Vulcão antigo no lado oculto da Lua esconde fonte de calor. Sondas Chang’e ajudaram na descoberta - Ci&
Dados recolhidos por sondas chinesas Chang’e ajudaram uma equipa de investigadores a fazer uma nova descoberta acerca da atividade vulcânica lunar. 💥️Os cientistas descobriram uma fonte de calor de grandes dimensões sob a superfície do lado oculto da Lua que, anteriormente, terá feito parte de um vulcão ativo.
A equipa, que publicou as suas conclusões do seu estudo num artigo na revista científica Nature, 💥️já suspeitava que poderiam existir evidências de vulcões antigos sob a superfície de uma zona chamada Compton-Belkovich, localizada no lado oculto do satélite natural da Terra.
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💥️Através dos instrumentos a bordo das sondas Chang’e 1 e 2, capazes de detetar micro-ondas, isto é, ondas eletromagnéticas com comprimentos maiores que os dos raios infravermelhos, a💥️ equipa conseguiu mapear as temperaturas sob a superfície lunar, explica Matthew Siegler, um dos principais autores do estudo e investigador do Planetary Science Institute, nos Estados Unidos.
💥️Uma análise mais aprofundada permitiu verificar temperaturas mais elevadas sob a zona onde se suspeitava que existia um antigo vulcão. De acordo com o investigador, “a única forma de explicar” o fenómeno encontrado é “através de calor adicional que emana algures das profundezas da crosta lunar”.
Os investigadores acreditam que 💥️o calor emana de uma grande massa de granito, com uma dimensão de cerca de 50 quilómetros, sob a superfície lunar,💥️ em particular, de elementos radioativos presentes nesta rocha que, outrora, era lava.
Em declarações ao The New York Times, os cientistas indicam que 💥️a atividade vulcânica em Compton-Belkovich é diferente daquela que foi registada em outras zonas da Lua, contando com algumas parecenças com certos vulcões na Terra, incluindo o Monte Fuji, no Japão, ou o Monte Santa Helena, nos Estados Unidos.
💥️A presença de granito na Lua é algo que está a intrigar os investigadores, uma vez que a formação desta rocha implica dois “ingredientes” fundamentais, a presença de água e de placas tectónicas. "Agora precisamos que geólogos descubram como é que é possível produzir este tipo de elemento na Lua sem água e sem placas tectónicas", afirma Matthew Siegler ao jornal.
Recorde-se que após o lançamento da Chang'e 1 e 2 em 2007 e 2010, respetivamente, 💥️a China continuou a enviar sondas para o satélite natural da Terra. A missão Chang'e 4, por exemplo, conseguiu uma aterragem bem-sucedida de uma sonda no lado oculto da Lua.
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Mais tarde, dados recolhidos pela missão Chang'e 5 ajudaram cientistas chineses a encontrar vestígios de água na superfície da Lua. Ainda este ano, a China anunciou que planeia usar o seu programa de exploração espacial para testar a viabilidade do uso de tecnologia de impressão 3D na construção de edifícios na superfície da Lua.
China quer construir edifícios na Lua através de impressão 3D
Ver artigoA futura sonda Chang'e-8 terá como 💥️missão investigar o ambiente e a composição mineral da Lua, e verificar se a impressão 3D pode ser utilizada nestas superfícies.
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