Investigação com universidades portuguesas e americanas acelera inovação em tr&e
Ao longo da semana, o 💥️SAPOTek tem publicado um especial💥️ sobre as parcerias que nos últimos 17 anos abriram vias de colaboração entre o sistema científico português e 💥️três universidades americanas: Carnegie Mellon, Universidade do Texas em Austin e MIT - Massachusetts Institute of Technology. A colaboração apostou na formação avançada, no empreendedorismo e nos projetos de investigação que foram a semente para algumas patentes, publicações científicas e nascimento de novas startups.
Na 💥️terceira fase destas parcerias, a decorrer desde 2018, os projetos de I&D em larga escala foram um dos grandes destaques. Financiados pelos instrumentos de 💥️apoio à I&D em copromoção do Portugal 2023, puseram no terreno uma configuração de colaboração diferente, com empresas nacionais a liderarem os projetos.
Já destacamos alguns destes projetos e neste artigo 💥️damos-lhe a conhecer mais alguns, como o 💥️BigHPC - A Management Framework for Consolidated Big Data and High-Performance Computing, que ajudou a encontrar resposta para um problema que se coloca à escala mundial, com a proliferação de sistemas de computação de alta performance: 💥️como tirar o melhor partido de toda a capacidade de computação disponível?
Estes sistemas são fundamentais para resolver problemas complexos e acelerar a ciência e a engenharia, mas a 💥️multiplicidade de componentes de hardware e requisitos das aplicações criam enormes desafios à gestão e manutenção. O BigHPC criou uma plataforma integrada para facilitar esta gestão, otimizando recursos e poupando custos. Uma 💥️plataforma deste tipo interessa tanto a centros de computação avançada, como a empresas com centros de dados privados e a Wavecom, que liderou o projeto, está pronta para incluí-la na oferta.
“A solução final está pronta a ser utilizada para a monitorização de HPC que corram workloads baseadas em aplicações Big Data com recurso a containers”, explica Bruno Antunes, responsável de I&D da Wavecom.
“Esta solução pode ser vista como um único serviço, ou em alternativa serem escolhidas quais as componentes a implementar. 💥️A comercialização passará por uma solução as a service, dada a complexidade e heterogeneidade deste tipo de infraestruturas”, acrescenta. Será por isso💥️ customizada, em função das necessidades de cada cliente, já que “cada centro funciona de maneira diferente, inclusivamente os nossos parceiros neste projeto, o TACC e o MACC, têm formas de funcionar diferentes”. O 💥️Minho Advanced Computer Center (MACC) e o💥️ Texas Advanced Computing Center, da 💥️Universidade do Texas em Austin (TACC) foram os parceiros que testaram os desenvolvimentos do consórcio, onde também esteve o INESC TEC e o LIP, para além da UT Austin e da Wavecom.
“A 💥️Wavecom entrou no projeto BigHPC para melhorar as suas competências na área da monitorização e também o conhecimento em infraestruturas HPC”, acrescenta Bruno Antunes. “Como já possuíamos experiência na área da monitorização de infraestruturas de comunicação, 💥️pretendíamos desta forma aumentar a nossa diversidade e assim entrar em novos mercados”. E vai conseguir fazê-lo, não só com os resultados diretos do BigHPC, mas também porque “paralelamente, e 💥️no decurso do projeto, foi desenvolvido um novo produto para monitorização de APs e respetivos clientes associados”, revela o responsável. A💥️ ferramenta, além da monitorização da própria rede Wi-Fi, permite identificar as movimentações de pessoas que se encontram na cobertura desta mesma rede”. O produto já está a ser comercializado pela Wavecom.
Os 💥️projetos de I&D em larga escala que juntaram investigadores de universidades, institutos e empresas portuguesas a investigadores das universidades americanas focaram as mais diversas áreas. 💥️Cada programa tem um conjunto de áreas de foco, em função das áreas de especialização dos interlocutores envolvidos.
No âmbito da💥️ parceria com o MIT, as cidades sustentáveis estiveram em destaque e como tal desenvolveram-se vários projetos nesse âmbito, como o C-Tech - Climate Driven Technologies for Low Carbon Cities, que deu à NOS a primeira experiência de liderança num grande projeto de cooperação com o sistema científico e tecnológico.
Usar dados de mobilidade para reduzir a pegada carbónica
“A 💥️NOS tem como linha de investigação e inovação o advanced analytics, com dados de mobilidade e esta foi a oportunidade de agregar mais energia, conhecimento e tecnologia a esses dados, centrados desta vez nos benefícios que podem trazer para a gestão sustentável das cidades”, explica 💥️Pedro Machado, head of B2B new business da operadora.
