Dez coisas sobre a Netflix que você provavelmente não sabia

A Netflix é a plataforma de streaming mais popular do mundo. Embora tenha sido uma das pioneiras da modalidade, atualmente concorre com nomes de peso que vieram da tecnologia, como Apple TV+, do cinema, como Disney+, e do e-commerce, como o Amazon Prime Video. No entanto, ainda detém a maior parte dos assinantes, com 182,8 milhões em todo o planeta. Desses, quase 16 milhões contrataram o serviço nos primeiros três meses de 2023, logo antes do confinamento pela pandemia de coronavírus. Veja, a seguir, dez curiosidades que você provavelmente não sabia sobre o serviço de filmes e séries online.

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Netflix: dicas que todo o assinante deveria saber

Netflix: dicas que todo o assinante deveria saber

1. Tem centenas de categorias “secretas”

Poucos sabem sobre os códigos “secretos” da Netflix que liberam categorias secretas. O truque permite acessar páginas que trazem filmes separados por gêneros e subgêneros. Alguns são bastante comuns, como “Ação e aventura policial” ou “Documentários biográficos”. No entanto, diversas classificações podem ser muito específicas, ajudando a encontrar um título para assistir que combine exatamente com o que o usuário busca no momento.

É possível, por exemplo, encontrar conteúdo como “Comédias de fim de noite”, “Dramas sobre questões sociais”, “Ficção científica e aliens” e “Filmes sobre serial killers e de terror sangrento”. Para explorar as opções basta usar os códigos ao final do link "www.netflix.com/browse/genre/" (sem aspas).

Use códigos para acessar a lista completa de animes na Netflix — Foto: Reprodução/Paulo Alves 1 de 8 Use códigos para acessar a lista completa de animes na Netflix — Foto: Reprodução/Paulo Alves

Use códigos para acessar a lista completa de animes na Netflix — Foto: Reprodução/Paulo Alves

2. Usuários levam menos de dois minutos para escolher o que assistir

Muitos usuários podem gastar muito tempo navegando pelo acervo até escolher algo, mas esse não é o comportamento da maioria. Em 2016, a Netflix analisou o hábito dos assinantes e descobriu que, em média, as pessoas levam apenas 60 ou 90 segundos para dar play em um filme ou série.

Pode parecer pouco tempo, mas, segundo a Netflix, a curta janela seria suficiente para usuários olhariam rapidamente 10 ou 20 títulos do catálogo. O levantamento, vale lembrar, foi realizado antes de diversas modificações do aplicativo no celular e na TV que tendem a ter facilitado ainda mais a navegação pela interface.

Usuários demoram menos de dois minutos para dar play em um filme ou série na Netflix — Foto: Thiago Rocha/TechTudo 2 de 8 Usuários demoram menos de dois minutos para dar play em um filme ou série na Netflix — Foto: Thiago Rocha/TechTudo

Usuários demoram menos de dois minutos para dar play em um filme ou série na Netflix — Foto: Thiago Rocha/TechTudo

3. “Example Show” é o nome do primeiro filme original da Netflix

A Netflix lança diversos conteúdos originais todos os meses, mas quase ninguém se lembra do primeiro. A primeira série original do serviço foi “Example Show”, um projeto que estreou em 2010 e que tem apenas 11 minutos de duração. Nele, o “protagonista” anda por uma casa com um notebook na mão, faz o moon walk do Michael Jackson e recita um monólogo de Shakespeare. O título está disponível até hoje no catálogo americano.

Trata-se na verdade, de apenas um teste do que viria a ser um grande destinatário de investimento por parte da empresa no futuro. O primeiro grande sucesso da empresa viria apenas em 2013, com o lançamento da primeira temporada de “House of Cards”.

