Beleza da nebulosa do “gato sorridente” mostrada ao pormenor em nova imagem - Multimédia Tek
O nome oficial é Sh2-284, mas a forma como está estruturada fê-la ganhar uma “alcunha”. 💥️A sua parte vermelha e laranja acaba de ser captada, com todos os detalhes, pelo VLT Survey Telescope, no Observatório Europeu do Sul (ESO).
A nebulosa está repleta de estrelas jovens, já que gás e poeira juntam-se nesta nuvem para formar novos sóis. 💥️Se olharmos para a nuvem como um todo talvez vejamos a cara de um gato que nos sorri.
A maternidade estelar Sh2-284 é uma 💥️vasta região de gás e poeira e a sua zona mais brilhante, visível na imagem captada, tem uma dimensão de cerca de 150 anos-luz, ou seja, mais de 1.400 biliões de quilómetros. Situa-se a aproximadamente 15.000 anos-luz de distância da Terra na constelação do Unicórnio.
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Aninhado no centro da parte mais brilhante da nebulosa, mesmo por baixo do “focinho do gato”, está um 💥️enxame de estrelas jovens conhecido por Dolidze 25, que produz enormes quantidades de radiação e ventos fortes. A radiação é suficientemente intensa para ionizar o hidrogénio gasoso na nuvem, o que dá origem às brilhantes cores vermelhas e laranjas. 💥️É em nuvens como esta que residem os blocos constituintes de novas estrelas, explica a Rede de Divulgação Científica do ESO em Portugal.
Os ventos do enxame central de estrelas empurram o gás e a poeira para fora da nebulosa, criando um espaço vazio no seu centro. Ao encontrar zonas mais densas de material, que oferecem mais resistência à erosão, 💥️os ventos varrem primeiro as áreas que as rodeiam, criando vários pilares, que apontam para o centro da nebulosa.
💥️Veja o vídeo preparado pela Rede de Divulgação Científica do ESO
Podemos ver estas estruturas ao longo das fronteiras de Sh2-284, como por exemplo o que vemos do lado direito da imagem. 💥️Apesar destes pilares parecerem pequenos, a verdade é que têm uma dimensão de vários anos-luz e contêm enormes quantidades de gás e poeira, a partir dos quais se formam novas estrelas.
Esta imagem foi criada a partir de dados obtidos pelo VST Survey Telescope (VST), propriedade do Instituto Nacional de Astrofísica italiano (INAF) e acolhido pelo ESO no seu Observatório do Paranal, no Chile. O VST dedica-se a mapear o céu austral no visível com o auxílio da sua câmara de 256 milhões de pixels especialmente concebida obter imagens de campo muito largo.
Faz parte do projeto de rastreio VPHAS+ (VST Photometric Hα Survey of the Southern Galactic Plane and Bulge), que estudou mais de 500 milhões de objetos da nossa Galáxia, ajudando a compreender melhor o nascimento, vida e morte eventual das estrelas existentes na Via Láctea.
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