O 💥️C-Tech concentrou-se no desenvolvimento de diferentes modelos de dados, para áreas como o clima, energia, agricultura ou mobilidade e na sua integração numa única plataforma de cidade inteligente. Os 💥️dados de mobilidade usados são ativos da NOS, que foram recolhidos, processados e agregados de forma anonimizada pelos parceiros do consórcio, para integrar estes modelos científicos e desenvolver ferramentas de apoio a tomadas de decisão com menor impacto negativo na pegada carbónica.
Em questão estão 💥️modelos de previsão e otimização de consumos de energia em edifícios residenciais; de recomendação de percursos pedonais tendo em conta o conforto climático; ou ainda modelos de gestão de procura e oferta de meios de mobilidade sustentável em contexto urbano. Lisboa foi o campo de experimentação das tecnologias desenvolvidas.
Com o “estudo da densidade e dos movimentos populacionais em contexto espacial, passa a ser possível desenvolver soluções e tecnologias totalmente adaptadas ao contexto urbano de mobilidade para o qual são projetadas, tendo em conta dados reais”, sublinha Pedro Machado. “Os padrões de mobilidade variam de cidade para cidade, e os dados de mobilidade permitem captar isso e construir soluções mais eficazes”.
Para a NOS, a 💥️parceria foi importante para testar a qualidade dos seus dados espaciais em contextos mais exigentes de investigação, identificar o seu potencial e limitações, O 💥️impacto deste conhecimento será de longo prazo, admite a operadora, embora alguns dos protótipos do projeto estejam em condições de serem convertidos pelos parceiros em produtos comerciais.
A experiência, que também juntou 💥️Instituto Superior Técnico, CEiiA, Universidade Nova de Lisboa - IMS, Lisboa E-Nova e investigadores do 💥️MIT, acabou por ser ainda um incentivo para a participação noutros projetos na mesma área.
A 💥️NOS lidera a Agenda Mobilizadora de Inovação Be.Neutral, centrada na mobilidade sustentável em espaço urbano”. Nesta agenda, que se prolonga até 2025, pretende-se tirar partido dos dados espaciais e da tecnologia 5G para co-desenvolver, com vários parceiros, novos produtos e serviços de mobilidade sustentável.
5G com menos impacto nas cidades
O 5G também deu o mote para o projeto ligado às cidades e à sustentabilidade, liderado pela Ubiwhere. Na base do Snob, como conta 💥️Ana Pereira, responsável de comunicação, está uma ideia que já estava “na gaveta” da tecnológica há algum tempo, à espera do momento e dos parceiros certos. “A possibilidade de 💥️trabalhar com o MIT foi a oportunidade perfeita para desenvolver o projeto, pelo conhecimento e expertise que a equipa tem na área e neste tópico em particular”, refere a responsável.
O Snob fez nascer uma 💥️solução inovadora e inteligente para ligações backhaul sem fios entre unidades 5G. O backhaul é a estrutura da rede responsável por fazer a ligação entre o núcleo e as unidades de distribuição. A nova solução vem 💥️mitigar as dificuldades e os custos elevados que estas ligações representam com a opção habitual, a fibra, ou criar uma alternativa quando essa opção não está disponível, facilitando a escalabilidade da rede.
“Numa cidade os ambientes são densos e muito urbanos e por isso procurámos criar uma solução que pudesse aproveitar as infraestruturas existentes e o mobiliário urbano, como postes de iluminação, bancos ou paragens de autocarro”, explica Ana Pereira.
A 💥️inovação vai permitir usar este mobiliário para distribuir rede de banda-larga 5G a partir de um sistema de rede autónomo e preparado para funcionar em topologia mesh. Vai também permitir suportar serviços inovadores, como sistemas de transporte inteligentes e comunicações veiculares para carros autónomos.
A investigação que se fez durante o projeto permitiu ainda mostrar que as💥️ descobertas podem ser aplicadas noutros ambientes difíceis, além do urbano, como em operações marítimas e de satélite. Ainda não há novos projetos em curso, mas a Ubiwhere admite o interesse em avançar nesse sentido.
O 💥️Snob - Scalable and Self-optimized Wireless Network Backhauling for 5G contou também com a participação do💥️ Laboratório de Investigação de Eletrónica do MIT, do 💥️Instituto de Telecomunicações de Aveiro e do 💥️Centro de Informática e Sistemas da Universidade de Coimbra.
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