Golpe da entrega falsa e spam por WhatsApp fazem vítimas no Brasil

Golpes de phishing por WhatsApp estão entre os mais praticados por cibercriminosos no Brasil. Por meio do aplicativo, disponível para celulares Android e iPhone (iOS), os crimes cibernéticos são refletidos em tentativas de interceptação de informações pessoais dos usuários por meio de mensagens de spam ou que apontam para entregas falsas, por exemplo.

1 de 2 Criminosos criam links para grupos falsos no WhatsApp para obter dados das vítimas — Foto: Marcela Franco/TechTudo

Criminosos criam links para grupos falsos no WhatsApp para obter dados das vítimas — Foto: Marcela Franco/TechTudo

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Em um dos golpes aplicados pelos criminosos, o usuário recebe uma mensagem explicando que, para ele concorrer ao prêmio, é necessário compartilhar a mensagem da oferta com o maior número de contatos possíveis. A promoção falsa requer o pagamento de uma suposta taxa a título de inscrição.

Como se trata de um valor pequeno, a vítima pode acabar induzida a acreditar na oferta. Por outro lado, os criminosos apostam na escala do golpe: como os alvos são convidados a compartilhar a mensagem, o escopo da ação se torna maior e atinge uma grande quantidade de pessoas.

No caso do ataque por meio de grupos falsos, os especialistas da Kaspersky detalham o processo: sites falsos mostram convites para grupos de debates no WhatsApp com foco em diversos assuntos e temas. Ao clicar no suposto link para entrar no grupo, o usuário visualiza uma tela de login solicitando dados de autenticação. Caso o usuário esteja descuidado, pode acabar introduzindo suas credenciais no site falso e compartilhando seu dados pessoais.

A Kaspersky também tem verificado situações em que o usuário recebe e-mails relacionados a serviços de entregas de produtos. Essas mensagens podem citar a necessidade de pagamento de valores relacionados a fretes, adicionais referentes a seguros ou entregas, além de desembaraço alfandegário, com potencial de enganar alguém que esteja esperando algum produto comprado da Internet.

2 de 2 Imagem mostra site falso de um rastreador de encomendas, feito para que o usuário passe dados pessoais a criminosos — Foto: Reprodução/Kaspersky

Imagem mostra site falso de um rastreador de encomendas, feito para que o usuário passe dados pessoais a criminosos — Foto: Reprodução/Kaspersky

Nesses casos, os e-mails contam com links que direcionam o alvo para um site falso em que ele pode não só comprometer dados pessoais como também compartilhar dados bancários, como número de cartão de crédito, por exemplo.

Como identificar golpes e evitar maiores problemas

Os especialistas da Kaspersky fazem uma série de recomendações importantes para identificar golpes na Internet, como ter cuidado com links antes de abri-los, analisar remetentes e conteúdo de e-mails, além de garantir que seu sistema operacional e antivírus estejam atualizados.

Antes de clicar em um link suspeito, passe o mouse sobre o endereço e veja na borda inferior do navegador o endereço real do site. Caso você não reconheça o destino ou a URL contenha erros de ortografia, é bem provável que seja uma página falsa. Em celulares, uma dica é selecionar o endereço e manter o dedo sobre ele até que seja possível copiar o link como texto. Em seguida, cole a informação em qualquer espaço: assim, você pode analisar o link antes de abrir.

Identificar o remetente de uma mensagem ou e-mail não basta para garantir sua segurança, uma vez que um colega de trabalho ou amigo pode ter sido hackeado e a mensagem que você recebeu pode ter sido enviada sem que o suposto autor tenha conhecimento: desconfie de mensagens estranhas e analise links, como mencionamos anteriormente.

Em e-mails, a dica é verificar os remetentes. Golpes tendem a partir de endereços com caracteres estranhos, como "amazondeals@tX94002222aitx2.com". Você pode até pesquisar esses endereços no Google para verificar se eles existem nas empresas que supostamente estão tentando contato com você. Sempre verifique as informações recebidas nas fontes oficiais da empresa, como site ou perfis nas redes sociais.

Os dados solicitados pela comunicação da empresa também são uma grande ferramenta para identificar fraudes: organizações nunca pedem CPF, dados bancários ou números de crédito por e-mails não solicitados. Desconfie de terminologia em textos que induzem você a uma sensação de emergência. Criminosos utilizam termos como "urgente" e "ação imediata necessária", por exemplo, para colocar uma maior pressão e diminuir suas defesas naturais na hora de analisar a mensagem.

Por fim, saiba que a ortografia do texto é um sinal importante na verificação das mensagens: textos com erros de ortografia ou gramática, além da utilização de linguagens que fogem do estilo profissional de uma empresa, também são sinais importantes.

Com informações de Kaspersky

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