Madoqua avança com corredor de combustíveis verdes com investimento de 500 ME



A Madoqua anunciou hoje um corredor de combustíveis ‘verdes’ que liga Portugal ao norte da Europa, com um investimento total previsto de 500 milhões de euros, formalizado pela assinatura de um memorando de entendimento operacional com líderes globais da indústria.

“Os signatários deste memorando de entendimento irão combinar as suas prioridades de sustentabilidade e aplicar as suas competências coletivas para promover a descarbonização das indústrias e do setor dos transportes marítimos de difícil abate na Europa”, explicou o promotor luso-neerlandês de projetos de energias renováveis e infraestruturas sustentáveis, em comunicado.

Além da Madoqua, os signatários do memorando incluem mais de duas dezenas de entidades portuguesas e estrangeiras, entre as quais o Porto de Sines e a Associação Empresarial de Sines, a Secil, a REN, a FLOENE, a Câmara de Comércio e Indústria Luso Alemã, a BDO Incentives e a MadoquaPower2X.

A nível internacional, as instituições signatárias incluem os Portos de Roterdão e de Duisburgo (Duisport), os operadores de terminais Tepsa e Chane, entre outras.

“As partes apoiarão o desenvolvimento de infraestruturas transfronteiriças e a promoção de derivados de hidrogénio verde e de tecnologias de captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS), com o objetivo de alcançar a independência energética europeia, assegurando o fornecimento de combustível renovável de baixo custo a partir de Portugal”, refere a mesma nota.

A colaboração na cadeia de valor surge na sequência da assinatura da Declaração Conjunta de Intenções para o desenvolvimento deste Corredor Verde entre os governos da Alemanha, Renânia do Norte-Vestefália e Portugal, e entre a Madoqua e os portos de Sines, Roterdão (Países Baixos) e Duisburgo (Alemanha), nos dias 04 e 05 de novembro, respetivamente.

A Madoqua está a desenvolver um projeto de derivados de hidrogénio ‘verde’ em grande escala em Portugal, para produzir amoníaco verde e e-metanol, bem como o Terminal de Combustíveis Verdes em Sines, que irá armazenar, gerir e abastecer combustíveis alternativos naquele porto.

“O desenvolvimento de instalações de nova geração centradas na produção de ‘e-fuels’ é apenas uma peça do puzzle do corredor integrado de combustíveis verdes. Uma quantidade significativa de infraestruturas portuárias, de serviços de abastecimento de combustível e de transporte existentes tem de ser readaptada, expandida ou construída de raiz para satisfazer a procura futura de ‘e-fuels’ por parte da indústria naval e do setor industrial”, realçou o administrador comercial da Madoqua, Marloes Ras, citado no comunicado.

A MadoquaPower2X pretende produzir hidrogénio ‘verde’ e amoníaco à escala industrial,com um projeto localizado no polo energético e tecnológico de Sines, liderado por um consórcio composto pela Madoqua, a Copenhagen Infrastructure Partners (CIP) e a Power2X.

O projeto recebeu um apoio de 245 milhões de euros do Banco H2 da União Europeia.

Paralelamente, a Madoqua Synfuels é uma instalação de produção em grande escala que utilizará energia renovável para produzir até 320.000 toneladas de e-metanol anualmente, localizada no centro do país, com acesso ferroviário e rodoviário aos portos de Aveiro e Sines.

Já o Terminal de Combustíveis Verdes da Madoqua é um projeto dedicado ao manuseamento, armazenamento e abastecimento de combustíveis alternativos no Porto de Sines, que recebeu uma subvenção de desenvolvimento da União Europeia através do programa de energias renováveis transfronteiriças da Agência Europeia de Execução para o Clima, Infraestruturas e Ambiente (CINEA).

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