Telescópio que vai explorar o Universo invisível é lançado no sábado e co

A Agência Espacial Europeia (ESA) lança no sábado, a partir dos Estados Unidos, o telescópio Euclid, que vai explorar o lado invisível do Universo com "mão" visível de cientistas, engenheiros e empresas portuguesas. Telescópio que vai explorar o Universo invisível é lançado no sábado e conta com Conceção artística do telescópio Euclid, uma das missões da Agência Espacial Europeia (ESA) dedicada ao estudo de galáxias e da estrutura do Universo. Terá os seus preparativos finais no próximo ano, para ser lançada em 2023. Créditos: Telescópio Euclid - ESA/C. Carreau; Imagem de fundo - NASA, ESA, ESO, CXC & D. Coe (STScI)/J. Merten (Heidelberg/Bologna)

O💥️ Euclid vai ser lançado com a ajuda do foguetão Falcon 9, da empresa SpaceX de Elon Musk, e a partida da missão está previsto para as 16:11 (hora de Lisboa), a partir da base da agência espacial norte-americana (NASA) em Cabo Canaveral. Caso falhe esta primeira tentativa de lançamento há uma segunda oportunidade no domingo.

💥️Portugal é um dos Estados-membros da ESA diretamente envolvidos na missão, com o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) a liderar uma das componentes científicas cruciais, a do planeamento do rastreio do céu, e seis empresas -- FHP, Altran, GMV, Active Space, Deimos e Edisoft - a fabricarem diversos componentes do telescópio, como proteções térmicas e sistema de testes de controlo em órbita.

Segundo a agência espacial portuguesa PT Space, que integra o comité de direção da missão, 💥️Portugal arrecadou mais de 4,5 milhões de euros em contratos celebrados entre empresas e a ESA.

No centro de controlo da missão, na Alemanha, vai estar um português a codirigir as operações de voo: 💥️Tiago Loureiro, engenheiro aeroespacial que trabalha há 19 anos trabalha na ESA e que o ysoke TEK já entrevistou.

💥️A missão Euclid é a primeira missão espacial concebida para tentar compreender o que está, efetivamente, a acelerar a expansão do Universo e que, segundo as teorias cosmológicas, se deve à energia escura, uma misteriosa força que se opõe à atração gravitacional. Juntas, a energia escura e a matéria escura (matéria invisível, que não emite nem absorve luz) compõem 95% do Universo, que continua por desvendar.

💥️O telescópio Euclid - assim chamado em homenagem ao matemático da Grécia antiga Euclides, considerado o "pai" da Geometria - vai procurar "fazer luz" sobre o Universo invisível observando durante seis anos milhares de milhões de galáxias, permitindo obter em 15 dias imagens de uma área "varrida" pelo telescópio espacial Hubble em 30 anos.

💥️Veja algumas imagens do telescópio Euclid

Na realidade, 💥️a missão vai permitir medir a geometria do Universo e ajudar a esclarecer do que é feito na sua totalidade através da observação do desvio da trajetória da luz provocado pela matéria escura nas galáxias e aglomerações de galáxias, parte do mundo visível, que totaliza apenas 5% da composição do Universo.

Euclid: o telescópio que vai “iluminar” o lado escuro do Universo tem um português no comando

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Ao mapear as posições das galáxias no espaço a três dimensões, possibilitando estudar como estão agregadas, o💥️ telescópio irá dar informações sobre as propriedades da energia escura, numa "viagem no tempo" até aos últimos dez mil milhões de anos de formação do Universo (a sua idade estimada é de 13,8 mil milhões de anos).

Equipado com dois instrumentos, que permitirão obter imagens de galáxias distantes com um detalhe sem precedentes e ajudar a medir com precisão as distâncias a que estão dezenas de milhões de galáxias, 💥️o Euclid será colocado a 1,5 milhões de quilómetros da Terra, num ponto estável, sem interferência da luz do planeta, da Lua e do Sol, onde chegará um mês depois de ter sido lançado.

Espera-se a primeira divulgação de imagens em novembro e os primeiros dados científicos em dezembro de 2024, segundo o IA.

💥️A missão da ESA custou cerca de 1,4 mil milhões de euros e contou com a colaboração da NASA num dos instrumentos, no local da descolagem, no financiamento do trabalho de equipas científicas e na criação de um centro de processamento de dados nos Estados Unidos.

O lançamento do telescópio chegou a estar previsto para 2023 e posteriormente para 2022, da base da ESA, na Guiana Francesa, num foguetão russo Soyuz, isto antes do corte de relações com a Rússia.

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