Comportamentos de astronautas analisados para melhorar saúde mental em órbita e à superf&ia

Viver no espaço é muito diferente de viver na superfície do planeta. Os cientistas estudam o impacto deste ambiente na saúde mental das tripulações, procuram soluções para contornar os desafios e descobrem como aplicar as lições aprendidas na Terra. Comportamentos de astronautas analisados para melhorar saúde mental em órbita e à superfície da Terra Os ritmos circadianos podem ser acompanhados mediante o registo contínuo da temperatura corporal central e nesta investigação foi desenvolvida uma tecnologia de sensores cutâneos não-invasivos para medir a temperatura durante longos períodos. Fotografia: NASA

💥️A vida na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) é um desafio para a saúde mental. Além da microgravidade, do confinamento e dos horários, os astronautas convivem ainda com múltiplos nasceres e pores do Sol a cada 24 horas, afetando os ciclos de sono, diretamente relacionados com o bem-estar.

São por isso💥️ vários os estudos e experiências desenvolvidos na ISS para melhorar o bem-estar das tripulações no espaço e cujas conclusões, devidamente adaptadas, podem também💥️ contribuir para uma melhor saúde mental em determinados cenários no planeta Terra, como explica a NASA.

A ESA desenvolve a investigação💥️ Circadian Light, um novo sistema de iluminação para auxiliar os astronautas a manter um ritmo diário, ou circadiano, mais normal. A agência explica que um painel LED altera automática e gradualmente o espetro de luz, que varia de dia para dia, para melhor imitar as condições naturais na Terra. 💥️O objetivo é compreender o efeito deste sistema na regulação do ritmo circadiano, no sono, no stress e no bem-estar geral dos membros da tripulação. Como habitualmente, os estudos no espaço podem ser aplicados na Terra, e neste caso, este tipo de iluminação poderá ajudar trabalhadores por turnos ou em ambientes extremos, ou remotos.

Veja na galeria, imagens de algumas das experiências realizadas a bordo da ISS:

Outra investigação da ESA, 💥️Circadian Rhythms, examinou as alterações dos ritmos diários durante um voo espacial de longa duração e os seus ciclos de luz e escuridão que não são de 24 horas. Este conhecimento poderá servir para o desenvolvimento de contramedidas para melhorar o desempenho e a saúde em futuras missões. 💥️Os ritmos circadianos podem ser acompanhados mediante o registo contínuo da temperatura corporal central e nesta investigação foi desenvolvida uma tecnologia de sensores cutâneos não invasivos para medir a temperatura durante longos períodos.

Os atrasos nas comunicações entre a Terra e outros astros, como a Lua ou Marte, serão grandes. Uma mensagem enviada da Terra para Marte leva meia hora a chegar e a resposta levará outra meia hora a voltar. 💥️A investigação Comm Delay Assessment analisou como podem esses atrasos afetar os membros da tripulação que lidam com emergências médicas ou de outra natureza. O objetivo é ajudar os psicólogos a desenvolver formas de gestão de stress na realização de tarefas críticas sem aconselhamento imediato da Terra. Por um lado, verificou-se que a estação espacial pode ser uma plataforma para testar contramedidas para atrasos nas comunicações. Po outro, confirmou-se que os atrasos nas comunicações aumentam o stress e a frustração individuais e reduzem a eficiência das tarefas e o trabalho de equipa, sugerindo que uma melhor formação, trabalho de equipa e tecnologia poderiam atenuar ou evitar estes problemas.

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💥️A investigação NeuroMapping estudou as alterações na estrutura e função do cérebro, o controlo motor e as capacidades multitarefa durante o voo espacial e mediu o tempo que os membros da tripulação demoraram a recuperar após uma missão. Entre os resultados publicados não se encontrou nenhum efeito na memória de trabalho espacial durante o voo, mas foram identificadas alterações significativas na conetividade cerebral. Outro estudo relatou aumentos substanciais no volume cerebral relacionado com a duração da missão. 💥️Os investigadores sugerem que intervalos inferiores a três anos entre missões podem não ser suficientes para uma recuperação total.

Para a investigação 💥️Journals os membros da tripulação escreveram registos diários que os investigadores analisaram para identificar questões relacionadas com o bem-estar. O estudo forneceu dados quantitativos para classificar as questões comportamentais associadas à passagem de muito tempo no espaço. Os resultados incluem informações sobre como determinados fatores afetam o desempenho humano e também recomendações para ajudar as tripulações a preparar-se para o voo espacial e melhorar a vida e o trabalho no espaço.

💥️As tripulações da estação espacial tiram fotografias da Terra para a Crew Earth Observations (CEO). Estas imagens registam como os seres humanos e os eventos naturais alteram a Terra ao longo do tempo e apoiam uma abundante investigação em terra, incluindo estudos sobre o crescimento urbano, sistemas naturais como recifes de coral e icebergues, utilização dos solos e eventos oceânicos. 💥️Descobriu-se, entretanto, que fotografar a “casa” também melhora o bem-estar mental da tripulação, que passa muito do tempo livre a fotografar a partir da cúpula da estação.

💥️O projeto VR Mental Care da ESA testa a utilização da tecnologia de realidade virtual (RV) para o relaxamento mental e melhoria da saúde mental geral dos astronautas durante as missões. Os membros da tripulação utilizam headsets para ver cenários de vídeo e som de alta qualidade em 360 graus e preenchem questionários sobre a experiência. Além de ajudar os astronautas, esta ferramenta poderá ser utilizada para lidar com problemas psicológicos como stress, ansiedade e perturbação de stress pós-traumático na Terra.

Como ajudar os astronautas a reduzir o stress da vida no Espaço? Realidade virtual pode ser a resposta Como ajudar os astronautas a reduzir o stress da vida no Espaço? Realidade virtual pode ser a resposta Headset e HTC Vive Focus 3 e comandos que vão ser utilizados na experiência créditos: Danish Aerospace Company / Nord Space ApS (via The Verge)

💥️As investigações feitas, as técnicas apuradas e a vivência a bordo da Estação Espacial Internacional traduzem-se em inúmeros contributos, diretos e indiretos, para a humanidade. Há 25 anos, que este “laboratório em movimento” 💥️contribui para o desenvolvimento da ciência, em valências tão diferentes como saúde, ambiente, educação e tecnologia. As pequenas unidades de ultrassom, telemedicina e técnicas remotas desenvolvidas para serem aplicadas a bordo da ISS podem ser aproveitadas para tornar os cuidados médicos mais acessíveis em regiões remotas, por exemplo.

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Compreender💥️ como o corpo humano reage e lida com a microgravidade é o foco de muitas das experiências realizadas a bordo da ISS pelos astronautas, nomeadamente 💥️as relacionadas com a condição física. Ao longo do tempo, a ISS tem servido de laboratório 💥️para a investigação sobre o cancro, sobre a degeneração óssea ou a atrofia muscular. Também já foi enviado para o espaço 💥️um pequeno robot criado para fazer cirurgias em microgravidade.

E, se aspira ser um turista espacial, pode ficar tranquilo, 💥️pois um estudo demostrou que os efeitos das viagens ao espaço de curta duração não são prejudiciais à saúde.

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