Inteligência artificial: sete fatos curiosos sobre a tecnologia

A inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente no cotidiano das pessoas e promete evoluir significativamente nas próximas décadas. Graças ao aprendizado de máquina e aos investimentos de grandes empresas de tecnologia, as IAs seguem avançando e sendo usadas para facilitar tarefas, modernizar indústrias e otimizar pesquisas científicas. Embora muitos já estejam familiarizados com o conceito de inteligência artificial, que deixou de ser um termo pertencente ao universo de ficção científica, ainda há fatos sobre a tecnologia que as pessoas desconhecem. Pensando nisso, o 💥️TechTudo listou sete curiosidades sobre inteligência artificial.

1 de 4 Inteligência artificial: lista reúne sete fatos curiosos sobre a tecnologia — Foto: Creative Commons/Flickr/Saad Faruque

Inteligência artificial: lista reúne sete fatos curiosos sobre a tecnologia — Foto: Creative Commons/Flickr/Saad Faruque

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1. Inteligências artificiais podem ter ‘preconceito’

Uma das principais polêmicas envolvendo as inteligências artificiais são os chamados "vieses". Da mesma forma que uma criança reproduz o mal comportamento de adultos, as IAs, que são programadas por humanos, podem captar preconceitos. Isso resulta em leituras distorcidas dos dados, que comumente refletem problemas como racismo e machismo.

Em 2023, por exemplo, o Twitter foi acusado de racismo após a ferramenta de corte inteligente da plataforma dar preferência aos rostos de pessoas brancas presentes nas fotos. Cinco anos antes, em 2015, a Amazon teve problemas com a inteligência artificial usada para recrutamento de funcionários: em vez de escolher os candidatos de forma neutra, o algoritmo priorizava homens.

2. Inteligências artificiais têm passaporte e nacionalidade

A robô Sophia, criada em 2015 pelo norte-americano David Hanson, chama a atenção por suas amplas capacidades de interação. Capaz de reproduzir até 62 expressões faciais e debater sobre assuntos complexos, ela já foi capa de revista de moda, discursou em eventos da ONU e tem milhares de seguidores no Instagram.

Robô Sophia participa do programa The Tonight Show com Jimmy Fallon — Foto: Reprodução/The Tonight Show Starring Jimmy Fallon 2 de 4 Robô Sophia participa do programa The Tonight Show com Jimmy Fallon — Foto: Reprodução/The Tonight Show Starring Jimmy Fallon

Robô Sophia participa do programa The Tonight Show com Jimmy Fallon — Foto: Reprodução/The Tonight Show Starring Jimmy Fallon

Em 2017, a Arábia Saudita resolveu reconhecer Sophia como cidadã. Com isso, a inteligência artificial se tornou a primeira robô-cidadã do mundo, tendo nacionalidade e passaporte, caso queira visitar o país do Oriente Médio.

3. Especialistas acreditam que robôs devem se tornar mais inteligentes que humanos até 2029

De acordo com Ray Kurzweil, ex-diretor de engenharia do Google, isso realmente pode acontecer. O inventor e futurista acredita que os computadores serão mais inteligentes que os humanos e que poderão até fazer piadas e paquerar. Hoje já é possível ver inteligências artificiais, como a robô Sophia, capazes de processar informações de alta complexidade e interagir com fluidez.

4. A maior parte das IAs é feminina

Assistentes virtuais como Siri, Google Assistente e Alexa foram criadas para facilitar o dia a dia das pessoas e já são comuns na rotina dos brasileiros. Apesar de pertencerem a diferentes fabricantes, elas têm uma coisa em comum: vozes femininas.

Segundo as empresas de tecnologia, a escolha de fazer as assistentes com vozes de mulheres se deu porque as pessoas costumam achar vozes femininas mais amigáveis e gentis do que as masculinas. Nesse sentido, a feminização da IA seria uma forma de humanizar os robôs.

Google Assistente é inteligência artificial do Google — Foto: Helito Beggiora/TechTudo 3 de 4 Google Assistente é inteligência artificial do Google — Foto: Helito Beggiora/TechTudo

Google Assistente é inteligência artificial do Google — Foto: Helito Beggiora/TechTudo

A prática, no entanto, pode contribuir para reforçar preconceitos de gênero. Em 2023, a Organização das Nações Unidas (ONU) publicou um relatório declarando que a criação de assistentes virtuais com voz feminina por padrão incentiva o machismo. Segundo a instituição, a configuração automática reforça o estereótipo de gênero de que mulheres devem ser ajudantes.

Empresas estão adotando iniciativas para combater a prática. Em novembro, por exemplo, a Google Assistente ganhou opção de voz masculina.

5. Especialistas acreditam que humanos e robôs podem desenvolver relacionamentos românticos no futuro

A possibilidade de humanos namorarem com máquinas e inteligências já foi explorada no cinema. No filme "Her" ("Ela", em português), por exemplo, o protagonista desenvolve uma relação de amor especial com o novo sistema operacional do seu computador.

Para a neurocientista e coach de relacionamento Bobbi Banks, porém, relacionamentos entre humanos e robôs podem realmente acontecer em um futuro próximo. A estimativa é que em 2050 essas relações românticas sejam generalizadas.

6. Já existem bichos de estimação com inteligência artificial

Os bichos de estimação com inteligência artificial também estão presentes entre nós. Um exemplo é o Moflin, animal de estimação com IA criado pela Vanguard Industries. O pet utiliza um algoritmo inspirado na natureza para se adaptar ao ambiente e conseguir expressar suas emoções. Além disso, ele também pode interagir com os seres humanos como um animal de verdade e utiliza as interações com os donos para crescer e evoluir seu comportamento.

Moflin pode emitir sons e movimentos como um bicho de estimação real — Foto: Reprodução/Vanguard Industries Inc. 4 de 4 Moflin pode emitir sons e movimentos como um bicho de estimação real — Foto: Reprodução/Vanguard Industries Inc.

Moflin pode emitir sons e movimentos como um bicho de estimação real — Foto: Reprodução/Vanguard Industries Inc.

7. Já foi usada para trazer pessoas 'de volta dos mortos'

Um programa de TV sul coreano usou inteligência artificial para recriar a voz do cantor Kim Kwang-seok, morto há 25 anos. O resultado foi obtido a partir de aprendizado de máquina: a IA "ouviu" mais de 700 sons diferentes para compreender técnicas musicais e, depois, memorizou 20 músicas do artista, de modo que pudesse ajustar a síntese e recriar a voz de Kwang-seok.

Embora tenha sido usada para reviver um cantor, a técnica pode ser adaptada para sintetizar vozes em dublagens de animações, jogos ou mesmo na gravação de audiolivros. Além disso, outros grandes ídolos da música podem reaparecer com novas canções, mesmo depois de mortos.

Com informações de Wired, The Guardian, The Conversation, Live Science, Metro.co.uk e The Next Web

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