Golpe com boleto bancário cresce 785% em 2023; saiba se proteger
Um novo golpe com boletos foi descoberto por pesquisadores da Axur, empresa especializada em riscos digitais, o que representa um aumento de 785% da prática nos primeiros meses de 2023. Criminosos estão usando o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) de vítimas para identificar dívidas e oferecer falsas negociações por meios como o WhatsApp. As fraudes com boletos bancários, que acontecem há anos no Brasil, podem ser repelidas com abordagens cotidianas de segurança digital.
1 de 1 Golpe com boleto bancário cresce 785% em 2023 — Foto: Pond5
Golpe com boleto bancário cresce 785% em 2023 — Foto: Pond5
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Segundo a Axur, esse tipo de golpe segue em alta no Brasil e, apenas em 2023, teve um aumento acima de 785%. "São muitos golpes novos que vêm chegando na cibersegurança devido a grandes vazamentos de dados [...] que estão se reinventando e atormentando a população brasileira por meio das redes sociais", afirma o chefe de inteligência e distribuição de ameaças cibernéticas da Axur, Thiago Bordini.
Como funciona o golpe da renegociação
Na prática mais recente, os golpistas estão utilizando informações divulgadas no grande vazamento de dados de janeiro deste ano. Na ocasião, o dfndr lab, laboratório de segurança da PSafe, descobriu que mais de 220 milhões de brasileiros tiveram seus dados vazados na web. De acordo com o laboratório, o ataque expôs o CPF de grande parte dos brasileiros, além dos dados sensíveis de autoridades e de empresas.
O ataque revelado pela Axur é possível por conta do sistema utilizado por algumas empresas na geração de boletos. Em muitos casos, os criminosos conseguem acessar informações das vítimas e gerar o boleto ao digitar o CPF. A partir daí, é feito o contato por meios como o WhatsApp, utilizando uma conta falsa. O criminoso também pode aplicar técnicas de engenharia social para confundir a vítima.
A renegociação falsa da dívida é oferecida com um desconto promocional. O criminoso, a partir dos dados encontrados, consegue validar informações tanto sobre a dívida quanto sobre a empresa que possui o débito. Caso seja enganado, o usuário recebe um novo boleto, falso, com o valor renegociado.
Como se prevenir e evitar o golpe da renegociação
A prática desse tipo de ataque sofreu uma baixa após empresas oferecerem procedimentos de pagamentos aprimorados, como Pix, QR codes e links automáticos. No entanto, os boletos ainda correspondem ao método mais utilizado no Brasil — cerca de 75% dos pagamentos, como afirma a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Logo, é interessante saber como se prevenir desse tipo de golpe. Algumas dicas são:
trocar senhas periodicamente;usar serviços que geram senhas aleatórias;habilitar a verificação em duas etapas do WhatsApp;confirmar informações por meio de canais oficiais das empresas (telefone, chat e e-mail);dados divergentes em boletos devem ser resolvidos pelas empresas que, em geral, geram novos boletos com valores atualizados;
Caso desconfie de uma promessa de renegociação recebida por telefone, e-mail ou WhatsApp, entre em contato com a instituição financeira e, por precaução, altere suas informações de login no site da empresa. Os procedimentos básicos de proteção podem evitar que o usuário sofra com diferentes golpes que são aplicados por criminosos.
Como identificar golpes recebidos pelo celular
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