Mega Drive: sete segredos que você não sabia sobre o console clássico

O Mega Drive foi lançado pela Sega no Brasil em setembro de 1990 e foi um grande sucesso no país, inclusive superou o Super Nintendo. Com versão mini lançada em 2023, o console conta com sucessos como Sonic, Street Fighter, Castlevania Bloodlines e Streets of Rage 2. Entre as curiosidades estão histórias como a tentativa da Eletronic Arts em criar uma espécie de mercado pirata de games para a plataforma.

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Outro fato inusitado é que o produto antecipou os controles de movimentos popularizados pela Nintendo. O 💥️TechTudo reuniu alguns segredos do Mega Drive e informações pouco conhecidas do clássico videogame.

Mega Drive, também conhecido como Sega Genesis, marcou gerações e ainda é vendido no Brasil — Foto: Divulgação 1 de 7 Mega Drive, também conhecido como Sega Genesis, marcou gerações e ainda é vendido no Brasil — Foto: Divulgação

Mega Drive, também conhecido como Sega Genesis, marcou gerações e ainda é vendido no Brasil — Foto: Divulgação

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1. Fracassou no Japão, mas fez muito sucesso no Brasil

Mega Drive é tão bem sucedido no Brasil que novas versões do console seguem sendo lançadas 30 anos depois — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo 2 de 7 Mega Drive é tão bem sucedido no Brasil que novas versões do console seguem sendo lançadas 30 anos depois — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo

Mega Drive é tão bem sucedido no Brasil que novas versões do console seguem sendo lançadas 30 anos depois — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo

Os resultados do Mega Drive não foram muito bons no Japão, mesmo com a Sega sendo do país e o console ter sido lançado na sequência de produtos e games bem sucedidos da companhia. Por lá, a plataforma assumiria um distante terceiro lugar, atrás do rival Super Nintendo (ou Super Famicon, em japonês) e mesmo da versão nipônica do TurboGrafx-16.

Já no Brasil o Mega Drive seria um enorme sucesso. A razão para isso está basicamente na presença nacional do produto, fabricado e distribuído por uma parceria entre a brasileira TecToy e a Sega. A união garantia presença no mercado, suporte técnico, chegada de jogos e divulgação, além de preços mais competitivos do que o dos importados que, mais caros, não tinham todo esse apoio.

O grande sucesso dos produtos da Sega por aqui criou um campo de batalha alternativo na “guerra de consoles”. Além do Brasil, o Mega Drive foi relativamente bem-sucedido nos Estados Unidos, onde uma forte presença da Sega e uma comunicação mais adulta tornariam o Genesis, como é conhecido por lá, um adversário forte da Nintendo.

2. Foi "hackeado" pela EA

EA tinha capacidade de lançar games para o Mega Drive sem passar pela homologação da Sega — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo 3 de 7 EA tinha capacidade de lançar games para o Mega Drive sem passar pela homologação da Sega — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo

EA tinha capacidade de lançar games para o Mega Drive sem passar pela homologação da Sega — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo

Quando o Mega Drive chegou aos Estados Unidos, a EA era uma pequena desenvolvedora de games que, desencantada com o custo de licenciamento de jogos para o novo console, encontrou uma saída de moralidade duvidosa para o problema. A companhia obteve um kit de desenvolvimento para a plataforma da Sega e, aplicando engenharia reversa, descobriu como criar jogos para o Mega Drive que contornassem o sistema de homologação da Sega.

A EA, então, entrou em contato com a Sega e informou aos japoneses que, caso eles não reduzissem os custos de licenciamento da EA para a plataforma, a Electronic Arts começaria a licenciar sozinha jogos para o Mega Drive, o que basicamente instituiria um mercado pirata de games para o console. Contra a parede, a Sega concordou em reduzir os valores, medida que acabaria positiva para ambas: jogos da EA estão entre os maiores sucessos do Mega Drive, especialmente considerando títulos esportivos.

3. Tinha diversos modelos diferentes

CSD-GM1 era um Mega Drive portátil que tocava música via cassetes — Foto: Reprodução/eBay 4 de 7 CSD-GM1 era um Mega Drive portátil que tocava música via cassetes — Foto: Reprodução/eBay

CSD-GM1 era um Mega Drive portátil que tocava música via cassetes — Foto: Reprodução/eBay

Curiosamente, há uma grande variedade de modelos do Mega Drive, alguns nem sequer fabricados pela Sega. Muitos tinham propostas no mínimo inusitadas, como o TeraDrive, uma mistura do console original com um PC e que foi exclusiva do mercado japonês. A ideia de unir o console a um PC tradicional também foi encarada por outras companhias, o que resultou nos modelos MSX e no Armstrad Mega PC.

Talvez nenhuma versão do Mega Drive seja tão curiosa como o Aiwa CSD-GM1: o console vinha embarcado num sistema de som portátil, que tinha inclusive a capacidade de tocar CDs e reproduzir cassetes. Além dessas ideias, o Mega Drive apareceu em fusões do Sega 32X e em forma portátil: o Sega Nomad.

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4. Era possível jogar online (nos anos 90 e no Brasil!)

A Sega criou um acessório para o console que permitia estabelecer uma conexão dial-up com a Internet para acessar um total de 25 jogos distribuídos de forma online. A rede, conhecida como Sega Meganet, ficou disponível apenas no Japão e no Brasil, algo que só reforça o quanto o mercado nacional era importante para a empresa na época.

Os 25 jogos podiam ser acessados via conexão, baixados e alguns até permitiam gameplay online com outros jogadores. Limitações tecnológicas e de difusão do acesso à Internet acabaram diminuindo a expansão do serviço que acabou sendo descontinuado antes mesmo de estrear nos Estados Unidos.

5. Usava processadores do Apple Macintosh e do Game Boy

Mega Drive é o elo comum que aproxima computadores e outros dispositivos com hardware da Motorola — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo 5 de 7 Mega Drive é o elo comum que aproxima computadores e outros dispositivos com hardware da Motorola — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo

Mega Drive é o elo comum que aproxima computadores e outros dispositivos com hardware da Motorola — Foto: João Gabriel Balbi/TechTudo

O Mega Drive foi construído em torno do Motorola 68000, um processador que aparecia em uma série de computadores e plataformas de games dos anos 1980 e início da década seguinte. Esse processador é um elo comum que aproxima dispositivos bem diferentes, como o Apple Macintosh, o Atari ST e o Commodore Amiga.

Além do processador da Motorola, o Mega Drive continha uma unidade dedicada a áudio. O chip, chamado de Zilog Z80, também aparecia no Game Boy da Nintendo, console portátil em que fazia o papel de processador central.

6. Funcionava com sensor de movimentos, o Sega Activator

Activator permitia controle por movimentos em qualquer game do Mega Drive — Foto: Reprodução/Gametrog 6 de 7 Activator permitia controle por movimentos em qualquer game do Mega Drive — Foto: Reprodução/Gametrog

Activator permitia controle por movimentos em qualquer game do Mega Drive — Foto: Reprodução/Gametrog

É comum pensar no Nintendo Wii como o precursor dos controles por movimentos quando, na verdade, a Sega já tinha experimentado algo do tipo nos anos 1990 com o Mega Drive. Batizado de Sega Activator, o acessório consistia em um octógono montado no chão com sensores de calor que detectam movimentos e os traduziam em controles direcionais em games.

O Activator permitia controlar movimentos em qualquer game da plataforma. A ideia é criativa, mas tinha suas limitações e passava longe da precisão que os dispositivos de movimento atuais oferecem, com uma mistura de acelerômetros, giroscópios e câmeras.

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