As comunidades que vivem nas grandes altitudes no platô do Tibete provaram uma ideia que parecia coisa do passado: o ser humano continua em pleno processo de evolução. Os moradores daquela região estão se adaptando aos baixos níveis de oxigênio.

A conclusão é de um estudo publicado no dia 21 de outubro no periódico PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America).

Como o estudo foi feito

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O que resultados mostram

Vilarejo tibetano visto do Himalaia

Vilarejo tibetano visto do Himalaia Imagem: James Yu/Divulgação

Anteriormente achávamos que um valor mais baixo de hemoglobina fosse benéfico, agora entendemos que um valor intermediário traz o maior benefício. Sabíamos que altos níveis de saturação de oxigênio de hemoglobina eram bons, agora entendemos que quanto mais alta a saturação, melhor. O número de nascimentos vivos quantifica os benefícios.💥️ Cynthia Beall, autora do estudo, em entrevista ao site especializado ScienceAlert

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💥️Mulheres com os mais altos índices de sucesso reprodutivo também tinham alto nível de fluxo sanguíneo nos pulmões. Seus corações ainda tinham ventrículos esquerdos mais largos do que a média — esta é a câmara do coração responsável por bombear sangue oxigenado para o corpo. Levando tudo isso em consideração, esses mecanismos aumentam o transporte e entrega de oxigênio e tornam o corpo humano capaz de aproveitar melhor o ar que respira.

💥️"Este é um caso de seleção natural em andamento", classificou Beall. A professora explicou que as mulheres tibetanas "evoluíram de uma forma que equilibram as necessidades de oxigênio do corpo sem sobrecarregar o coração".

💥️Gene seria responsável por regular a concentração de hemoglobina das mulheres do Tibete. Segundo os pesquisadores, as populações indígenas do Tibete possuem uma variante única do gene EPAS1, que regula a proteína sanguínea. Este traço genético teria, provavelmente, se originado com os hominídeos de Denisova, que viveram na Sibéria há cerca de 50 mil anos e cujos descendentes migraram posteriormente para o platô tibetano. Junto com as outras características, como aumento de fluxo sanguíneo pulmonar e ventrículos mais largos, permitiram maior sucesso reprodutivo e adaptativo.

💥️Estudo demonstra também como o ser humano se adapta a ambientes extremos. Isso oferece pistas de como poderemos lidar com os futuros desafios ambientais trazidos pelas mudanças climáticas. "Entender como as populações como esta se adaptam nos dá um melhor entendimento dos processos da evolução humana", comemorou a professora em comunicado à imprensa.

O que você está lendo é [Humanos estão em evolução no Tibete e se adaptam à falta de oxigênio].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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