Como é a venda de informações na Internet? Veja quanto seus dados valem

Criminosos podem vender dados pessoais e informações confidenciais a partir de 50 centavos de dólar (equivalente a cerca de R$ 2,50 em conversão direta) no mercado ilegal da Internet. É o que revela o relatório “Dox, roubo, revelação. Onde seus dados pessoais vão parar?", produzido pela empresa de cibersegurança Kaspersky e divulgado na última semana.

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A companhia fez uma investigação em dez fóruns e mercados internacionais clandestinos e descobriu uma ampla rede de comércio e venda ilegal de dados privados. Entre as informações estão, por exemplo, passaportes escaneados, carteiras de habilitação, prontuários médicos, selfies acompanhadas de documentos e logins de redes sociais como Facebook e Instagram.

Relatório revela por quanto criminosos vendem dados na Internet — Foto: Pexel 1 de 5 Relatório revela por quanto criminosos vendem dados na Internet — Foto: Pexel

Relatório revela por quanto criminosos vendem dados na Internet — Foto: Pexel

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O relatório alerta que, além dos prejuízos financeiros, outra ameaça aos cidadãos é o chamado . Essa prática virtual consiste em usar as informações particulares de alguém para constranger, chantagear ou colocar em risco a vida e a integridade física de uma pessoa. O também representa uma ameaça política e à democracia, quando o objetivo é impedir indivíduos de expressarem suas opiniões ou fazerem denúncias.

Embora algumas pessoas tenham mais chances de serem vítima sde como jornalistas, policiais, juízes e figuras públicas, é cada vez maior o número de anônimos que, mesmo tomando cuidado com a exposição na web, acabam sofrendo esse tipo de agressão. A seguir, confira quais dados podem ser encontrados à venda na Internet e quanto vale cada um.

Quatro coisas que você nunca deve postar nas redes sociais

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1. Dados da carteira de identidade

Um dos principais documentos de identificação de uma pessoa, que permite circular até mesmo no exterior, como é o caso dos brasileiros em alguns países do Mercosul, pode custar entre 50 centavos de dólar e US$ 10 (equivalente a R$ 50 em conversão direta) no mercado ilegal. Com esses dados, cibercriminosos podem aplicar diversos golpes, como a inscrição em apps de serviços, ou obter acesso a mais informações confidenciais que podem ser usadas para atos ilegais.

2. Digitalizações de passaporte

De acordo com o relatório, passaportes digitalizados podem custar de US$ 6 a US$ 15 (entre R$ 30 e R$ 77), dependendo da qualidade da imagem e do país de origem. Este documento tem grande valor no comércio ilegal porque é aceito em alguns países como documento de identidade e pode ser usado também para receber serviços financeiros e fazer empréstimos, por exemplo. Os dados podem ser usados ainda em inscrições de plataformas internacionais, como as bolsas de criptomoedas, e atrair o interesse de grupos especializados em fraudes.

Os dados de passaportes digitalizados valem muito no mercado ilegal da internet — Foto: Divulgação/Agência Brasil 2 de 5 Os dados de passaportes digitalizados valem muito no mercado ilegal da internet — Foto: Divulgação/Agência Brasil

Os dados de passaportes digitalizados valem muito no mercado ilegal da internet — Foto: Divulgação/Agência Brasil

3. Selfie com documentos

As selfies acompanhadas de documentos digitalizados são outro exemplo de informações consideradas muito valiosas no mercado ilegal, que podem ser vendidas de US$ 40 a US$ 60 (R$ 206 a R$ 309). Com esses dados, criminosos podem cometer diversos golpes, já que muitas instituições utilizam programas chamados "Conheça Seu Cliente" (KYC, em inglês), que exigem verificação de identidade para várias operações. É o caso dos bancos que usam sistemas de reconhecimento facial, de algumas redes sociais que exigem selfies para recuperação do acesso à conta e as bolsas de criptomoedas que usam o programa para evitar a lavagem de dinheiro.

4. Digitalização da carteira de habilitação

Carteiras de habilitação digitalizadas podem ser usadas por golpistas para aluguel de automóveis, identificação para serviços locais ou fraude em seguros. Os preços podem variar entre US$ 5 a US$ 25 (R$ 26 e R$ 130).

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