Shein entra na lista das plataformas vigiadas na Europa. Site de compras tem novas obrigações - Internet T

A Comissão Europeia juntou o site de compras Shein à lista das grandes plataformas vigiadas pelas novas regras do Digital Services Act (DSA). O site chinês é agora obrigado a novas regras de transparência. Shein entra na lista das plataformas vigiadas na Europa. Site de compras tem novas obrigações 2021 DeFodi Images

O retalhista chinês junta-se agora a outras plataformas como a A💥️mazon, LinkedIn, TikTok, Pinterest, Snapchat, Zalando e Bing, que foram designadas como Very Large Online Platform (VLOP) ao abrigo do regulamento de serviços digitais na Europa (Digital Services Act (DSA na sigla em inglês).

A 💥️Shein tem ganho popularidade na Europa e já conta com mais de 45 milhões de utilizadores mensais na União Europeia, o que faz com que se torne um serviço abrangido pelas regras da DSA.

A Comissão Europeia avisa que 💥️o retalhista tem agora quatro meses, até final de agosto de 2024, para cumprir as regras do DSA, nomeadamente as obrigações de adotar medidas específicas para proteger os consumidores online, incluindo menores. Estão ainda previstas medidas para reduzir riscos nos seus serviços e obrigações de reporte e acompanhamento.

Entre as novas obrigações estão a monitorização de venda de produtos e conteúdos ileais ou contrafeitos, que possam violar propriedade intelectual. 💥️Há ainda regras para a utilização de algoritmos que possam pôr em risco a saúde física e mental dos utilizadores, em especial de menores de idade.

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Estas são obrigações adicionais das grandes plataformas, mas 💥️desde 17 de fevereiro a Shein já estava obrigada a cumprir a regulação base da DSA, que abrange todos os serviços e marketplaces online, incluindo a proibição de apresentar publicidade direcionada com base em perfis de dados sensíveis, como a origem étnica, opinião política ou orientação sexual.

O Regulamento dos Serviços Digitais entrou em vigor a 16 de novembro de 2022 depois da aprovação no Parlamento Europeu em julho desse ano, sendo o primeiro passo a identificação das plataformas e motores de busca de grande dimensão. Ao todo, a Comissão Europeia designou  💥️17 💥️plataformas em linha de muito grande dimensão (VLOP – 💥️Very Large Online Platforms ) e 💥️2 💥️motores de pesquisa em linha de muito grande dimensão (VLOSE - 💥️Very Large Online Search Engines), empresas que têm pelo menos  45 milhões de utilizadores ativos mensais, uma lista a que agora se junta a Shein.

💥️Plataformas como a Meta, que detém o Facebook, usado por cerca de 2 em cada 3 europeus, e o Instagram, usado por quase metade da população europeia, estão na mira das autoridades, assim como o TikTok, com mais de 125 milhões de utilizadores na Europa, maioritariamente adolescentes.

A Alphabet é outra das empresas empresa com grande peso nas obrigações definidas pelo DSA, com os serviços Google Play, Google Maps e Google Shopping abrangidos como grandes plataformas e o Google Search na lista dos motores de busca, a par do Bing da Microsoft.

A Comissão Europeia passa a ter competências de supervisão da Shein em reação ao cumprimento das regras do DSA. Em Portugal a Anacom foi designada como autoridade coordenadora  e a 💥️Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) é a autoridade competente em matéria de comunicação social e outros conteúdos mediáticos, enquanto a Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC) é a autoridade competente em matéria de direitos de autor e dos direitos conexos.

Para compreender melhor o que está em causa com o Digital Services Act (DSA), o ysoke TEK elaborou um explicador.

O que é o Digital Services Act (DSA) também conhecido como Regulamento dos Serviços Digitais ou Lei de Serviços Digitais

O DSA pretende💥️ regular as obrigações dos serviços digitais e das plataformas que são intermediários na ligação dos consumidores a bens, serviços e conteúdo. Aqui estão incluídos os motores de busca mas também as redes sociais, websites e mercados online, entre outros.

A ideia é garantir maior proteção aos utilizadores, assegurando que 💥️tudo o que é ilegal offline seja também ilegal online e oferecendo mais proteção dos direitos fundamentais, transparência e responsabilização das plataformas sobre violações da lei.

Entre as 💥️obrigações estão a criação de medidas para combater conteúdos ilegais online, credibilização dos mercados para evitar fraudes de serviços e produtos, assegurar o direito de reclamação das decisões de moderação de conteúdo das plataformas, maior proteção dos menores e mitigação do risco de desinformação e manipulação eleitoral, violência cibernética contra mulheres ou danos a menores online.

Está também incluída a 💥️proibição de publicidade direcionada em plataformas online com perfis de crianças ou com base em categorias especiais de dados pessoais, como a etnia, opiniões políticas ou orientação sexual e a promoção de maior transparência para toda a publicidade em plataformas online e comunicações comerciais de influenciadores.

Os chamados💥️ “padrões escuros” das plataformas online, que designam alguns truques para manipular as escolhas dos utilizadores, estão também na mira da legislação e novas medidas pretendem garantir o acesso aos dados por parte dos investigadores das principais plataformas, de forma a escrutinar o seu funcionamento e a evolução dos riscos online.

Quem tem de cumprir as regras?

💥️Todas as plataformas online com utilizadores na União Europeia terão de cumprir as novas regras, exceto as pequenas e micro empresas com menos de 50 trabalhadores e com uma faturação anual abaixo dos 10 milhões de euros. A lei já tinha sido lançada oficialmente na União Europeia em agosto de 2023, aplicada a 19 serviços, entre os quais 17 plataformas online de muito grande dimensão, com 45 milhões de utilizadores ativos mensais, que terão de cumprir as novas regras, entre as quais AliExpress, Amazon, Apple AppStore, Booking.com, Facebook, Google Play, Google Maps, Google Shopping, Instagram, LinkedIn, Pinterest, Snapchat, TikTok, Twitter, Wikipedia, YouTube e Zalando. A estas junta-se agora a Shein.

💥️O DSA define o que é ilegal online?

Um dos pontos fortes da argumentação da DSA é que o que é ilegal offline deve ser ilegal online, mas os legisladores garantem que não cabe a esta lei determinar o que é ou não legal, já que isso está claro noutras leis europeias.

Por isso também 💥️ficaram de forma alguns detalhes que antes tinham sido apontados, como o caso da transmissão ilegal de jogos e eventos desportivos em plataformas que não detêm os direitos de transmissão. A relatora da DSA explicou mesmo que a opção foi não referir os casos específicos.

💥️Quais são as novas obrigações?

As empresas listadas têm várias obrigações definidas no regulamento, algumas das quais são cumulativas com outra legislação em vigor e que se aplicam a quem presta serviços na União Europeia. 💥️Mais transparência, combate aos “padrões escuros” e uma supervisão única fazem parte da longa lista de regras definidas:

O que podem esperar os consumidores?

💥️Espera-se que as novas regras tenham efeito prático na forma como as plataformas se relacionam com os consumidores e prestam serviços, e a Comissão Europeia aponta alguns resultados previstos do DSA, que se estendem mesmo a uma redução de preços:

Quais são as multas previstas?

Quem violar as regras agora aprovadas para o DSA vai ser penalizado com multas pesadas, que são graduais e dependem do âmbito, mas que podem chegar a💥️ 6% da faturação global das empresas no caso dos serviços digitais, um valor acima do que foi definidos no RGPD.

No caso de violação reiterada das regras os tribunais nacionais podem mesmo chegar a banir as empresas do território europeu.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 11h53

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