Temperaturas continuam a subir e há novo recorde entre os meses mais quentes - Ciência Tek

Abril em Portugal tem temperaturas a subir, mas março foi o mês mais quente de sempre em todo o mundo e o décimo consecutivo de recorde de calor. Também houve novos máximos para os oceanos. Temperaturas continuam a subir e há novo recorde entre os meses mais quentes Termómetro de temperatura do ar Jarosław Kwoczała

Portugal prepara-se para uma nova massa de ar quente, um fenómeno climatérico - entre outros - que começa a ser habitual à medida que são batidos recordes consecutivos da temperatura do ar em todo o mundo. 💥️Há novos máximos tanto para o ar como para a água dos oceanos e pertencem a março de 2024.

A 💥️temperatura média de março foi de 14,14°C, superando o recorde anterior de 2016, de acordo com dados do observatório Copernicus. O valor ficou 💥️0,10 graus acima do que o março mais quente medido até ao momento, em 2016, e 💥️0,73 graus acima da média para o período de referência de 1991 a 2023.

NASA confirma que 2023 foi mesmo o ano mais quente desde que há registos. Números ficam 1,2 graus acima do normal

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O programa de observação da Terra da União Europeia (UE) acrescentou ainda que março foi igualmente o décimo mês consecutivo de recorde de calor, mas não só. A temperatura média de março de 2024 foi 💥️1,68°C superior à registada num mês de março típico durante o período pré-industrial (1850-1900), a base utilizada para as temperaturas antes de a queima de combustíveis fósseis ter começado a crescer rapidamente.

Os oceanos também não escapam ao calor excessivo. Depois do recorde de temperatura média da superfície da água em fevereiro, 💥️os oceanos atingiram novos máximos de 21,07ºC em março, exceto nas áreas próximas aos polos.

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Os oceanos cobrem 70% do planeta e mantêm a superfície da Terra habitável ao absorver 90% do excesso de calor produzido pela poluição das emissões de carbono procedentes da atividade humana desde o início da era industrial.

💥️A subida da temperatura da água ameaça a vida marinha e significa mais humidade na atmosfera, o que provoca condições meteorológicas mais instáveis, como ventos violentos ou chuvas torrenciais, indica a organização.

"Quanto mais quente a atmosfera global, mais numerosos, graves e intensos serão os fenômenos extremos", afirmou a cientista, que citou a ameaça de "ondas de calor, secas, inundações e incêndios florestais", referiu Jennifer Francis, do Centro de Investigação Climática Woodwell.

O calor recorde registado durante este período não foi uma surpresa 💥️devido a um forte El Nino, condição climática que aquece a zona central do Pacífico e altera os padrões climáticos globais. "Mas a combinação deste com as ondas de calor marítimas não naturais fez com que estes recordes fossem de cortar a respiração", reagiu a cientista. Com a desaceleração do El Nino, 💥️as margens pelas quais as temperaturas médias globais são ultrapassadas todos os meses deverão diminuir, acrescentou.

Os cientistas do clima 💥️atribuíram a maior parte dos recordes de calor às alterações climáticas provocadas pelo homem, devido às emissões de dióxido de carbono e metano produzidas pela queima de carvão, petróleo e gás natural.

Enquanto isso, 💥️o gelo marinho continua a diminuir, tanto na parte superior como na parte inferior do planeta. Na💥️ região da Antártida registou em fevereiro mínimos quase históricos pelo terceiro ano consecutivo, indicando uma 💥️tendência preocupante de longo prazo. Atribuídas ao aquecimento global, 💥️essas perdas recorrentes têm implicações significativas para o clima e para a saúde do planeta.

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Enquanto isso, 💥️no outro extremo do planeta, a cobertura máxima de gelo no inverno no Oceano Ártico continua a baixar, refletindo um padrão de 💥️46 anos de redução constante.

As imagens de satélite revelam que a 💥️área total coberta por gelo marinho estava nos 15,65 milhões de quilómetros quadrados a 14 de março. Isso representa 💥️menos 640.000 quilómetros quadrados de gelo do que a média entre 1981 e 2010. No geral, a cobertura máxima de gelo no inverno no Ártico diminuiu numa área equivalente ao tamanho do Alasca desde 1979, comparava a NASA.

Recorde-se que 💥️2023 foi considerado o ano mais quente desde que há registos, com os números a ficarem 1,2 graus acima do normal.

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