Sete aparelhos populares nos anos 90 que foram extintos (ou quase)
Mais que itens para facilitar a rotina das pessoas, muitas vezes os aparelhos eletrônicos tornam-se objetos de desejo de consumo pela população. Contudo, como a tecnologia avança rapidamente, alguns desses dispositivos, antes populares, foram deixados de lado — muitos tiveram suas funções absorvidas por novos equipamentos, mas outros simplesmente deixaram de existir.
Apesar de "extintos", muito deles ainda proporcionam nostalgia para aqueles que os consumiram. O 💥️TechTudo preparou uma lista com sete aparelhos que já foram muito desejados pela população na década de 1990, mas que não são mais usados hoje em dia.
🔎 6 aparelhos bizarros que até hoje ninguém sabe por que foram lançados
1 de 9 Década de 90 contou com diversas tecnologias que acabaram caindo em desuso com o passar dos anos — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (Wolfgang Stief)Década de 90 contou com diversas tecnologias que acabaram caindo em desuso com o passar dos anos — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (Wolfgang Stief)
1. Fax
Nos anos 1990, embora já existissem e-mails, os aparelhos de fax ainda eram muito utilizados para envio de documentos de forma quase instantânea. O equipamento é uma espécie de união entre o telefone e a impressora. Seu funcionamento é simples: o usuário coloca o documento no alimentador do fax, que o escaneia. Depois, basta definir para quem enviar por meio de um número de telefone. Os dados são encaminhados pela rede telefônica até o fax receptor, que faz a impressão do documento pela outra parte.
2 de 9 Fax era muito utilizado na década de 1990 — Foto: Divulgação/SamsungFax era muito utilizado na década de 1990 — Foto: Divulgação/Samsung
O equipamento caiu em desuso principalmente com o avanço do scanner, do e-mail e, posteriormente, dos mensageiros instantâneos. Apesar disso, ele ainda é um dispositivo presente em alguns escritórios e instituições governamentais. Em alguns países, como no Japão, o fax ainda é um dos principais meios de comunicação entre escritórios. Algumas pessoas acreditam que essa forma de comunicação é mais segura que a internet.
2. Pager
Antes da popularização do SMS (e muito antes do WhatsApp), os pagers eram usados para a transmissão de mensagens de texto curtas e instantâneas. Porém, diferentemente do celular, esse dispositivo apenas recebia a comunicação. Sua grande vantagem era utilizar ondas de rádio de alta frequência, o que permitia que os sinais chegassem mais longe e demandava menos torres de transmissão.
3 de 9 Pager da Motorola vendido no Brasil na década de 1990 — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (André Pinto de Souza)Pager da Motorola vendido no Brasil na década de 1990 — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (André Pinto de Souza)
O pager foi muito utilizado na área da saúde. Era um tipo de comunicação extremamente veloz. Os aparelhos possuíam grande autonomia de bateria e sua recepção era excelente, funcionando, inclusive, em salas de raio-X. Porém, um grande defeito era que não havia como saber se a mensagem foi recebida ou não e, caso o aparelho estivesse sem bateria ou fora da área de cobertura, a mensagem não chegava. Com o avanço e a modernização dos celulares e smartphones, o pager caiu em desuso.
3. Agenda eletrônica
Para armazenar contatos, endereços e compromissos de forma digital nos anos 1990, uma opção era a agenda eletrônica — também conhecida como diário eletrônico ou organizador eletrônico. Ela possuía um formato parecido com uma calculadora: um pequeno teclado alfanumérico e uma tela LCD. Ainda nos anos 1990, ela foi gradualmente substituída por dispositivos do tipo palmtop, que possuíam as mesmas funções, além de recursos novos.
4 de 9 Agenda eletrônica Casio SF-R20 foi vendida por volta do ano de 1993 — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (Duncan Lithgow)Agenda eletrônica Casio SF-R20 foi vendida por volta do ano de 1993 — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (Duncan Lithgow)
4. Palmtop
Os palmtops eram como agendas eletrônicas, só que "turbinadas". Esses dispositivos, também conhecidos como PDA (assistente pessoal digital, em tradução livre), traziam funções como agenda de endereços, calendário e tarefas para a palma da mão do usuário. Eles possuíam formato portátil, com a promessa de caber no bolso, e eram alimentados por baterias internas. Muitos desses dispositivos, inclusive, contavam com tela sensível ao toque (porém, era necessária uma caneta especial).
