Telescópio XRISM mostra detalhes nunca vistos de buraco negro e remanescente de supernova - Multimédia Tek
Estão apresentados os💥️ primeiros resultados científicos da missão XRISM, pouco mais de um ano depois do seu lançamento. As descobertas 💥️revelam estruturas nunca antes vistas em redor de um buraco negro supermassivo e de um remanescente de supernova e são consideradas fundamentais para entender a origem e evolução de cada um dos fenómenos cósmicos.
Desenvolvida pela Agência Espacial Japonesa (JAXA) e da NASA, com a participação da Agência Espacial Europeia (ESA), 💥️a 💥️XRISM assenta num telescópio de raios-X capaz de observar 💥️os objetos e eventos mais energéticos do Universo. Ao fazê-lo, a derradeira intenção é desvendar a evolução do Universo e a estrutura do espaço-tempo.
Como evoluem as maiores estruturas do Universo, como foi distribuída a matéria que nos compõe e de que forma os buracos negros massivos moldam uma galáxia são 💥️algumas das perguntas a que a XRISM pretende ajudar a responder.
Deitando "mãos à obra" desde que foi lançada, em setembro de 2023, as capacidades ficaram demonstradas ao captar 💥️detalhes dos gases de temperatura extremamente alta que rodeiam um buraco negro e restos de uma estrela que explodiu. Esse gás superaquecido leva o nome de plasma e os instrumentos do XRISM podem medir a sua velocidade e temperatura com alta precisão.
No primeiro caso, 💥️o telescópio centrou-se na galáxia NGC 4151, a 62 milhões de anos-luz da Terra, que tem no centro um buraco negro com uma massa 30 milhões de vezes maior que a do Sol. O XRISM 💥️conseguiu mapear o material que gira em torno e eventualmente cai no buraco negro, desde uma distância equivalente à separação entre o Sol e Urano até 100 vezes essa distância. As 💥️observações ajudam a entender como buracos negros crescem ao "devorar" a matéria à sua volta.
Já em relação à supernova, o telescópio 💥️analisou o remanescente N132D, localizado na Grande Nuvem de Magalhães, a 160 mil anos-luz de distância. Essa “bolha” de gás quente foi 💥️formada pela explosão de uma estrela massiva há cerca de 3.000 anos. O XRISM revelou que 💥️essa nuvem não tem uma forma esférica, como se pensava, mas sim de um grande anel, parecido com um "donut".
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O instrumento "Resolve" 💥️mediu a velocidade do plasma nessa nuvem, que está a expandir-se a 1.200 km/s, e detetou átomos de ferro com uma temperatura surpreendente de 10 mil milhões de graus Kelvin, descreve a ESA.
As descobertas feitas são importantes para a ciência porque 💥️ajudam a entender como as estrelas massivas evoluem e como elementos essenciais para a vida, como o ferro, se espalham pelo espaço depois das explosões estelares.
O XRISM também 💥️é o primeiro telescópio a fornecer um mapa tão detalhado da distribuição de gases que rodeiam um buraco negro.
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