Projeto português mostra como drones podem combater fogos, mas ainda há um longo caminho a percorrer - Mult

Um drone que combate incêndios com uma mangueira de um autotanque foi hoje apresentado na Lousã, mas os coordenadores do projeto admitiram que o protótipo ainda terá um caminho a percorrer até se tornar viável. Projeto português mostra como drones podem combater fogos, mas ainda há um longo caminho a percorrer Demonstração do protótipo do drone (veículo aéreo não-tripulado) para apoio nas operações de combate aos incêndios florestais, com capacidade de supressão do fogo em zonas de difícil acesso ou em situações de elevado risco para as equipas no solo, no Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais, junto ao Aeródromo da Lousã, 24 de maio de 2023. O projeto é um consórcio das empresas - Jacinto Marques de Oliveira e sucr. (líder), Sleeklab Ld.ª e Categoria Funcional Ld.ª - e pela ADAI-Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial, instituição de investigação do Sistema Científico e Tecnológico Nacional. | PAULO NOVAIS/LUSA © 2023 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

O projeto, denominado SAP (sistema de agulheta portante), arrancou em 2023, com financiamento europeu, e 💥️agregou num consórcio três empresas e a Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI) da Universidade de Coimbra.

Ao longo de quatro anos, o consórcio, liderado pela Jacinto, empresa de Esmoriz dedicada à produção de veículos de combate a incêndios, procurou 💥️desenvolver um drone que pudesse atuar em contexto de combate a incêndios florestais, quando o foco destas aeronaves não tripuladas tem sido a prevenção e deteção de fogos, aclarou o coordenador, Jacinto Oliveira.

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💥️O drone carrega uma mangueira ligada a um autotanque, com o próprio jato de água a contribuir para a aeronave manter-se no ar, 💥️e permite realizar o combate às chamas “à distância”, através de comando de um operador, ou até assegurar o rescaldo numa área predefinida e, nesse caso, fazê-lo de “forma autónoma”, de forma a poupar os bombeiros, que, nessa fase, “estão mais cansados”, explicou o sócio-gerente da Jacinto, durante a apresentação do SAP, que decorreu nas instalações da ADAI.

💥️No entanto, ao longo do projeto, a equipa considerou que o drone, com algumas limitações em contexto rural, face ao declive e à vegetação, 💥️poderá ter uma maior aplicação em incêndios urbanos, nomeadamente no combate em prédios ou em infraestruturas industriais, salientou.

Nesse sentido, Jacinto Oliveira considerou que ainda há um caminho a percorrer até tornar o projeto viável, nomeadamente na adaptação da agulheta para um contexto de incêndios urbanos.

“É preciso desenvolver uma agulheta horizontal [o drone, neste momento’ só consegue direcionar a água na vertical]. 💥️Talvez mais ano e meio e um valor de 50 a 60 mil euros seja o suficiente para fazer essa pequena adaptação, porque a base já está feita”, esclareceu.

💥️Segundo o responsável, o sistema poderá ser vendido, quando validado, por 25 a 30 mil euros. Salientou igualmente que o valor poderia ser “esmagado” caso houvesse uma industrialização do produto.

Também o investigador sénior da ADAI, Carlos Viegas, 💥️admitiu algumas limitações do projeto e considerou que “há um longo caminho a percorrer”.

Apesar disso, foi 💥️já possível avançar com processo internacional de patente para dois sistemas desenvolvidos para este drone, que, ao contrário, de outros protótipos, é mais leve e menos complexo de operar.

💥️“É uma prova de conceito e vai levar trabalho para ser um produto que possa ser comercializado, mas já foi feito um caminho importante nesse sentido”, salientou Carlos Viegas.

No final da apresentação do projeto, o drone foi testado num ambiente controlado no Aeródromo Municipal da Lousã e apagou um pequeno incêndio.

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