Nyang Valorant: conheça o pro player que joga na Gamelanders

Guilherme "Nyang" Coelho, de 23 anos, é um jogador profissional de Valorant que atua pela Gamelanders, uma das equipes mais vitoriosas do cenário brasileiro. Contudo, antes mesmo do surgimento do FPS da Riot Games, o jogador já chamava atenção por ser um dos principais nomes de Point Blank, jogo de tiro da Zepetto. Em 2018, ele conseguiu o título de campeão mundial. Confira, a seguir, a trajetória de Nyang, do seu início de carreira até o sucesso atual em Valorant.

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Nyang, jogador de Valorant, com o uniforme da New Eagles — Foto: Reprodução/Facebook 1 de 5 Nyang, jogador de Valorant, com o uniforme da New Eagles — Foto: Reprodução/Facebook

Nyang, jogador de Valorant, com o uniforme da New Eagles — Foto: Reprodução/Facebook

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Início da paixão por games

A paixão por games começou bem cedo para Guilherme, ainda na época do PlayStation 1, console que foi lançado antes mesmo dele nascer. Surfando por diversos videogames, Nyang começou a se interessar pelas partidas competitivas quando experimentou Call of Duty online no PlayStation 3 e Nintendo Wii. A partir de 2008, ele passou a jogar First Person Shooter (FPS) no computador. O primeiro deles foi Combat Arms. Foi apenas em 2010, com o lançamento de Point Blank no Brasil, que o jogador passou a realmente se dedicar à cena competitiva.

Já no ano seguinte, com somente 13 anos, Nyang participou de seu primeiro torneio presencial em uma lan house pequena de São Paulo. Ele esperou por horas para jogar e foi eliminado na primeira partida. Entretanto, isso não foi o suficiente para que desistisse das competições. Em 2012, venceu seu primeiro campeonato oficial de Point Blank, o WEX WGB, realizado na X5 Mega Arena, em São Paulo. A conquista foi só o começo de uma trajetória vencedora, que culminaria no ápice da carreira de qualquer jogador, o título mundial.

Nyang levanta troféu do campeonato WGB — Foto: Reprodução/Ongame 2 de 5 Nyang levanta troféu do campeonato WGB — Foto: Reprodução/Ongame

Nyang levanta troféu do campeonato WGB — Foto: Reprodução/Ongame

O caminho para o mundial

Antes de chegar ao topo do mundo, Nyang “bateu na trave” diversas vezes. Em 2013, foi vice-campeão da seletiva brasileira para o mundial, que classificava apenas uma equipe do país. O mesmo se repetiu nos anos seguintes, fazendo com que ele quase desistisse do jogo. Quando se formou no colégio, em 2015, o jogador teve a difícil missão de escolher entre os estudos e o game. Sofreu com a pressão familiar, mas manteve a rotina de treinos, acreditando um dia ainda chegar ao mundial. Nyang conciliava a jogatina com o cursinho preparatório para o vestibular.

Em 2016, entrou para a faculdade de Ciências da Computação na Universidade Federal do ABC. Assim, o plano B estava garantido, mas ainda faltava o principal, que veio somente em 2018, quando entrou para a 2Kill Gaming. Junto de Leocadio “mlg” Rezende, Gustavo “doodlez” Paiani, Igor “rhz” Aran e Caio “400kg” Lazzaro, Nyang finalmente venceu a seletiva para o mundial e garantiu vaga no principal evento de Point Blank da temporada.

Drama e conquista do sonhado título

A 2K começou o Point Blank World Challenge muito bem, vencendo a forte equipe russa da AoeXe. Entretanto, um tropeço para a peruana Pantawalon na partida seguinte quase pôs tudo a perder. Os brasileiros ainda sofreram outra derrota na sequência, para a favorita TokioStriker, da Tailândia, e ficaram com uma chance mínima de avançar de fase. Ainda assim, uma combinação milimétrica de resultados deu ao time uma vantagem de 0,01 sobre a AoeXe nos critérios de desempate, e Nyang e companhia foram para os playoffs.

Nas semifinais, vitória sobre os indonésios da PRFS VNG por 2x0. Com isso, finalmente chegava a tão sonhada decisão mundial. Porém, a 2K teria pela frente um dos algozes da primeira etapa, os tailandeses da TokioStriker. Em uma final dramática, com direito a duas prorrogações, os brasileiros conseguiram fazer a felicidade da torcida e soltar o grito de campeão em plena casa. Nyang, depois de anos de dedicação, finalmente estava realizando o seu sonho como jogador.

