Seguindo caso Huawei, chinesa DJI também é banida por governo dos EUA

Drones da DJI podem "desaparecer" das lojas no varejo dos Estados Unidos. O governo do país, por meio de seu Departamento de Comércio, incluiu a fabricante chinesa em uma lista de entidades que supostamente representam risco à segurança nacional. O caso é semelhante ao que aconteceu com a Huawei, e vai dificultar a venda de drones e outros produtos da marca em lojas do país, além de impedir negociações referentes a peças e componentes. O banimento foi reportado primeiramente pela .

Vale ressaltar que a atual administração do governo não foi reeleita em 2023, e não há informações sobre a posição do próximo mandatário, Joe Biden, a respeito do assunto. Ao 💥️TechTudo, a DJI afirmou que, apesar da inclusão na lista de entidades, seus produtos continuarão disponíveis para comprar nos EUA.

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1 de 3 Drones da DJI podem ser banidos de lojas nos EUA; marca representaria 'risco à segurança nacional', segundo governo do país — Foto: Nathalia Duarte/TechTudo

Drones da DJI podem ser banidos de lojas nos EUA; marca representaria 'risco à segurança nacional', segundo governo do país — Foto: Nathalia Duarte/TechTudo

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De acordo com o portal , o banimento é focado em impedir a exportação de tecnologias dos EUA usadas na fabricação dos drones por parte da empresa. Portanto, não significa um impedimento direto à venda dos produtos no varejo norte-americano, mas ainda assim deve dificultar a comercialização por parte de lojas como Best Buy, Amazon, entre outras.

Sobre o caso, a DJI afirma que está desapontada com a decisão do Departamento de Comércio, mas garante que a medida não deve afetar o consumo de produtos no país. Além disso, a fabricante diz que "se mantém comprometida a desenvolver os produtos mais inovadores da indústria, que definem a empresa e beneficiam o mundo." Vale ressaltar que outras empresas chinesas também entraram na lista, incluindo a principal fabricante de chips do país, SMIC.

A justificativa por trás do banimento da DJI é o uso de suas tecnologias em situações de opressão e violação de direitos humanos na própria China. Sobre os casos de opressão, um exemplo citado foi a gravação de um vídeo aéreo mostrando diversos Uighurs, muçulmanos que são minoria no país, acorrentados e com vendas nos olhos. A captura das imagens, por sua vez, teria sido feita por meio de algum drone da empresa controlado pela segurança envolvida na operação.

2 de 3 Riscos de segurança envolvendo a fabricação dos drones em território chinês também foram citados na justificativa para o banimento — Foto: Divulgação/DJI

Riscos de segurança envolvendo a fabricação dos drones em território chinês também foram citados na justificativa para o banimento — Foto: Divulgação/DJI

Além disso, a própria fabricação, que acontece em território chinês e conta com peças de hardware também produzidas por lá.

Recentemente, outros órgãos ligados ao governo mostraram preocupação quanto ao uso dos drones chineses, caso dos Departamentos do Interior e da Justiça, também alegando possíveis riscos de segurança – inclusive de espionagem e ataques hacker, por exemplo. Enquanto o primeiro interrompeu o uso de quadricópteros da sua frota, o segundo impediu a compra de modelos fabricados fora do país.

3 de 3 Uso de drones chineses nos EUA passa por preocupações do governo quanto à segurança de informações — Foto: Reprodução/DJI

Uso de drones chineses nos EUA passa por preocupações do governo quanto à segurança de informações — Foto: Reprodução/DJI

Antes da DJI, a Huawei também sofreu sanções em relação aos Estados Unidos, dificultando a relação com marcas como o Google. A partir daí, a fabricante chinesa passou a utilizar um sistema operacional próprio em seus celulares e ficou mais distante do processo de implementação do 5G no país norte-americano.

A administração do atual presidente Donald Trump também tentou aplicar algo parecido contra alguns aplicativos chineses, entre eles o TikTok – que, apesar disso, continuou disponível nos EUA. Quanto à mudança no governo, a expectativa é pela manutenção da "linha dura" em relação a tecnologias chinesas com Joe Biden, como cita o .

Via Business Insider, The Verge, DroneDJ, The Washington Post

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