5 de 9 Apple Newton MessagePad 100 foi lançado em 1994 com tela touch e caneta para utilização — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (Staecker)Apple Newton MessagePad 100 foi lançado em 1994 com tela touch e caneta para utilização — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (Staecker)
Esses aparelhos sincronizavam os dados com o computador por meio de cabos. A maioria dos modelos não tinha internet,nem realizava ligações telefônicas. Com o avanço dos smartphones, principalmente após a revolução causada nessa indústria com a chegada do primeiro iPhone em 2007, os palmtops ficaram obsoletos e desnecessários.
5. Discman
Para quem gostava de ouvir música fora de casa, um discman era indispensável nos anos 1990. Sua proposta era simples: um aparelho portátil, geralmente alimentado por pilhas, que possibilitava a reprodução de CDs de áudio — um objeto de desejo de muitos adolescentes naquela época. O dispositivo apresentava alguns problemas, como o fato de que os CDs possuíam poucas músicas (ou seja, a pessoa deveria escolher com antecedência o que queria escutar para não ter que carregar vários CDs na mochila) e a possibilidade de a música "pular" dependendo do movimento feito com o aparelho.
6 de 9 Apesar da proposta de serem portáteis, os discmans tinham uma limitação devido à largura dos CDs — Foto: Divulgação/SonyApesar da proposta de serem portáteis, os discmans tinham uma limitação devido à largura dos CDs — Foto: Divulgação/Sony
Nos anos 2000, a música digital começou a tomar o espaço dos CDs e o discman foi substituído pelos MP3, MP4 e iPod, dispositivos que eram ainda mais portáteis e conseguiam armazenar centenas ou milhares de músicas. Atualmente, a reprodução de música via streaming mudou novamente a forma de consumo deste conteúdo, e o smartphone se popularizou como um reprodutor de mídia.
6. Secretária eletrônica
É comum vermos, em filmes e séries norte-americanos, a secretária eletrônica. Ela é um dispositivo que é conectado à linha telefônica e entra em ação quando a chamada não é atendida, captando a ligação. Assim, quem está do outro lado consegue deixar uma mensagem de voz, que é gravada para que possa ser escutada posteriormente.
7 de 9 Para gravar as mensagens, a secretária eletrônica Sanyo TAS 1000 utilizava fitas cassete — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (Figureground)Para gravar as mensagens, a secretária eletrônica Sanyo TAS 1000 utilizava fitas cassete — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons (Figureground)
No Brasil, esse aparelho era mais comum em estabelecimentos comerciais e escritórios. Porém, com o advento de novos tipos de comunicação e com a telefonia móvel ganhando o espaço da telefonia fixa, esse tipo de aparelho também caiu em desuso.
7. Tamagotchi
Uma febre entre as crianças dos anos 1990 era o Tamagotchi. Do tamanho de um chaveiro, o aparelho tinha uma pequena tela LCD e alguns botões. Assim, o usuário podia interagir com o bichinho virtual. O objetivo era alimentar, cuidar da higiene e da saúde do pet. A dinâmica do jogo é parecida com o Pou, disponível para Android e iPhone (iOS).
8 de 9 Tamagotchi possuía uma pequena tela e alguns botões para que o usuário possa interagir com o bichinho virtual — Foto: Tainah Tavares/TechTudoTamagotchi possuía uma pequena tela e alguns botões para que o usuário possa interagir com o bichinho virtual — Foto: Tainah Tavares/TechTudo
Em 2017, ano que o dispositivo comemorou 20 anos de seu lançamento nos Estados Unidos, o Tamagotchi foi relançado no país. Em 2023, a fabricante Bandai anunciou vários novos produtos com a marca, como o Tamagotchi Pix, uma versão atualizada do bichinho virtual. O novo dispositivo possui câmera integrada, para que o usuário possa tirar fotos com o pet, além de novas possibilidades de interação entre o usuário e o bichinho. O produto ainda não está disponível para venda no Brasil.
9 de 9 Tamagotchi Pix, nova geração do bichinho virtual, possui tela colorida e câmera traseira — Foto: Divulgação/BandaiTamagotchi Pix, nova geração do bichinho virtual, possui tela colorida e câmera traseira — Foto: Divulgação/Bandai
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