Grupos de WhatsApp: cinco riscos que os chats oferecem e como se proteger
Grupos de WhatsApp podem ser divertidos, mas, em alguns casos, podem também trazer riscos - especialmente no caso dos encontrados em links do Google ou adicionados por desconhecidos. Nos chamados "grupos públicos", usuários podem ter informações pessoais acessadas por terceiros, além de correr risco de exposição a práticas de phishing, como receber informações e links falsos com perigo de golpe. Para evitar essas e outras ameaças, veja dicas e cinco recursos de proteção do app mensageiro, disponível para celulares Android e iPhone (iOS).
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1 de 7 Saiba quais os riscos de ingressar em grupos com desconhecidos — Foto: Marcela Franco/TechTudoSaiba quais os riscos de ingressar em grupos com desconhecidos — Foto: Marcela Franco/TechTudo
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O que são e como funcionam os grupos de WhatsApp?
Os grupos de WhatsApp permitem realizar conversas com até 256 participantes no mesmo chat, o que torna possível enviar a mesma mensagem para várias pessoas uma única vez. O recurso é muito utilizado no aplicativo, já que facilita a comunicação entre pessoas que integram um mesmo círculo social, como alunos da mesma sala ou colegas de trabalho.
Alguns grupos possuem nichos específicos, como política, vendas, viagens, avisos de condomínio, estudos e vagas de emprego. É possível ingressar neles de duas formas: via link de convite ou ao ser adicionado por um administrador. Também é possível aos usuários criar um chat coletivo e convidar pessoas.
2 de 7 Com capacidade para até 256 pessoas, grupos de WhatsApp atraem usuários para conversas de diversos assuntos — Foto: TechTudoCom capacidade para até 256 pessoas, grupos de WhatsApp atraem usuários para conversas de diversos assuntos — Foto: TechTudo
Quais são os riscos dos grupos de WhatsApp?
💥️1. Exposição de informações pessoais a desconhecidos
Ao ingressar em um grupo no WhatsApp, o número do celular, a foto de perfil e o status do usuário podem ser visualizados pelos outros membros. Isso deve mudar quando a nova função de Comunidades for implementada ao mensageiro, mas, por enquanto, a regra segue esta.
Na descrição do grupo, basta rolar a tela para baixo para visualizar as informações dos participantes. Em um grupo com amigos e pessoas próximas, isso não deve ser um problema, embora seja importante estar atento ainda assim. No entanto, desconhecidos mal-intencionados podem usar esses dados para criar perfis fakes e aplicar golpes com a sua imagem, por exemplo.
3 de 7 Exposição de informações pessoais a desconhecidos estão entre os riscos de integrar grupos com desconhecidos — Foto: Reprodução/Marcela FrancoExposição de informações pessoais a desconhecidos estão entre os riscos de integrar grupos com desconhecidos — Foto: Reprodução/Marcela Franco
💥️2. Maior suscetibilidade a golpes de phishing
Cibercriminosos costumam usar grupos de WhatsApp para disseminar golpes de phishing ou outros tipos de ataques fraudulentos. Isso acontece porque a tecnologia de ponta a ponta usada pelo mensageiro como método de proteção impede que as mensagens trocadas no aplicativo sejam monitoradas. Normalmente, os golpes usam mensagens falsas como isca para atrair usuários.
Segundo o executivo-chefe de segurança da PSafe, Emilio Simoni, os antivírus da empresa de cibersegurança registraram, recentemente, mais de 40.7 milhões de tentativas de golpe por meio de links maliciosos enviados por WhatsApp e outras redes sociais. Entre as principais correntes maliciosas, estão premiações falsas, phishing genérico e phishing bancário. Os ataques podem direcionar vitimas a sites fraudulentos que permitem roubar dados pessoais. Alguns links ainda podem induzir ao download de softwares maliciosos, como malwares e ransomwares.
