Dez jogos odiados pela crítica especializada e amados pelo público
Jogos como NieR, Star Wars Bounty Hunter, Spider-Man Web of Shadows e Deadly Premonition são exemplos de nomes em que público e crítica discordaram profundamente em suas análises. De um lado, os reviews especializados reclamam sobre problemas desses e outros games famosos. Já os jogadores amadores se encantaram com outras características ou, simplesmente, enxergaram qualidades que vão além das queixas sobre jogabilidade, controles e gráficos. Na lista a seguir, relembre 10 jogos que os críticos odiaram e o público adorou.
Quatro games que fracassaram na indústria mundial
1 de 10 História e trilha sonora estão entre as características que os fãs mais elogiam em NieR — Foto: Divulgação/Square EnixHistória e trilha sonora estão entre as características que os fãs mais elogiam em NieR — Foto: Divulgação/Square Enix
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1. NieR
NieR: Automata, de 2017, é um clássico moderno, basicamente universalmente elogiado por fãs e crítica, estabelecendo um contraste marcante diante do primeiro título da série: NieR, de 2010. Críticos consideraram os gráficos fracos, a jogabilidade repetitiva, além da percepção negativa da tentativa da Square em misturar RPG de ação com hack ‘n slash.
Já os fãs encontraram na história um grande ponto positivo: NieR é elogiado pela narrativa que muitos jogadores se identificaram. Outro aspecto que conquistou muitas pessoas foi a trilha sonora de alta qualidade, além de uma mistura bem vista entre RPGs mais sérios com mecânicas e estruturas comuns na série Zelda.
2. Star Wars Bounty Hunter
2 de 10 Bounty Hunter acabou relançado para PS4 — Foto: Divulgação/LucasArtsBounty Hunter acabou relançado para PS4 — Foto: Divulgação/LucasArts
Star Wars Bounty Hunter é um jogo de ação e tiro em terceira pessoa para PlayStation 2 e GameCube lançado em 2002. Anunciado durante o interesse renascido devido aos novos filmes, o game foi criticado pela mídia especializada por conta dos controles e especialmente pela implementação de uma câmera que comprometia a ação, além de jogabilidade repetitiva. Outro ponto negativo foi a ambientação no mundo de Star Wars que era mais distante do que ocorria nas telonas naquela época.
Entretanto, gamers encontraram em Bounty Hunter um bom jogo de ação e que ganhava pontos por justamente contar uma história de Star Wars com um enfoque diferente. Até hoje, Bounty Hunter é um dos poucos games single-player de Star Wars em que o jogador não é nem um cavaleiro jedi e nem um lord sith, mas sim um mandaloriano.
3. Dinasty Warriors
3 de 10 Longe de unanimidade entre a crítica, sério conquistou público fiel — Foto: Divulgação/Koei TecmoLonge de unanimidade entre a crítica, sério conquistou público fiel — Foto: Divulgação/Koei Tecmo
A partir de Dinasty Warrios 2 (2000), a série começou a apresentar uma mesma estrutura de hack and slash, que nunca caiu no gosto da crítica. As reclamações também envolviam a repetitividade de todos os jogos da franquia e a baixa qualidade da dublagem, história e áudio.
Entretanto, a série cultivou uma legião de fãs que não desdizem a crítica, mas encontram nesses pontos negativos seus grandes trunfos. A gameplay, considerada repetitiva pelos especialistas, é vista como ponto positivo ao proporcionar alto grau de diversão. Para os gamers, é possível destroçar dezenas de inimigos em hordas intermináveis. Já o tom exagerado na história e nos diálogos conferem um charme “tão ruim que é bom” à franquia, que, segundo os players, é difícil de encontrar em outros games.