House of Cards foi primeiro sucesso da Netflix, mas "Example Show" veio antes — Foto: Reprodução/Netflix 3 de 8 House of Cards foi primeiro sucesso da Netflix, mas "Example Show" veio antes — Foto: Reprodução/Netflix

House of Cards foi primeiro sucesso da Netflix, mas "Example Show" veio antes — Foto: Reprodução/Netflix

4. Netflix representa 12% do volume de tráfego na Internet

O sucesso da empresa fez surgir a indústria de streaming e disparar a quantidade de dados transmitidos na Internet globalmente. Segundo um levantamento da empresa de inteligência de rede Sandvine, a Netflix foi responsável por cerca de 12% do todo o tráfego de download do planeta em 2023. Apesar de alto, o número foi menor do que um ano antes, quando bateu 15%. No entanto, a tendência é que volte a subir em 2023.

Em março, no auge da quarentena pelo coronavírus, a Netflix registrou alta histórica no tráfego. Como consequência, a plataforma foi obrigada a diminuir a qualidade da transmissão para preservar a infraestrutura. O mesmo aconteceu com outras empresas de tecnologia: YouTube, Prime Video, Apple TV+, Facebook, Instagram e Globoplay tiveram que reduzir o tráfego para a internet não quebrar.

Netflix proíbe uso de VPN para acessar acervos de outros países — Foto: Reprodução/Paulo Alves 4 de 8 Netflix proíbe uso de VPN para acessar acervos de outros países — Foto: Reprodução/Paulo Alves

Netflix proíbe uso de VPN para acessar acervos de outros países — Foto: Reprodução/Paulo Alves

5. Está disponível em 190 países, mas com catálogos diferentes

A Netflix está disponível em 190 países e em centenas de línguas, mas cada um com um catálogo distinto. A separação leva em conta diferentes acordos de licenciamento de conteúdo e suas respectivas restrições geográficas. Os direitos de uma série comprados nos EUA, por exemplo, podem não valer no Brasil. Como consequência, o título fica indisponível no catálogo nacional, mesmo que o usuário clique no link e tente abrir no navegador.

Há anos alguns assinantes usam VPN para simular outras localizações e, assim, acessar bibliotecas de outros países. O truque permite ter acesso a conteúdo que chegou apenas no exterior, mas viola os termos de uso do serviço. Desde 2016, a Netflix bloqueia muitas VPNs e pode banir assinantes que lançam mão do recurso.

Resgate, estrelado por Chris Hemsworth, é o filme original da Netflix mais assistido da história — Foto: Divulgação/Netflix 5 de 8 Resgate, estrelado por Chris Hemsworth, é o filme original da Netflix mais assistido da história — Foto: Divulgação/Netflix

Resgate, estrelado por Chris Hemsworth, é o filme original da Netflix mais assistido da história — Foto: Divulgação/Netflix

6. Resgate é o filme original mais assistido da plataforma

A Netflix divulgou em julho, pela primeira vez, a lista dos filmes originais mais assistidos no serviço. Apesar de ter sido lançado em 2023, o primeiro lugar ficou com o “Resgate”, longa estrelado por Chris Hemsworth. Segundo a plataforma, 99 milhões de pessoas assistiram ao filme durante as quatro semanas após a estreia. Lançado em dezembro de 2018, “Bird Box” ficou em segundo lugar com 89 milhões nas quatro primeiras semanas.

A lista dos cinco mais assistidos da história fica completa com “Troco em Dobro” (85 milhões), “Esquadrão 6” (83 milhões) e “Mistério no Mediterrâneo” (73 milhões). As obras, porém, não acumulam boas avaliações. Todos obtiveram nota menor que 7,00 no IMDb. O mais bem-sucedido nesse quesito é “O Irlandês”, que ficou na sexta posição (64 milhões) e tem média de 7,9 no site de reviews.

