Cientistas podem ter encontrado solução para tratar fungos espaciais - Ciência Tek
A 💥️Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla original) 💥️está repleta de fungos que podem formar biofilmes, comunidades biológicas com elevado grau de organização, 💥️capazes de entupir filtros em sistemas de processamento de água e, potencialmente, 💥️causar doenças aos astronautas.
As obstruções nos sistemas de recuperação de água da ISS foram de tal modo intensas 💥️que os tubos já tiveram de ser enviados de volta à Terra, para que pudessem ser recuperados e limpos.
Alguns dos fungos e bactérias que vivem na ISS 💥️podem estar lá desde o início da construção da plataforma, enquanto outros são “transportados” pelos novos astronautas ou cargas que chagam.
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Ver artigoAlém das doenças que podem causar, 💥️os biofilmes também podem danificar equipamentos, incluindo fatos espaciais, unidades de reciclagem, radiadores e instalações de tratamento de água, 💥️obrigando à substituição dos materiais, o que faz aumentar os custos para as agências espaciais.
Há igualmente a preocupação de 💥️prevenir o crescimento microbiano no espaço tendo em conta futuras missões de longo curso, nomeadamente à Lua ou a Marte, onde um regresso rápido à Terra para reparação de material ou para o tratamento de alguém que adoeça é menos viável.
Recentemente, 💥️um 💥️estudo multidisciplinar que reuniu investigadores da Universidade do Colorado, do MIT e do Centro de Pesquisa Ames da NASA e especialistas da empresa LiquiGlide, 💥️pode ter descoberto uma solução para o problema.
Os resultados conseguidos indicam que 💥️cobrir superfícies com uma fina camada de ácidos nucleicos impede o crescimento bacteriano. Isto porque 💥️os ácidos nucleicos transportavam uma leve carga elétrica negativa que impedia que os micróbios ficassem colados às superfícies, avança o MIT em comunicado.
💥️Veja o vídeo do MIT sobre o estudo de prevenção
Sublinha-se, porém, que as bactérias enfrentaram uma barreira física única, bem como uma barreira química: as superfícies de teste foram gravadas em “nanograss”, explica o MIT. Essas pontas de silício, que lembravam uma pequena floresta, foram então untadas com óleo de silício, 💥️criando uma superfície escorregadia à qual os biofilmes lutavam para aderir.
A aplicação deste método específico de cobertura de superfícies com ácidos nucleicos, para evitar a acumulação de biofilme, mostrou que nas amostras terrestres a formação microbiana foi reduzida em cerca de 74%. Surpreendentemente, 💥️as amostras da ISS apresentaram uma redução ainda mais drástica, de cerca de 86%.
Com base nestes resultados iniciais, a equipa de investigadores recomenda que sejam feitos 💥️testes de maior duração numa futura missão, “com um tempo de incubação mais longo e também, se possível, uma análise contínua, e não apenas pontual”.
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