Todas as dicas para saber se o celular é roubado

A compra de celular nem sempre acontece numa loja, com nota fiscal e produto lacrado, apesar de esse ser o procedimento mais recomendável. Muitas vezes, a transação pode acontecer em sites que não sejam tão conhecidos ou mesmo em fóruns na internet. Por conta disso, o 💥️TechTudo selecionou algumas maneiras de conferir se o smartphone recém-adquirido possui realmente procedência legal.

Antes de comprar um aparelho, vale sempre ficar atento a ofertas tentadoras demais ou a sites que não passem confiança. E, após a aquisição do aparelho, é bom conferir se você não caiu em uma "roubada". Confira a seguir as dicas sobre como identificar se o aparelho é ou não fruto de crime.

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O iPhone é um dos celulares mais buscados na internet — Foto: Apple/ Reprodução 2 de 11 O iPhone é um dos celulares mais buscados na internet — Foto: Apple/ Reprodução

O iPhone é um dos celulares mais buscados na internet — Foto: Apple/ Reprodução

1. Número IMEI

É possível realizar consulta do IMEI do celular pelo site da Anatel — Foto: Reprodução/Willian Rodrigues 3 de 11 É possível realizar consulta do IMEI do celular pelo site da Anatel — Foto: Reprodução/Willian Rodrigues

É possível realizar consulta do IMEI do celular pelo site da Anatel — Foto: Reprodução/Willian Rodrigues

Cada celular tem uma numeração única, o chamado IMEI. Uma das primeiras ações a se tomar ao ter o celular roubado é bloquear este número. Quando bloqueado, o celular perde o acesso à rede e fica impedido de fazer ou receber ligações, além de perder o acesso à internet. O número de IMEI pode ser encontrado de três formas: na caixa do aparelho, junto aos códigos de barra; em um adesivo localizado atrás da bateria; via consulta, bastando digitar o número "*#06#" no discador.

Com o número em mãos, basta fazer uma consulta no site Celular Legal. Caso o aparelho não possua um bloqueio, será exibida a mensagem "Até o momento o IMEI informado não possui restrições de uso". No caso de bloqueio, a mensagem exibida será "O IMEI está impedido por perda, roubo ou furto". No caso de compra em uma loja regular, caso constatado a venda de um aparelho fruto de furto, o consumidor é protegido pelo Código de Defesa do Consumidor.

2. Nota fiscal

Consulta de nota fiscal eletrônica — Foto: Ana Letícia Loubak / TechTudo 4 de 11 Consulta de nota fiscal eletrônica — Foto: Ana Letícia Loubak / TechTudo

Consulta de nota fiscal eletrônica — Foto: Ana Letícia Loubak / TechTudo

Toda compra em loja regular gera uma nota fiscal. No caso de compra de celulares usados, é bem possível que o vendedor ofereça a Nota Fiscal como meio de comprovação da procedência do aparelho. O governo federal disponibiliza um site para consulta de notas fiscais. Basta acessar o site da fazenda e digitar o número do documento fiscal eletrônico e consultar se, de fato, ele se refere ao produto desejado.

Uma boa saída é consultar o CNPJ da empresa. Ele deve estar disponível e acessível no site de venda. A consulta é gratuita é pode ser realizada também no site da fazenda. Na consulta, o nome da loja deve ser igual ao oferecido. No caso de não haver comprovação em nenhum dos casos, há grandes chances da compra não ser legal.

3. Contas já registradas no aparelho

Um celular novo não deve vir com contas já vinculadas ao aparelho — Foto: Luciana Maline/TechTudo 5 de 11 Um celular novo não deve vir com contas já vinculadas ao aparelho — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Um celular novo não deve vir com contas já vinculadas ao aparelho — Foto: Luciana Maline/TechTudo

Um forte indício de que o celular já teve outro dono é a associação a contas de outras pessoas. Por padrão, o celular vendido em uma loja deve vir sem vínculos ou contas ativas, tal qual saiu de fábrica. Portanto, vale a pena verificar se o telefone não possui contas de terceiros ativas no celular.

No Android, basta consultar o gerenciador de contas na área de Configurações. A existência de notificações prévias à utilização e aplicativos de terceiros já instalados no celular também são fortes indícios de que o celular pode não ser tão novo quanto o alegado.

Por fim, mensagens de erro e alertas aleatórios durante a inspeção do aparelho podem ser um indício de que o celular não é "legal" ou passou por um processo que maquiou a ilegalidade do aparelho. Vale a pena investir algum tempo o inspecionando.

4. Carregador e acessórios

Os acessórios devem ser compatíveis com o Smartphone — Foto: Reprodução/Elson de Souza 6 de 11 Os acessórios devem ser compatíveis com o Smartphone — Foto: Reprodução/Elson de Souza

Os acessórios devem ser compatíveis com o Smartphone — Foto: Reprodução/Elson de Souza

Apesar de algumas exceções, os carregadores e demais acessórios devem ser compatíveis com o aparelho. Caso tenha comprado diretamente na loja, um celular Motorola dificilmente será acompanhado com um carregador Samsung. Plugues e entradas também devem ser compatíveis.

Pode parecer óbvio, mas o estado dos acessórios também diz muito a respeito da procedência do aparelho. No caso de um aparelho novo, comprado na loja, tanto aparelho quanto acessórios não devem ter marcas de uso. As marcas são indicativo de que o cliente pode ter sido lesado e o aparelho já pertenceu a outra pessoa.