4. God Hand
4 de 10 Crítica não entendeu a piada: God Hand é uma bem humorada crítica a jogos de luta e artes marciais — Foto: Reprodução/YouTubeCrítica não entendeu a piada: God Hand é uma bem humorada crítica a jogos de luta e artes marciais — Foto: Reprodução/YouTube
Criação de Shinji Mikami, God Hand surgiu em 2006 para PlayStation 2 como um jogo que o criador classificou como uma paródia em cima das artes marciais. A crítica não entendeu direito a piada e foi negativa diante de aspectos técnicos, como gameplay, controles muito imprecisos, gráficos e níveis de dificuldades.
Mais em sintonia com a visão do criador do jogo, o público entendeu a piada e soube rir das situações inusitadas da história de God Hand. Jogadores também identificaram que os controles, embora não tão sofisticados, contribuíam para o fator de desafio da dificuldade do beat ‘em up. Redimido pelo público, God Hand ganharia até um relançamento em 2011 para PS3.
5. Deadpool
5 de 10 Humor escrachado de Deadpool não foi um sucesso de crítica — Foto: Divulgação/ActivisionHumor escrachado de Deadpool não foi um sucesso de crítica — Foto: Divulgação/Activision
Embora exista desacordo entre crítica e jogadores, há também consenso. Os reviews e as análises independentes de gamers levantam pontos ruins do jogo, como a história curta demais – é possível terminá-lo em seis horas – além de percepção de que os gráficos e a jogabilidade deixam a desejar.
Porém, o ponto de discordância entre crítica e público fica mesmo por conta do tom. Enquanto jogadores curtem o humor escrachado e politicamente incorreto do título, a crítica ataca o que consideram humor raso e exploratório. Em notas agregadas, Deadpool ficou com 61 na crítica e 7,2 entre o público.
6. Spider-Man Web of Shadows
6 de 10 Presença de Homem-Aranha e habilidade de passear de teia pela cidade foram suficientes para os fãs — Foto: Divulgação/ActivisionPresença de Homem-Aranha e habilidade de passear de teia pela cidade foram suficientes para os fãs — Foto: Divulgação/Activision
Antes do enorme sucesso de Marvel’s Spider-Man para PlayStation 4 (PS4), Web of Shadows apareceu para PS3, Xbox 360, Nintendo Wii e PCs em 2008. A crítica pegou pesado com o jogo em virtude da câmera engessada que prejudicava a jogabilidade, inúmeros bugs, além de uma história fraca e previsível. Para a crítica, o título ficou com nota agregada de 68 pontos, enquanto que o coletivo de jogadores deu a Spider-Man Web of Shadows 8,7.
O interessante a respeito da avaliação dos gamers é o fato de que Web of Shadows acabou caindo no gosto do público, apesar dos problemas. Embora muitos reconheçam os problemas levantados pela crítica, o consenso entre fãs é de que o jogo é bom simplesmente por conta do fato de existir o Homem-Aranha e a possibilidade de explorar Nova York se embalando em teias. Portanto, ele foi uma antecipação de um dos elementos que ajudariam a explicar o enorme sucesso de Marvel’s Spider-Man em 2018.
7. Monster Hunter Freedom
7 de 10 Adaptação para o portátil agradou novatos na série — Foto: Reprodução/YouTubeAdaptação para o portátil agradou novatos na série — Foto: Reprodução/YouTube
Monster Hunter Freedom chegou em 2006 para o PlayStation Portable (PSP) como uma versão compilada que trazia os dois primeiros jogos da série para o portátil da Sony. Críticos viram em Freedom um “mais do mesmo” e não encontravam méritos na jogabilidade. Outras queixas estavam relacionadas à história e aos gráficos da série.
Fãs, no entanto, adoraram a ideia de compilar os primeiros jogos em um único título justamente pela possibilidade de conhecer as raízes da franquia de forma coesa, com apenas um game. Outro mérito nas análises do público fiel foi o potencial de jogar Monster Hunter em qualquer lugar, mesmo com as limitações do PSP em termos de tempo de loading e controles.
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