Dez jogos adorados pela crítica especializada e odiados pelo público
Nem todo game que agrada à crítica, satisfaz ao público. Devil May Cry, Street Fighter 5, Mass Effect 3 e The Last of Us 2 são exemplos de títulos que veículos especializados amaram, mas que alguns jogadores não gostaram. Enquanto reviews valorizam modificações profundas em séries famosas, boa parte do público acaba criticando essas rupturas em franquias tradicionais. Conheça, na lista abaixo, dez jogos que são adorados por críticos, mas odiados pelos fãs.
Quatro games que fracassaram na indústria mundial
1 de 11 A personagem Abby, de The Last of Us 2, é uma das razões que fez com que parte do público não gostasse do jogo — Foto: Reprodução/Carlos PalmeiraA personagem Abby, de The Last of Us 2, é uma das razões que fez com que parte do público não gostasse do jogo — Foto: Reprodução/Carlos Palmeira
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1. DMC: Devil May Cry
DMC: Devil May Cry foi lançado em 2013 para PlayStation (PS3) e Xbox 360. Criado como uma revisão dos jogos da franquia, o game irritou profundamente alguns fãs já existentes da série da Capcom por inúmeras razões. A empresa, na época, modificou o personagem principal, simplificou os sistemas de combate e eliminou a capacidade de travar a câmera em inimigos específicos. Além disso, na avaliação de muitos jogadores, ele chegou ao mercado com uma história fraca.
2 de 11 DMC: Devil May Cry não foi bem recebido pelos fãs — Foto: Divulgação/CapcomDMC: Devil May Cry não foi bem recebido pelos fãs — Foto: Divulgação/Capcom
Do outro lado da discussão, a crítica enxergou mérito na reinvenção de Devil May Cry: para muitos analistas, a jogabilidade mais acessível permitia maior diversão para iniciantes. A revisão sobre a fórmula explorada à exaustão nos games anteriores foi, também, bem-vinda, já que injetava oxigênio à uma série que era vista como “mais do mesmo”.
2. Mass Effect
A trilogia Mass Effect foi sempre apresentada pela BioWare como uma série de RPG em que escolhas e navegação pela história tinham influência direta no desfecho e nas relações dos personagens. Por isso, quando Mass Effect 3 chegou ao mercado com seu final genérico que pouco considerava as trilhas levadas pelos jogadores, o resultado foi muita irritação por parte dos fãs. Nos Estados Unidos, houve até mesmo uma ação coletiva perante autoridades, em que usuários alegavam que a desenvolvedora havia feito propaganda enganosa sobre a série.
3 de 11 Fim de Mass Effect 3 foi uma enorme decepção para os fãs — Foto: Divulgação/BioWareFim de Mass Effect 3 foi uma enorme decepção para os fãs — Foto: Divulgação/BioWare
Reviews profissionais do jogo não ignoraram os problemas com o fim de Mass Effect 3, mas deram menor relevância a esses problemas, encontrando até mesmo qualidades positivas na produção. Essa enorme dicotomia entre jogadores e fãs pode ser exemplificada pelo agregador Metacritic, já que, enquanto a crítica deu 93 pontos para o jogo, a comunidade de jogadores deu 5,7 (os números considerados foram o da versão para PS3).
3. Call of Duty Modern Warfare 3
Modern Warfare 3 chegou em novembro de 2011 para PS3, Xbox 360 e PCs com reviews extremamente positivos. A crítica especializava elogiava diversos aspectos, como as novidades no multiplayer, a história com momentos bombásticos e as novas armas e mapas. O jogo, seguindo a norma da série, teve lançamento recorde: foram vendidas cerca de 6,5 milhões de cópias em apenas 24 horas.