Stranger Things é a série mais assistida da plataforma na história — Foto: Divulgação/Netflix 6 de 8 Stranger Things é a série mais assistida da plataforma na história — Foto: Divulgação/Netflix

Stranger Things é a série mais assistida da plataforma na história — Foto: Divulgação/Netflix

7. Stranger Things é a série original mais assistida

Em julho, a Netflix divulgou o ranking de séries mais assistidas da plataforma liderado por “Stranger Things”. Em segundo lugar ficou “The Umbrella Academy”, seguida do fenômeno espanhol “La Casa de Papel”. Fecham o top 5 as séries “Você” e “Sex Education”. Segundo a empresa, o levantamento leva em conta as séries que tiveram pelo menos 70% dos episódios assistidos.

Já ao considerar as séries com a maior quantidade de episódios assistidos por pelo menos dois minutos, a primeira colocação fica com “The Witcher”, baseada no jogo homônimo. Em seguida, aparecem “La Casa de Papel”, “Tiger King”, “Você” e “Brincando com Fogo”.

Fundadores chamavam Netflix de Kibble, que significa ração de cachorro em inglês — Foto: Divulgação/Netflix 7 de 8 Fundadores chamavam Netflix de Kibble, que significa ração de cachorro em inglês — Foto: Divulgação/Netflix

Fundadores chamavam Netflix de Kibble, que significa ração de cachorro em inglês — Foto: Divulgação/Netflix

8. O certo é "a Netflix"

Netflix é “menina”: segundo a empresa, o certo é falar “a Netflix”. O curioso é que nem sempre esse foi o nome da companhia. Um dos fundadores certa vez contou à Fortune que o serviço era chamado originalmente de Kibble, palavra em inglês para ração de cachorro. Segundo o executivo, no entanto, o termo servia apenas para se referir à plataforma enquanto o verdadeiro ainda estava sendo pensado.

9. Mais antiga do que o Google

Apesar de fazer sucesso mundial em tempos mais recentes, a Netflix é mais antiga do que o Google. A empresa foi fundada em 1997, um ano antes que a gigante da tecnologia. Na época, porém, o serviço ainda estava longe de se transformar em uma plataforma de streaming. Em vez disso, a companhia se dedicava a alugar DVDs com entrega por correios.

O fundador e CEO Reed Hastings contou certa vez que a ideia surgiu após ter sido obrigado a pagar US$ 40 de multa por atrasar a devolução de fitas cassete na antiga Blockbuster. Foi quando criou uma alternativa via correios que aproveitava a chegada do DVD aos EUA no final dos anos 1990. A modalidade de streaming viria a ser lançado apenas em janeiro de 2007.

Blockbuster reinava quando Netflix surgiu e teve oportunidade de comprá-la por US$ 50 milhões — Foto: Reprodução/YouTube 8 de 8 Blockbuster reinava quando Netflix surgiu e teve oportunidade de comprá-la por US$ 50 milhões — Foto: Reprodução/YouTube

Blockbuster reinava quando Netflix surgiu e teve oportunidade de comprá-la por US$ 50 milhões — Foto: Reprodução/YouTube

10. Blockbuster teve oportunidade de comprar Netflix por uma fração do valor atual

A Netflix podia ter sido vendida logo no começo de sua trajetória. Em 2000, Hastings propôs um acordo para a Blockbuster comprar a então startup em troca de liberdade para tocar a versão digital da antiga locadora. Se o negócio fosse selado, a Netflix entregaria sua operação via correios e receberia US$ 50 milhões. Na época, porém, o CEO da Blockbuster, John Antioco, não deu andamento nas negociações.

Especula-se que, apesar de a empresa já vir devendo bom desempenho no caixa àquela altura, a compra não aconteceu porque o executivo não enxergava valor na Netflix que justificasse o investimento. A história, como se sabe, se provou justamente o contrário. Enquanto a locadora faliu, a Netflix já vale mais de US$ 187 bilhões, cerca de 3.740 vezes mais do que a oferta de 20 anos atrás.

Via Variety (1,2,3), The New York Times, Forbes, Fortune, Quartz (1,2), Huffpost e Insider

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