Xiaomi sofre apreensão de US$ 725 milhões por suposto crime financeiro
Autoridades da Índia confiscaram cerca US$ 725 milhões das contas bancárias da Xiaomi, o que dá cerca de R$ 3,6 bilhões em conversão direta. A medida foi tomada após uma investigação revelar que a gigante chinesa teria enviado dinheiro ao exterior de maneira irregular. Em comunicado neste sábado (31), a Xiaomi negou a natureza suspeita das operações e disse que cumpre com todas as regulamentações dos países onde atua.
A agência de combate à lavagem de dinheiro indiana trouxe a público a possível manobra fiscal no último final de semana. Outras empresas também estão sendo investigadas. De acordo com o órgão, a Xiaomi “forneceu informações enganosas aos bancos enquanto remetia o dinheiro no exterior”.
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2 de 3 Xiaomi, que renovou o portfólio de produtos recentemente, negou as acusações e disse que irá cooperar com a investigação — Foto: Divulgação/XiaomiXiaomi, que renovou o portfólio de produtos recentemente, negou as acusações e disse que irá cooperar com a investigação — Foto: Divulgação/Xiaomi
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No início do ano, o vice-presidente global da Xiaomi Manu Kumar Jain foi convocado para prestar esclarecimentos sobre a situação fiscal e estrutural da empresa na Índia. O governo afirma que a companhia chinesa enviou 55,5 bilhões de rúpias (o que equivale a R$ 3,6 bilhões) para três empresas sediadas no exterior “sob a justificativa de pagamento de royalties”.
De acordo com as autoridades da Índia, uma das empresas beneficiadas é a própria controladora da marca na China, enquanto as demais ficam sediadas nos Estados Unidos. A decisão de movimentar o montante milionário como "envio de royalties" teria sido parte das instruções da matriz do grupo.
3 de 3 Redmi Note 11 é um dos mais recentes lançamentos da Xiaomi no Brasil — Foto: Thássius Veloso/TechTudoRedmi Note 11 é um dos mais recentes lançamentos da Xiaomi no Brasil — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Apesar de ser conhecida como gigante chinesa, a Xiaomi domina o mercado indiano, com 21% das vendas de celulares no primeiro trimestre, de acordo com levantamento recente da consultoria Canalys A Samsung aparece em segundo lugar, com 18%, seguida de perto pela Realme, com 16%.
A Xiaomi observou uma debandada na popularidade nos últimos anos na Índia após atritos diplomáticos com a China. Nesse período, diversos aplicativos chineses foram proibidos em terras indianas por “questões de segurança nacional”.
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