Qual a importância do brilho nos ecrãs dos equipamentos? E o que são os nits? - Computadores Tek
A capacidade de brilho dos ecrãs, sejam em smartphones, um monitor, computador portátil ou televisor, sempre foi algo a ter em conta na decisão de compra. E ao longo dos anos, as 💥️fabricantes têm vindo a aumentar a capacidade de brilho dos seus produtos tecnológicos, sobretudo desde que o HDR é cada vez mais comum.
Sabemos que quanto mais brilho um ecrã tiver, mais fácil será ver a imagem em locais mais iluminados, sobretudo no exterior. E a medida utilizada para qualificar a capacidade dos ecrãs são os nits. Normalmente, 💥️um bom ecrã oferece 500 nits de brilho, os topos de gama têm pelo menos 700 nits, mas os melhores e mais modernos já andam na casa dos 1.000. Mas a corrida agora já inclui os chamados “picos” de nits, capazes de ultrapassar os 2.000 nits.
Antes de tentarmos perceber o que são os nits, há que entender a razão pelo qual o brilho é muito importante nos ecrãs. Certamente que nos equipamentos mais recentes, 💥️quando passa de um ambiente de utilização interior, para exterior, vai notar uma mudança automática no brilho do ecrã. Nas opções do smartphone também tem acesso manual à intensidade de brilho do ecrã, podendo ajustar rapidamente para melhorar o conforto de leitura.
O aumento de brilho de um equipamento permite que as imagens fiquem percetíveis em ambientes com muita claridade. Por exemplo, quando tenta utilizar um tablet ou smartphone na praia, 💥️se estes equipamentos não tiverem brilho suficiente no ecrã, vai ter muita dificuldade em ver os conteúdos, pois os reflexos do sol “abafam” a área do display. Assim, quanto mais brilho, maior contraste e mais capacidade de leitura o ecrã terá.
💥️O que são os nits e como funciona este sistema unitário?
Sabendo que quanto mais brilho, melhor, os nits funcionam como a medida para que possam identificar e comparar a intensidade dos ecrãs. Segundo o Sistema Internacional de Unidades, a 💥️intensidade do brilho é baseada na medida Candela, termo espanhol para vela. A ideia é colocar uma vela de cera dentro de uma caixa com um metro quadrado e iluminá-la. A 💥️capacidade da luz emitida pela vela em atingir as quatro paredes do quadrado é referida como um nit. Assim, duas velas dentro desse quadro significam dois nits, e assim adiante.
Assim, quando ouvir falar em 500 ou 1.000 nits, entenda que será o equivalente a ter o mesmo número de velas dentro do referido quadrado. Ou seja, 💥️se colocar um equipamento com um ecrã com 500 nits dentro desse metro quadrado, será 500 vezes mais brilhante que uma única vela.
Torna-se assim fácil de compreender que um equipamento com poucos nits de brilho funcionará sem problemas em ambiente escuros. Mas quando está exposto ao sol ou outros cenários muito claros, a 💥️leitura é praticamente impossível se não for compensado com mais brilho debitado pelo ecrã do equipamento.
E é por isso que estes são cada vez mais inteligentes, com 💥️sensores que captam a intensidade do brilho em redor e ajustam o ecrã adequadamente. Isso evita a microgestão da imagem e claro, poupança na autonomia da bateria. Certamente que não vai querer fazer ajustes no televisor quando decide passar uma tarde a assistir filmes e a iluminação natural vinda do exterior se vai modificando.
💥️A diferença do brilho entre SDR e HDR
Os equipamentos tecnológicos atuais com ecrã utilizam sistemas HDR, ou seja, 💥️High Dynamic Range, tratando-se de uma mudança de paradigma na última década face ao anterior SDR (Standard dynamic range), utilizados pelos televisores e monitores CRT, por exemplo. Nos equipamentos SDR, a informação das imagens do televisor debitava 0,1 candelas por metro quadrado e um equipamento oferecia um máximo de 100 nits de brilho.
Certamente que se lembra de exemplos como uma janela com os estores todos corridos para cima, deixando entrar a claridade do sol na sala, era suficiente para nos impedir de ver a imagem do televisor. 💥️Havia algumas afinações dos fabricantes e ajustes nas tabelas que permitiam oferecer mais nits, mas no geral, os equipamentos SDR têm uma capacidade muito limitada de brilho. Por exemplo, era possível mapear todos os tons a partir de 0,1 a 100, conseguindo-se obter mais nits através dos elementos mais brilhantes da imagem.