Nyang e 2K são campeões mundiais de Point Blank — Foto: Divulgação/PBWC 3 de 5 Nyang e 2K são campeões mundiais de Point Blank — Foto: Divulgação/PBWC

Nyang e 2K são campeões mundiais de Point Blank — Foto: Divulgação/PBWC

Migração para o Valorant

Após ser campeão mundial, Nyang acreditava que o cenário competitivo de Point Blank no Brasil fosse ganhar mais apoio, principalmente por parte da Ongame, editora responsável pelo jogo no país. Vale ressaltar que dois anos antes, em 2016, a 2K já havia conquistado o topo do mundo, mas com uma formação diferente. Por isso, um bicampeonato mundial da equipe talvez fosse despertar algo de diferente na região. Contudo, não foi bem isso que aconteceu e após passar 2018 e 2023 focando apenas nas seletivas para o mundial, o jogador decidiu largar o game e mudar para outro FPS.

No início de 2023, Nyang passou a se aventurar no Valorant. Sua principal motivação para entrar no jogo foi o fato de ser desenvolvido pela Riot Games, empresa conhecida por dar um grande apoio ao cenário de esports. Ainda no beta, foi campeão de um torneio pequeno, o ToBeOp, ao lado de Fernando “fznnn” Cerqueira, atualmente companheiro na Gamelanders. Após a conquista, ambos se juntaram a Jonathan “JhoW” Glória, Walney “John” Reis e Leonardo “mwzera” Serrati para formar o primeiro elenco da Gamelanders.

Primeiro elenco da Gamelanders — Foto: Divulgação/Final Level 4 de 5 Primeiro elenco da Gamelanders — Foto: Divulgação/Final Level

Primeiro elenco da Gamelanders — Foto: Divulgação/Final Level

Não demorou muito para que o quinteto passasse a dominar a cena nacional de Valorant. Da primeira conquista, a Copa Rakin, até o First Strike Brazil, último torneio de 2023, a Gamelanders ergueu cinco troféus em um período de menos de seis meses. Nyang credita o sucesso da equipe no período à “bala”, afirmando que a GL tinha mais mira que os adversários.

Nyang com o troféu do First Strike Brazil — Foto: Reprodução/Facebook 5 de 5 Nyang com o troféu do First Strike Brazil — Foto: Reprodução/Facebook

Nyang com o troféu do First Strike Brazil — Foto: Reprodução/Facebook

Masters Reyjavík

Mesmo parecendo imbatível, a Gamelanders não conseguiu se classificar para o primeiro mundial de Valorant. A equipe falhou nas classificatórias, realizadas no início de 2023, e viu a Team Vikings e Sharks representarem o Brasil no Masters de Reyjavík.

No mundial, os brasileiros não foram muito bem. A Sharks foi eliminada sem vitórias e a Vikings obteve apenas um triunfo, de maneira apertada, contra a tailandesa X10. Isso fez com que os times da região levassem um certo choque e mudassem completamente a dinâmica de jogo. Se antes a “bala” era o que reinava, 2023 mostrou que a estratégia é muito mais importante para o sucesso.

2021 e planos

Hoje, Nyang se dedica integralmente ao Valorant. Em setembro de 2023, mês em que a Gamelanders disputou quatro torneios, vencendo dois deles, ele abandonou o estágio que fazia na instituição financeira Itaú. Contudo, a faculdade de Ciências da Computação continua de pé, por conta do ensino à distância (EAD). Assim, o jogador consegue conciliar ambas as atividades ao se inscrever no mínimo de matérias possíveis.

Na Gamelanders, após a falha na conquista da vaga para o Masters da Islândia, a equipe fez algumas alterações no elenco e também contratou um coach estratégico. As mudanças parecem ter dado certo. A line-up vem conquistando torneios importantes, como a primeira temporada da nova Copa Rakin.

Já para o Champions, torneio mundial a ser realizado em dezembro, Nyang projeta um Brasil top 2 do mundo. Ele acredita que a mudança para um jogo “mais estratégico” vai fazer com que o país brilhe na modalidade, assim como já brilhou em outros FPS como Counter-Strike: Global Offensive, Rainbow Six Siege e o próprio Point Blank.

Com informações de Point Blank e Liquipedia (1 e 2)

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