Associações pedem investigação urgente aos riscos da IA generativa para os consumido
A 💥️Europa tem de avançar com urgência para o estudo dos riscos da inteligência artificial generativa. O pedido vai ser feito pelas associações de defesa do consumidor de 13 países às autoridades locais de cada um.
O apelo foi divulgado em comunicado pelo BEUC - The European Consumer Organization que dá voz a 45 associações europeias de defesa do consumidor em 31 países, 💥️sendo por isso o organismo europeu mais representativo nesta área.
Na nota divulgada, o 💥️BEUC explica que estas 13 associações locais vão pedir às autoridades dos seus países para avaliarem o quanto antes os riscos da IA generativa e para reforçarem a legislação existente, para proteger os consumidores.
A iniciativa conjunta está suportada nos resultados de um relatório divulgado também hoje pela 💥️entidade que representa os direitos dos consumidores na Noruega, a Forbrukerrådet.
O documento alinha um conjunto de riscos inerentes à utilização crescente da IA para os consumidores e 💥️sugere a necessidade de ajustes à legislação de cada país, para acompanhar os novos riscos que se apresentam e que ainda carecem de análise e avaliação.
Entre os 💥️riscos elencados pelo relatório sueco estão o reforço do poder e a redução da transparência que os algoritmos de IA podem trazer às atividades das big tech, se não existirem esforços detalhados e eficazes de escrutínio, sobre a forma como os dados são reunidos e trabalhados.
O 💥️relatório sublinha ainda os riscos de a IA produzir informação errada ou enganadora por valorizar pressupostos errados, de fomentar a discriminação, ou de ser usada para enganar e manipular utilizadores. As questões de privacidade e segurança são igualmente abordadas.
"A IA generativa, como o ChatGPT, abriu todo o tipo de possibilidades para os consumidores, mas existem sérias preocupações quanto à forma como estes sistemas podem enganar, manipular e prejudicar as pessoas”, frisa a diretora-geral do BEUC, Ursula Pachl. “💥️Podem também ser utilizados para espalhar desinformação, perpetuar preconceitos existentes, que amplificam a discriminação ou ser utilizados para fraude”.
É 💥️tendo em conta estes riscos que a associação lança um apelo às “autoridades responsáveis pela segurança, pelos dados e pela proteção dos consumidores, para que iniciem já as investigações e não fiquem à espera que as consequências negativas para os consumidores se materializem, para só depois tomarem medidas”.
O apelo do BEUC surge numa altura em que a 💥️União Europeia está a finalizar um pacote legislativo para regulamentar o uso da IA na região. O IA Act será o primeiro enquadramento regulamentar do mundo com este âmbito e quer servir de modelo para o resto do globo.
Na comunicação divulgada, o organismo que representa as associações europeias de defesa do consumidor também se refere ao IA Act, que posiciona numa área de intervenção paralela.
Sublinha, no entanto, que este 💥️quadro regulamentar deve ser tão “robusto quanto possível para proteger os consumidores”, lembrando que todos os sistemas de IA, incluindo a IA generativa, precisam de escrutínio público.
Esta comunicação do BEUC segue-se a uma 💥️carta enviada às autoridades europeias competentes, para promover a segurança e proteção dos consumidores, com um apelo idêntico.
Na lista de associações que se uniram a esta posição comum e que 💥️vão interpelar diretamente as autoridades dos seus países, solicitando medidas concretas, estão representantes de países como França, Itália, Espanha ou Países Baixos.
A DECO, principal associação portuguesa de defesa dos direitos dos consumidores, não integra a lista. Contactada pelo ysoke TEK para comentar o tema, a associação portuguesa ainda não respondeu.
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