4 de 11 O "mais do mesmo" de MW3 nao incomodou a crítica — Foto: Divulgação/ActivisionO "mais do mesmo" de MW3 nao incomodou a crítica — Foto: Divulgação/Activision
Apesar do sucesso em vendas, bastou o game chegar às mãos dos jogadores para que uma reclamação se tornasse constante: a de que o título era basicamente o anterior (Call of Duty Modern Warface 2) com novos mapas e armas. A impressão de “mais do mesmo” dominou a discussão sobre o game na internet, e a insatisfação ficou registrada nas pontuações do jogo em agregadores, como o Metacritic. Foram 88 pontos pela crítica especializada e apenas 3,3 dos jogadores (considerando a versão para PS3).
4. Call of Duty Infinite Warfare
Call of Duty Infinite Warfare não foi uma ideia que os fãs da série receberam de braços abertos logo de cara. Enquanto o trailer era criticado e atingia números históricos de "descurtidas" no YouTube, o seu rival Battlefield 1, com ação na Primeira Guerra Mundial, atingia recordes históricos de visualização.
5 de 11 Call of Duty: Infinite Warfare traz novos mapas no DLC Continuum e incentiva diversos estilos de jogar — Foto: Reprodução/ComingSoonCall of Duty: Infinite Warfare traz novos mapas no DLC Continuum e incentiva diversos estilos de jogar — Foto: Reprodução/ComingSoon
A má vontade com o Call of Duty de ficção científica continuou em seu lançamento, com fãs criticando a ambientação do jogo muito distante dos demais. Já a crítica elogiou Infinite Warfare por seus gráficos, controles e jogabilidade, com destaque para a possibilidade de jogar de forma mais acrobática para vencer adversários. Além disso, os veículos especializados viram aspectos positivos de sobra na história.
5. Spore
Lançado em 2008 para computadores, Spore foi uma criação de Will Wright, designer por trás de grandes sucessos da Maxis. No game, o usuário ficava no controle de uma criatura monocelular em todos seus graus de evolução, do mundo bacteriano até o de viagem interestelar.
Spore foi um híbrido de simulador com estratégia que gerou muita expectativa. Sua chegada ao mercado, no entanto, decepcionou bastante. Sua gameplay foi acusada de ser entediante e sem dificuldade, enquanto seu sistema de DRM, que limitava três instalações por cópia, gerou muita irritação.
6 de 11 Muito aguardado pelo público, Spore teve dificuldade em atender as expectativas — Foto: Divulgação/EAMuito aguardado pelo público, Spore teve dificuldade em atender as expectativas — Foto: Divulgação/EA
A crítica, no entanto, teceu elogios à criação do designer por ver Spore como um jogo ambicioso e que fugia do comum. Para ela, o título permitia ao jogador ser criativo, e possibilitava que cada um descobrisse seu caminho e sua estratégia para sair de micro-organismo a uma espécie capaz de colonizar o espaço. No agregador Metacritic, o jogo ficou com um respeitável 84 da crítica, e 54 do público.
6. Dragon Age 2
Dragon Age 2 chegou em março de 2011, apenas 18 meses depois de Dragon Age: Origins. Para muitos, essa proximidade de datas explica o porquê do RPG medieval da BioWare ter cenários reciclados do jogo anterior, além de um sistema de combate sem graça. Para muitos jogadores, a experiência de gameplay foi muito simplificada em relação ao título anterior.
7 de 11 Fãs foram rápidos em identificar cenários reaproveitados do primeiro jogo e a criticar o novo modo de combate — Foto: Divulgação/BioWareFãs foram rápidos em identificar cenários reaproveitados do primeiro jogo e a criticar o novo modo de combate — Foto: Divulgação/BioWare
Para a crítica, no entanto, o combate mais ágil e rápido rendeu elogios, assim como a apresentação gráfica do jogo (embora fossem mencionados os cenários reutilizados também). Outro ponto de elogio foram os personagens do jogo, especialmente aqueles que formam o bando do jogador. No Metacritic, Dragon Age 2 aparece com 82 da crítica, e nota de 43 no agregado entre o público.
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