O SDR oferece uma faixa dinâmica limitada, ou seja, há uma menor distância na exibição dos níveis mais claros e escuros da imagem. Tudo mudou com a introdução da 💥️tecnologia HDR, primeiro como um extra para os equipamentos mais caros, mas atualmente é basicamente o standard da indústria em todos os equipamentos com display.
Através do HDR é possível multiplicar a informação no sinal de vídeo desde 0,1 a 1.000 através dos conteúdos. A tecnologia Dolby Vision permite mesmo elevar aos 10.000 nits. 💥️Imagine um televisor com 700 nits de brilho, mas um vídeo em HDR pode ser otimizado, elevando a imagem para 1.000 nits. Isso deve-se à maior amplitude da faixa dinâmica quando comparada com o SDR.
Dessa forma, quanto mais alto o nível de brilho da imagem, graças ao HDR, é possível exibir imagens mais detalhadas nas áreas claras e escuras em simultâneo. Isso é possível graças à 💥️técnica de tone mapping (mapeamento de tons) que ajusta essas áreas, oferecendo detalhes mais realísticos e maior profundidade de imagens, mas sobretudo melhores contrastes nos tons.
💥️Tendência crescente para o aumento do brilho dos ecrãs
As fabricantes de smartphones continuam a apostar no aumento da capacidade de brilho dos seus equipamentos. Um relatório recente da Counterpoint Research dá conta de que em 2022, 💥️mais de um terço dos smartphones premium (vendidos acima dos 600 dólares) oferecem ecrãs acima dos 900 nits. Esse valor corresponde a um aumento de 171% face ao registado no ano anterior. O aumento de nits ainda é considerado um fator diferenciador nos equipamentos de alta gama, mas é uma tendência que também está a aumentar gradualmente nos smartphones de baixa-média.
Considerando que os smartphones são os equipamentos que andam sempre no bolso e são utilizados em todo o lado, muitas vezes no exterior, o aumento de brilho torna-se importante. E como referido, a 💥️adoção do HDR permite o consumo de conteúdos de vídeo em alta-definição.
Um aspeto a considerar na comunicação das fabricantes sobre o brilho é o seu conceito geral e aquilo que é chamado de pico, muitas vezes indicado pelas fabricantes na descrição do débito de nits. O 💥️brilho típico é quando utilizamos o smartphone ou outro equipamento num ambiente geral. Já o pico de brilho é quando utilizamos o equipamento num ambiente de claridade extrema, tal como um dia de sol intenso.
Aumento do brilho nos ecrãs dos smartphones- Fonte: CounterpointUma das fabricantes que aumentou o brilho dos ecrãs no portfólio dos seus smartphones foi a Samsung. Os premium estão acima dos 700 nits, reduzindo a quantidade de equipamentos de baixa-média gama com menos de 450 nits para 20%. Se considerarmos que a fabricante tinha mais de 90% dos equipamentos desta categoria com menos de 450 nits em 2023, a 💥️proporção dos equipamentos acima dos 700 nits cresceu 13% em 2022 face ao ano anterior. Os modelos Galaxy S Ultra já oferecem picos de brilho de 1.750 nits.
De um modo geral, os smartphones acabam por ser os equipamentos em que se vai registar um maior aumento de brilho. 💥️Estes equipamentos variam entre os 300 a 1.500 nits, recordando que são usados com frequência no exterior, para ver mensagens e aceder a conteúdos.
Por outro lado, os portáteis podem variar bastante as necessidades, mas normalmente são utilizados em interiores, no trabalho, casa ou escola, por isso, os 💥️modelos modernos oferecem entre 200 a 600 nits. Obviamente que os portáteis mais poderosos, com ecrãs mini LED como o Blade da Razor, não tem dificuldade em alcançar os 1.000 nits. Por fim, um 💥️monitor, para os computadores domésticos, varia entre os 100 e 500 nits, pois o utilizador consegue controlar a iluminação em seu redor e certamente não vai precisar de mais.
Não se tratam de valores exatos e poderá encontrar modelos HDR com diferentes ofertas de brilho, mas com proporções de preço igualmente significativas.
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