4 de 7 Golpe no WhatsApp usa falsa campanha do Boticário para enganar usuários — Foto: Reprodução/PSafeGolpe no WhatsApp usa falsa campanha do Boticário para enganar usuários — Foto: Reprodução/PSafe
💥️3. Disseminação de fake news
Os grupos de WhatsApp também são locais propícios para disseminar notícias falsas. Com tantos participantes em grupos que disponibilizam link na web ou no Google, os usuários aproveitam o anonimato para enviar fake news, principalmente relacionadas à política — o que inclusive levou o WhatsApp a criar um recurso em parceria com o TSE para combater a disseminação de desinformação no período eleitoral de 2022.
Contudo, outros tipos de informações falsas também costumam ser compartilhadas no mensageiro. Uma pesquisa realizada pela Fiocruz mostrou que o WhatsApp foi o principal meio de comunicação em que foram espalhadas fake news sobre a Covid-19, por exemplo.
5 de 7 Fake news são compartilhadas via WhatsApp — Foto: Reprodução/Rodrigo FernandesFake news são compartilhadas via WhatsApp — Foto: Reprodução/Rodrigo Fernandes
💥️4. Assédio e cyberbullying
Entrar em grupos de WhatsApp através de links de desconhecidos pode aumentar as chances do usuário ser assediado ou sofrer cyberbullying. Isso porque, como os chats permitem abrir conversas privadas com participantes e visualizar os status, desconhecidos conseguem mandar mensagens privadas com o intuito de assustar ou constranger vítimas.
Apesar de ser possível bloquear o contato, o assediador ainda pode entrar em contato a partir de outro número, o que faz com que seja necessário alterar o número de telefone para se livrar de vez das ameaças.
💥️5. Download indesejado de mídias
Como reúnem diversos participantes, grupos de WhatsApp costumam ter um grande fluxo de mensagens e envio de vídeos e imagens. Nesse caso, aqueles que possuem o recurso "Download automático de mídia" ativado podem acabar por armazenar mídias indesejadas em seus smartphones.
Além disso, muitas vezes não é possível saber quem enviou o arquivo e o tipo de conteúdo disponível nele. Mais do que apenas lotar a memória do seu celular, essas mídias podem ser ofensivas e/ou danosas ao seu smartphone.
6 de 7 Participantes de grupo no WhatsApp costumam compartilhar muitas imagens e vídeos — Foto: Reprodução/Marcela FrancoParticipantes de grupo no WhatsApp costumam compartilhar muitas imagens e vídeos — Foto: Reprodução/Marcela Franco
Como se proteger de riscos no WhatsApp?
Algumas dicas podem ajudar a se proteger dos perigos de entrar em grupos de WhatsApp. O executivo-chefe de segurança da PSafe frisa a importância de saber filtrar informações enviadas por apps de mensagens, além de se atentar aos grupos que faz parte.
"A primeira coisa é saber a credibilidade do grupo: conhece as pessoas? Como encontraram seu número? Na dúvida, desconfie e saia desses grupos, pois podem ser disseminadores de phishings ou outros golpes", explica Simoni.
7 de 7 Dicas podem ajudar usuários a se livrarem dos riscos de ingressarem grupos de WhatsApp — Foto: Pond5Dicas podem ajudar usuários a se livrarem dos riscos de ingressarem grupos de WhatsApp — Foto: Pond5
Além disso, todo link compartilhado pelo mensageiro deve ser visto com desconfiança. Ainda mais se a mensagem oferecer um prêmio, emprego ou algum produto com um preço abaixo do mercado. O próprio WhatsApp possui alguns recursos de segurança que também podem ajudar. Ativar a função para selecionar pessoas que podem te adicionar aos grupos nas configurações do app de mensagens, por exemplo, pode ajudar, já que desconhecidos não poderão te inserir em grupos sem confirmação.
O app de mensagens também permite controlar quem pode ver a foto de perfil e status. Para isso, basta ir nas configurações, depois em "Conta" e, então, em "Privacidade" para selecionar quem poderá visualizar as informações. Por fim, o WhatsApp recomenda bloquear ou denunciar contatos invasivos, ou que propaguem fake news. Assim, no chat, toque nos três pontos, vá em "Mais" e selecione a opção "Bloquear".
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