5. Bateria do celular

Um celular quando comprado na loja, não deve apresentar uma bateria viciada — Foto: Reprodução/Luciana Maline 7 de 11 Um celular quando comprado na loja, não deve apresentar uma bateria viciada — Foto: Reprodução/Luciana Maline

Um celular quando comprado na loja, não deve apresentar uma bateria viciada — Foto: Reprodução/Luciana Maline

A saúde da bateria de um celular oferece boas pistas para identificar um aparelho realmente novo. No caso de aquisição de um smartphone novo, dificilmente a bateria virá com algum tipo de vício. Após a primeira carga, o aparelho deve indicar 100% de carga.

Para aparelhos usados, é importante ter em mãos a nota fiscal para verificar o tempo de uso e fazer as contas se é compatível com o indicador de saúde deste componente. No caso de um celular que tenha sido sempre utilizado com o carregador correto, dificilmente ele apresentará diferenças entre a medição de carga da bateria e a carga efetiva.

Caso suspeite de uma diferença, é possível verificar a informação no iOS de forma nativa ou no Android por meio de apps como o AccuBattery.

6. Desbloqueio de IMEI

Sigma Box é um exemplo de desbloqueador de IMEI — Foto: Reprodução/GSMserver 8 de 11 Sigma Box é um exemplo de desbloqueador de IMEI — Foto: Reprodução/GSMserver

Sigma Box é um exemplo de desbloqueador de IMEI — Foto: Reprodução/GSMserver

Há ainda alguns dispositivos que habilitam a rede de telefonia móvel em celulares que tiveram o IMEI bloqueado. Eles emulam um número de IMEI e habilitam a rede no aparelho, o que faz com que o smartphone volte a ter acesso à rede GSM e à internet. o mais importante é que o procedimento é ilegal.

Celulares que tiveram o IMEI bloqueado pelas operadores e desbloqueados à força podem ser identificados por aplicativos voltados para esta finalidade. Para garantir que não está levando gato por lebre, vale a dica de consulta do número de IMEI. Esse número deve bater com o número da caixa. Em caso de desconfiança, vale a pena pesquisar no Celular Legal.

7. Bloqueio de iCloud, conta Google e similares

O iCloud é o serviço de compartilhamento na nuvem da Apple — Foto: Reprodução/Marvin Costa 9 de 11 O iCloud é o serviço de compartilhamento na nuvem da Apple — Foto: Reprodução/Marvin Costa

O iCloud é o serviço de compartilhamento na nuvem da Apple — Foto: Reprodução/Marvin Costa

Desconfie de qualquer oferta que diga que celular tem "iCloud bloqueado", "Conta Samsung bloqueada", "Conta Google bloqueada" ou qualquer outro bloqueio do gênero. O bloqueio geralmente acontece quando se erram muitas vezes as tentativas de entrada ou recuperação de senha.

O método para recuperação é muitas vezes simples, conforme relatatado no tutorial de recuperar o acesso ao iCloud. No entanto, ele só pode ser feito pelo dono original. Um produto de furto permanecerá bloqueado.

No caso de dispositivos que tenham passado por um desbloqueio forçado, com alteração na raiz do aparelho, é bem possível que, ao tentar utilizar a loja oficial de apps, uma mensagem de erro seja exibida. Portanto, mesmo que aparentemente o celular seja "quente", não custa testar o login e tentar utilizar lojas como a App Store ou Play Store.

8. Pesquisas e ofertas tentadoras

Acessando a pesquisa de imagens no Google (Foto: Reprodução/Edivaldo Brito) — Foto: TechTudo 10 de 11 Acessando a pesquisa de imagens no Google (Foto: Reprodução/Edivaldo Brito) — Foto: TechTudo

Acessando a pesquisa de imagens no Google (Foto: Reprodução/Edivaldo Brito) — Foto: TechTudo

Antes de adquirir o produto, é bom que os aspectos dele sejam pesquisados a fim de que essas informações sejam checadas com o vendedor. Seja um produto comprado em uma loja ou um celular usado, é bem provável que o dono conheça aspectos como a versão do sistema e duração da bateria, entre outros.

Ofertas muito tentadoras também devem servir de alerta na compra de um novo smartphone. O recém-lançado iPhone 13, por exemplo, custa R$ 7.599 na loja oficial da Apple. Ainda que considerada a desvalorização de produtos, dificilmente o aparelho custará a metade ou uma fração menor desse valor.

9. O que fazer?

O que fazer caso comprovado que o aparelho se trata de um celular roubado — Foto: Reprodução/Pond5 11 de 11 O que fazer caso comprovado que o aparelho se trata de um celular roubado — Foto: Reprodução/Pond5

O que fazer caso comprovado que o aparelho se trata de um celular roubado — Foto: Reprodução/Pond5

O ideal é que todos os cuidados sejam tomados para não gerar dores de cabeça no futuro. Aparelhos comprados em lojas ou vendedores que emitam nota fiscal são amparados pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). A Anatel recomenda a apresentação deste documento para garantir o direito de devolver o aparelho irregular, adulteração ou falsificação e ter a restituição do valor pago, é necessário apresentar a nota fiscal da compra.

Já caso de compras "informais", é importante que o comprador se atente aos detalhes. Todos os pontos levantados neste artigo são passíveis de se conferir antes ou durante a compra, e não há razão para ter pressa no momento de checagem. Alguns minutos a mais podem definir se você terá uma alegria com a compra ou um problema.

Por fim, no caso de bloqueio pelo IMEI, somente o dono anterior do aparelho pode solicitar o desbloqueio. Caso o celular tenha sido comprado em uma loja, a Anatel orienta o consumidor se dirigir à loja e solicitar a troca do aparelho ou o estorno em até 90 dias. No caso do IMEI adulterado, a Anatel pode bloquear o aparelho irregular e este, também perde a garantia junto ao fabricante.

O que você está lendo é [Todas as dicas para saber se o celular é roubado].Se você quiser saber mais detalhes, leia outros artigos deste site.

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