Projeto português mostra como drones podem combater fogos, mas ainda há um longo caminho a percorrer - Mult
O projeto, denominado SAP (sistema de agulheta portante), arrancou em 2023, com financiamento europeu, e 💥️agregou num consórcio três empresas e a Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da Universidade de Coimbra.
Ao longo de quatro anos, o consórcio, liderado pela Jacinto, empresa de Esmoriz dedicada à produção de veículos de combate a incêndios, procurou 💥️desenvolver um drone que pudesse atuar em contexto de combate a incêndios florestais, quando o foco destas aeronaves não tripuladas tem sido a prevenção e deteção de fogos, aclarou o coordenador, Jacinto Oliveira.
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💥️O drone carrega uma mangueira ligada a um autotanque, com o próprio jato de água a contribuir para a aeronave manter-se no ar, 💥️e permite realizar o combate às chamas “à distância”, através de comando de um operador, ou até assegurar o rescaldo numa área predefinida e, nesse caso, fazê-lo de “forma autónoma”, de forma a poupar os bombeiros, que, nessa fase, “estão mais cansados”, explicou o sócio-gerente da Jacinto, durante a apresentação do SAP, que decorreu nas instalações da ADAI.
💥️No entanto, ao longo do projeto, a equipa considerou que o drone, com algumas limitações em contexto rural, face ao declive e à vegetação, 💥️poderá ter uma maior aplicação em incêndios urbanos, nomeadamente no combate em prédios ou em infraestruturas industriais, salientou.
Nesse sentido, Jacinto Oliveira considerou que ainda há um caminho a percorrer até tornar o projeto viável, nomeadamente na adaptação da agulheta para um contexto de incêndios urbanos.
“É preciso desenvolver uma agulheta horizontal [o drone, neste momento’ só consegue direcionar a água na vertical]. 💥️Talvez mais ano e meio e um valor de 50 a 60 mil euros seja o suficiente para fazer essa pequena adaptação, porque a base já está feita”, esclareceu.
💥️Segundo o responsável, o sistema poderá ser vendido, quando validado, por 25 a 30 mil euros. Salientou igualmente que o valor poderia ser “esmagado” caso houvesse uma industrialização do produto.
Também o investigador sénior da ADAI, Carlos Viegas, 💥️admitiu algumas limitações do projeto e considerou que “há um longo caminho a percorrer”.
Apesar disso, foi 💥️já possível avançar com processo internacional de patente para dois sistemas desenvolvidos para este drone, que, ao contrário, de outros protótipos, é mais leve e menos complexo de operar.
💥️“É uma prova de conceito e vai levar trabalho para ser um produto que possa ser comercializado, mas já foi feito um caminho importante nesse sentido”, salientou Carlos Viegas.
No final da apresentação do projeto, o drone foi testado num ambiente controlado no Aeródromo Municipal da Lousã e apagou um pequeno incêndio.
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