Nvidia explica por que preços de placas de vídeo não devem mais cair
Placas de vídeo baratas são coisa do passado, segundo a Nvidia. Depois de anunciar as novas RTX 40 a preços bem salgados, a fabricante afirmou que não é mais possível desenvolver novas arquiteturas e entregar produtos com preços mais baixos: o problema seria o fim da chamada "Lei de Moore", uma observação famosa feita nos anos 1960 e que defendia que, a cada dois anos, processadores ganhavam o dobro de performance e custavam a metade do preço.
Com isso, lançamentos a preços altos deverão se tornar a nova realidade. O preço da RTX 4090, a nova GeForce top de linha, ficou em US$ 1.599 (R$ 8.270, em conversão direta) para o mercado internacional. Uma RTX 4080 de 16 GB foi confirmada a US$ 1.199 (R$ 6.202) e a versão da 4080 com 12 GB será vendida por US$ 899 (R$ 4.650).
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1 de 2 Novas RTX 40 chegaram a preços bem altos — Foto: Divulgação/NvidiaNovas RTX 40 chegaram a preços bem altos — Foto: Divulgação/Nvidia
A Nvidia pode ter razão no argumento porque o mecanismo que permitia o ritmo estável de evolução dos semicondutores foi quebrado por limites físicos: hoje é muito mais difícil criar novas arquiteturas com ganhos de performance e eficiência a custos controlados.
Até o começo da década, os ganhos expressivos de performance vinham pela miniaturização dos processadores. Saindo de GPUs de 28 nm (nanômetros) para versões de 14 nm ganhava-se performance principalmente porque, menores, os chips tinham mais espaço para transistores e outros componentes. Mais transistores e estruturas menores permitem velocidades de processamento mais altas e representavam ganhos de desempenho “fáceis” e seguros a cada novo design.
2 de 2 Sem Lei de Moore, Nvidia não vê saída para a escalada de preços em placas de vídeo — Foto: Divulgação/NvidiaSem Lei de Moore, Nvidia não vê saída para a escalada de preços em placas de vídeo — Foto: Divulgação/Nvidia
Outra ruptura na chamada Lei de Moore são os custos de manufatura. No processo de miniaturização de uma arquitetura de 28 nm para uma de 14 nm, fabricantes acabavam abatendo custos porque um mesmo wafer — a placa de silício em que os circuitos dos processadores são impressos — ganhava área útil. Como a arquitetura empregava estruturas menores, cabiam mais processadores por wafer, reduzindo o custo geral de cada unidade.
Entretanto, atualmente, a tarefa de se reduzir estruturas em designs com 5 nm é algo extremamente complexo e que está sujeito a limites físicos: há um ponto de não retorno em que simplesmente não é mais possível miniaturizar o transistor. Por conta disso, ganhos de desempenho envolvem custos de desenvolvimento e pesquisa de ponta que acabam transferidos para os produtos.
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